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Casando sem grana: a plataforma para um casamento econômico

Fernanda Cury - 21 mar 2016 Fernanda Cury - 21 mar 2016
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Sammia Vilela já fez de tudo um pouco, como ela mesma diz. “Comecei como empregada doméstica, passei a atendente de lojas, auxiliar administrativo, suporte até chegar às agências de conteúdo”, conta. Hoje, no entanto, ela é sócia-proprietária do Casando sem Grana, um site com dicas para quem vai se casar e deseja fazer uma  cerimônia, mas sem gastar muito dinheiro.  Confira aqui os desafios e oportunidades que ela encontrou para empreender e crescer!

Compartilhar, inspirar e empoderar 

A ideia de montar o Casando sem Grana surgiu quando Sammia foi pedida em casamento, em 2009. “Tínhamos um orçamento restrito para realizar a cerimônia e eu, em especial, um histórico de vida de muitas lutas. O mercado de casamentos até então estava completamente voltado para comemorações de luxo e nada se falava sobre cerimônias realizadas com orçamentos menores. Foi então que eu decidi começar um diário virtual em formato blog para compartilhar minha experiência”, conta. Nesta época ela tinha sido contratada para atuar na área de projetos da Futura Networks, a empresa espanhola responsável pela realização da Campus Party no Brasil e no mundo. “Entrei como assistente da primeira equipe de Inclusão Digital do evento, em 2010. O projeto visava trazer para a feira crianças e idosos de regiões carentes de São Paulo contando com o apoio da secretaria de transportes, que nos cedeu alguns ônibus para levar este público para o Centro de Exposições Imigrantes. Durante este projeto percebi que era justamente aquilo que gostaria de fazer pelo resto da minha vida: empoderar as pessoas de seus direitos e capacidades. Aos poucos fui percebendo que através do Casando sem Grana eu poderia cumprir este objetivo e assim sigo até hoje”, conta.

Persistência e segurança

“O blog foi crescendo e em 2012, após o nosso casamento ter sido apresentado pelo programa Chuva de Arroz, do canal GNT, recebemos uma avalanche de visitas e um salto não só de audiência como também de anunciantes. Isso nos fez enxergar uma oportunidade de negócios dentro desse mercado até então tão restrito. Mas este rápido crescimento deu um frio na barriga, sim. Levei seis anos para que finalmente eu reconhecesse o Casando sem Grana como ‘meu trabalho’. E não foi nada fácil. Perdi as contas de quantas portas se fecharam, de quantos parceiros nos viraram as contas ou literalmente nos lesaram, e de quantos tombos financeiros foram precisos tomar para aprender. Isso sem contar as noites de sono perdidas diante da falta de retorno financeiro. Foram anos de trabalho árduo e de pouquíssimo reconhecimento por parte de anunciantes e do próprio mercado”, lembra.

Chegou a hora de investir e crescer

O auge da profissionalização do Casando sem Grana se deu em 2014, quando ganhou um novo layout com ferramentas e serviço e adotou estratégias e processos semelhantes aos de qualquer empresa. “O tom das postagens continua o mesmo, bem informal, mas a forma de lidar com o público e nossos parceiros tornou-se mais organizada e cheia de métricas. Recentemente agregamos uma nova equipe, projetos ainda mais relevantes para o nosso público e metas de crescimento exponenciais”, diz.

Capacitação e intuição

Sammia chegou a realizar alguns cursos, como o Aprender a Empreender do Sebrae, sempre à procura de capacitação na área de empreendedorismo. “Mas como acontece ainda hoje, quem trabalha com blogs e sites não encontra um suporte específico. Por isso, acabamos absorvendo conteúdos sobre o tema através da internet e aprendendo na raça, mesmo, para poder aplicar o conhecimento ‘tradicional’ sobre business em nossos negócios”, conta.

Matando um leão por dia

Os desafios durante toda esta trajetória do Casando sem Grana foram muitos. “Primeiro, o próprio mercado. O preconceito com noivos e festas de orçamentos menores ainda existe e reflete-se em nosso trabalho, que pretende garantir não somente preço acessível, mas também qualidade. Além disso, o retorno financeiro foi um grande obstáculo. Leva tempo para que sejamos vistos como um negócio como outro qualquer, que tem custos para existir. Só conseguimos mudar esta mentalidade quando profissionalizamos ao máximo todos os processos e reforçamos nossa figura como negócio”, diz. As dificuldades foram tantas que em muitos momentos Sammia pensou em desistir. “Até o final de 2015 foram necessárias constantes reavaliações dos nossos objetivos em relação ao futuro. Diante das dificuldades aprendemos a deixar improviso de lado e adotamos uma postura mais estratégica”.

Foco e determinação

“Para sobreviver e crescer, nos concentramos na nossa essência, que é o contato simples e transparente com nosso público. A ideia é despertá-los não só para a possibilidade de se casarem com qualquer tipo de orçamento, mas também para o fato de que nem tudo são flores no casamento e na vida – e que ainda assim é possível ser feliz. Frequentemente os faço refletir sobre suas origens e como é saudável não esquecer-se delas para alcançar um futuro brilhante. Além disso, buscamos inspiração e trocamos contatos com outros mercados diferentes do nosso, para nos enriquecer e inspirar. Para driblar a concorrência acirrada, permanecemos atentos a nossa faixa de público e em seus interesses, enquanto outros sites do setor buscam tornar-se relevantes para todos”, explica.

Cheia de planos

Atualmente a renda do Casando sem Grana é composta por anunciantes do setor de casamentos, mas também por anunciantes de setores correlatos, como Viva Real, Grupo Máquina de Vendas, AliExpress, Visa e Consul. “Nossa meta em 2016 é diversificar as frentes de recebimentos com cursos, publicações e com outros projetos. A curto prazo, por exemplo, estamos lançando nosso primeiro curso para noivos por crownfunding, que visa apoiar noivos rumo ao altar, além de servir como primeiro contato com áreas correlatas desse universo para formar futuros profissionais. Abordaremos temas como papelaria, decoração, assessoria e planejamento, finanças, entre outros. Através do financiamento coletivo pelo Kickante, esperamos atingir a meta do valor necessário para produção. A médio e longo prazo queremos transformar nosso site em um grande projeto de conteúdo onde, em um único portal, nossa audiência tenha acesso a dicas e referências de economia, educação, festas, viagens, estilo de vida e muito mais. Ampliaremos a gama de produtos e serviços com as nossas marcas sem perder o foco no preço competitivo e na qualidade”, diz Sammia.

Para saber mais:

Casando sem grana: www.casandosemgrana.com.br

O que faz: site com dicas de produtos, serviços, planejamento e tutoriais focados no casamento criativo e econômico.

Sócio(s): Sammia Vilela, Thiago Vilela e Renato Abdo

Funcionários: 0

Sede: São Paulo

Início das atividades: 2009

Investimento inicial: 0

Contato: faleconosco@casandosemgrana.com.br

 

Esta matéria pode ser encontrado no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

 

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