APRESENTA
APRESENTA

Como a diversidade pode favorecer a pequena empresa?

Fernanda Cury - 24 jun 2016
Diane Lima: “A diversidade é a porta de entrada para discutir as subjetividades e as singularidades de cada um"
Fernanda Cury - 24 jun 2016
COMPARTILHE

 

(Crédito foto: Ricardo Toscani)

Segundo Diane Lima, do NoBrasil, o conceito da diversidade está ligado à ideia de uma pluralidade de identidades, seja de gênero, raça, cor da pele, cultura, idade, orientação sexual, idioma, religião, opinião, condição social ou econômica. As diferenças, ao contrário do que muita gente pensa, não precisam gerar divisões. Num ambiente rico, onde as diversidades são respeitadas, esta convivência harmônica só tem a beneficiar.  A diversidade resulta em abundância, na soma de ideias diferentes e, pensando em uma pequena empresa, ela implica na possibilidade de trabalhar a criatividade de forma coletiva a partir do que nos falta. “A diversidade é a porta de entrada para discutir as subjetividades e as singularidades de cada um, e pressupõe a multiplicidade, profusão e riqueza, em contraponto à lógica da competitividade, da discriminação e da exclusão. Ela encontra abrigo na diferença, na solidariedade e no olhar para o outro, e contribui para um espaço de criação e inovação, com a produção de diferentes formas de conhecimento”, explica Diane.

Diversidade nos negócios

Criar um ambiente plural é olhar para quem está ao nosso lado e aprender com as diferenças.  Especificamente nos negócios, a pluralidade pode trazer muitos pontos positivos, seja na convivência enriquecedora entre os funcionários, na concepção dos produtos, na oferta de serviços e experiências, na comunicação ou em qualquer tipo de criação que essa empresa se propõe a desenvolver. “De um ponto de vista estratégico, vale lembrar a fala do primeiro ministro do Canadá Justin Trudeau quando em um discurso diz que a diversidade não é apenas política social e sim o motor para novas descobertas, completando que é ela que gera a criatividade que enriquece o mundo. É ela quem atualiza os valores, reinventa os modelos, padrões e jeitos de fazer. Trazem inovação aos processos, novos pontos de vista, que resolvem antigos problemas, expandem a comunicação e criam novas linguagens possíveis de tocar quem do outro lado se reconhece”.

Para Diane, a diversidade tem que estar presente primeiramente dentro do quadro de colaboradores da empresa. Essa participação plural vai refletir em todos os setores e consequentemente, na comunicação com o público final, seja qual for o produto ou serviço oferecido.

Especificamente para as pequenas empresas, ela sugere as seguintes práticas:

– Pense: Quais valores você carrega? Quais valores a sua empresa irá comunicar? Ela está alinhada com o desejo de pluralidade do mundo contemporâneo em que vivemos? Qual é a sua história, os seus anseios e qual a sua contribuição para o mundo?

– Lembre-se: está cada vez mais difícil se esconder atrás de uma marca. Marcas trazem personalidade e as pessoas hoje querem saber de fato qual a ética que vai mediar esse relacionamento. “Eu, como negra, não vou me relacionar com uma marca racista. Da mesma forma um gay não vai querer conversar com uma marca homofóbica. E nenhuma mulher vai consumir produtos de uma empresa que sempre a representa dentro de uma ótica machista”, comenta Diane.

– Forme uma equipe plural. Para que a Política da Diversidade da empresa seja coerente e eficaz, é preciso contar com colaboradores que enxerguem as diferenças como riquezas. Desta forma eles convivem em um ambiente de aprendizado coletivo em que os estereótipos sobre as mulheres, os negros, os jovens, homossexuais e tantos outros grupos deixam de ser vistos como inferiores. Muito pelo contrário, os profissionais passam a interagir, compreender, escutar e atender seu consumidor final.

Esta matéria pode ser encontrada no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

draft-banner-2

APRESENTA
COMPARTILHE
APRESENTA

Confira Também: