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O case da empresa que focou nos calçados de número 33 e 34 e se deu muito bem!

Fernanda Cury - 23 set 2016
Tania Gomes, da 33e34: trazer investidores anjos para o negócio foi uma das estratégias fundamentais para a empresa
Fernanda Cury - 23 set 2016
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Tania Gomes seguia a carreira corporativa em grandes empresas, como Renault, Nissan e Rede Globo, e chegou a ser cofundadora de uma agência de marketing digital. Mas, assim como acontece com grande parte dos empreendedores, quando se deparou com um problema pessoal ela enxergou uma oportunidade de negócios imperdível. E aí, não deu outra: seguiu sua intuição, batalhou bastante, e abriu seu próprio negócio. Conheça este case!

Como tudo começou

Tania sempre enfrentou dificuldades para encontrar sapatos de coleções atuais na sua numeração. “A indústria de calçados produz um volume muito pequeno de peças 33/34. As lojas acabam comprando 1 par 33 e 1 par 34 em cada grade de 12 sapatos. Dessa forma é sempre muito difícil encontrar novidades nas lojas convencionais”, conta.

Potencial de crescimento

Diante desse problema, ela enxergou um nicho promissor, e partiu para os estudos de mercado. “Segundo estimativas, cerca de 5 milhões de brasileiras usam 33/34. Por outro lado a indústria de sapatos nacional afirma que aproximadamente 3% de sua produção contempla essa numeração. Já a pesquisa Azimute720 indica que a mulher brasileira compra entre 5 e 8 pares de sapatos ao ano. Portanto, nos deparamos com um mercado estimado em 25 milhões de pares de sapato/ano. Vi que valia a pena investir nessa ideia”.

Encontrando seu caminho

“A 33e34 é uma marca voltada a um público de nicho, que nunca foi atendido com o grau de exclusividade que nós criamos”, conta Tania. Em janeiro de 2015, quando abriu a empresa, ela imaginava que seria uma loja multimarca especializada em sapatos femininos 33/34. “Mas conforme o tempo foi passando, ampliamos o negócio: lançamos nossa marca própria, passamos a vender para Europa e USA, e abrimos em São Paulo a nossa primeira “33e34 Shoes Experience”, um espaço voltado para a nossa consumidora experimentar os modelos, trocar opiniões com as outras consumidoras e com a marca ou fazer compras”.

Pensando grande

O Brasil é um país de tamanho continental, e Tania sabia que para ganhar relevância no varejo, precisaria de muita capilaridade. “Era necessário atender todas as clientes, do norte ao sul, com a mesma qualidade. Só o e-commerce atende totalmente essa premissa. Além disso, lojas físicas têm um custo de implantação, estoque local e uma capacidade de atendimento muito mais limitado”.

O poder da negociação

A empreendedora conta que seu maior desafio, sem dúvida, foi convencer a indústria de calçados a vender seus modelos somente na numeração 33e34. “Algumas marcas não acreditaram no projeto e outras, como Luiza Barcelos e Vizzano, abraçaram o projeto desde o princípio e são nossas grandes parceiras até hoje”.

Para vencer essa barreira de entrada, Tania buscou investimento anjo e fez as primeiras compras à vista. “Apesar de ser um custo alto para um negócio que estava começando, foi importante para mostrarmos às indústrias que nosso projeto era sério e sustentável”.

Parcerias fundamentais

Duas estratégias se mostraram essenciais para o crescimento da empresa. “Primeiro, os quatro sócios da empresa são especialistas e complementares. Apesar de somente eu me dedicar o tempo todo à empresa, o apoio e conhecimento deles é base para a tomada de decisões. E, segundo, trazer investidores anjo para o negócio. E esse aporte aconteceu em momentos distintos. Em setembro de 2014, quando criamos a loja, porque precisávamos de capital para compra de estoque, já que a indústria, ainda reticente com nosso modelo de negócio, só nos venderia a vista. Nesse round trouxemos nosso mentor mais importante, o João Kepler, que além de liderar o investimento, chancelou nossa ideia junto aos demais investidores. Depois, em maio de 2015, quando trouxemos para o nosso conselho a MIA (Mulheres Investidoras Anjo) e juntamente com o valor aportado agregamos profissionais altamente qualificadas e nos ajudaram muito nas estratégias do negócio. Outro aporte ocorreu em dezembro de 2015, quando em uma rodada ao vivo captamos R$ 200.000. Essa captação foi importante para ganharmos capacidade de investimento em marketing. Por fim, em agosto desse ano recebemos investimento da Bossa Nova, empresa de investimento liderada pelos empresários Pierre Schurmann e João Kepler. Este é um marco muito importante na nossa história pois receberemos uma estrutura de apoio que irá nos ajudar a expandir nossa operação”.

A todo vapor

Hoje a 33e34 conta com 16 marcas em seu portfólio, além da marca própria, que já responde por 20% das vendas. Entre as marcas mais conhecidas, a empresa comercializa calçados da Vizzano, Piccadilly, Usaflex, Divalesi, Converse, Luiza Barcelos e Vicenza. “Em 2015 vendemos 7.000 pares de sapatos e foi só o primeiro ano! Estamos muito empolgadas com o que ainda está por vir. Estamos ansiosos para que o Brasil retome o crescimento, porque só ai teremos a visão de qual o tamanho que teremos em 5 ou 10 anos”.

Para saber mais:

33e34: www.33e34.com.br
O que faz: e-commerce de sapatos femininos 33/34
Sócio(s): Tania Gomes, Tiago Luz, Luiz Pavão e Rodrigo Krey
Funcionários: 4
Sede: São Paulo
Início das atividades: janeiro de 2015
Investimento inicial: 500 mil
Contato: tania@33e34.com.br

Esta matéria pode ser encontrada no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

itau

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