Seleção Draft – Hackear seu talento

Luisa Migueres - 23 nov 2015
Descobrir um talento ou cultivar uma paixão: o que é melhor? (Imagem: Nathan Forget - Flickr/ Reprodução)
Luisa Migueres - 23 nov 2015
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Você pode hacker o seu talento
Descobrir aquela coisa que você ama fazer é uma ótima forma de optar por uma carreira, mas isso não é tão simples. Afinal, descobertas acontecem a partir de experiências. No artigo de Belle Beth Cooper no The Next Web (link acima) há boas reflexões sobre isso. O texto diz que investir em uma única paixão pode limitar suas opções como empreendedor. É aí que entra a história de Katrina Owen, uma desenvolvedora de softwares que buscava um propósito enorme em todas as atividades que desempenhava, mas depois percebeu que o que ela procurava mesmo era cultivar uma paixão, e não encontrar um talento. Katrina diz:

“A paixão vem de dar sua atenção completa a algo por um tempo suficiente para ganhar profundidade e entender nuances. Talento é besteira. Habilidades são cultivadas”

Para reforçar a teoria, a autora ainda destaca um texto de Jason Fried, o CEO da startup Basejump, que diz: “As pessoas tendem a romantizar suas histórias e motivações. Travis Kalanick e Garrett Camp, co-fundadores do Uber, não criaram seu serviço porque amavam transportes ou logística. Eles estavam bravos porque não conseguiam um táxi em São Francisco”. Vale a leitura.

 

Investimento em softwares rouba a cena
Crowdfunding, investidores-anjo, incubadoras, VCs mirando em inovação tecnológica… Nunca foi tão fácil colocar um negócio na rua. E, segundo o texto do MIT Review, no link acima, o mercado de software tem sido o queridinho dessa expansão. Mas o foco, ao menos nos dois últimos dois anos, tem sido na área de serviços, o que deixa de lado outras, que também precisam de desenvolvimento, mas que trazem resultados a médio e longo prazo, como biomedicina, agricultura, segurança digital, energia e sistema de saúde — todos campos de pesquisa que precisam de financiamento, mas que não saltam aos olhos de fundos de investimento. Para mudar isso, o professor Ramana Nanda, da Harvard Business School, diz que é preciso criar um sistema financeiro que encoraje experiências com potencial.

 

Como a Slack virou fenômeno sem anunciar
No link acima, você conhece a história da Slack: a startup que criou um dos softwares de comunicação de equipes mais populares dos últimos tempos e conseguiu se firmar no mercado sem anunciar uma única vez. Hoje avaliada em 2,8 bilhões de dólares, foi eleita pela Inc. como a empresa do ano. O interessante da história não é só o crescimento do negócio – foram constantes 5% durante 70 semanas consecutivas em 2014 –, mas o fato de que nunca houve uma equipe comercial para vender a Slack. Até pouco tempo, ela nem precisou de publicidade – 97% dos usuários chegaram organicamente. Ótimo exemplo de um produto que vendeu por si e conseguiu criar um vínculo forte com os usuários. É ler para se inspirar, ver que é possível.

 

Empreenda a si mesmo no RJ
No próximo dia 29, acontece mais um ciclo do programa Empreenda a Si Mesmo no Rio de Janeiro. Comandado por Vinicius De Paula Machado, empreendedor social, co-fundador da GOMA e professor da Perestroika, o evento promove diálogos, dinâmicas e processos criativos para a descoberta dos propósitos dos participantes. O investimento é de 400 reais e as vagas são limitadas. As inscrições podem ser feitas no link acima.

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