Seleção Draft – para assinantes

Pedro Burgos - 3 out 2014 Pedro Burgos - 3 out 2014
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Uma plataforma para o sucesso – O LEGO acabou de virar a maior fabricante de brinquedos do mundo. O segredo? Desde o início, lá nos anos 1960, a empresa apostou que o brinquedo deveria ser uma plataforma para a imaginação da criança, e se manteve por cima das modas que afetaram outras fabricantes de brinquedos.

No Techcrunch, David Baszucki, CEO da Roblox, argumenta que estamos vendo a mesma coisa na internet. As empresas que fazem sucesso, como Youtube, Facebook ou Minecraft são plataformas por excelência. E quem vai fazer sucesso agora no mercado de games, por exemplo, serão novos playgrounds, e não propriedades intelectuais ou produtores de conteúdo.

 

Para além da incubação – No Startupi, Roberto Alvarez tem um artigo interessante sobre as Startup Labs, instituições ligadas a universidades nos Estados Unidos que são uma alternativa às tradicionais incubadoras. Além de ter um período mais longo de ocupação do espaço físico, as universidades não têm participação no capital e o negócio é gerido por um empreendedor experiente. Quem sabe alguma universidade brasileira não se inspira na ideia?

 

A multidão assina – Os sites de crowdfunding são bons para tirar uma ideia do papel, mas uma vez que ela está no ar, rolando, muita gente sente falta de soluções para pedir ajuda da multidão para manter um projeto funcionando. Ainda bem que, em poucos dias, surgiram duas opções interessantes para ajudar a resolver isso: a Recorrente e o Unlock.

A Recorrente é uma iniciativa da Benfeitoria que conecta assinantes a projetos que precisam atingir uma meta de financiamento todo mês. Tal como os sites comuns de crowdfunding, os apoiadores ganham benefícios diferentes de acordo com a assinatura. Quem financia o Olabi, um makerspace no Rio de Janeiro, com R$ 300 por mês, por exemplo, tem direito a uso ilimitado ao espaço e desconto nos cursos. Na página de explicação do Recorrente, o pessoal da Benfeitoria mostra que um bom efeito colateral de uma assinatura recorrente assim é ajudar o empreendedor a criar um plano de negócios e metas real:

“Para começar a campanha de arrecadação, toda iniciativa que utilizar o Recorrente precisa estabelecer metas mensais que deseja atingir. Para cada meta, existe uma proposta do que será feito com aquele dinheiro. Essa é uma forma de garantirmos transparência durante todo o processo.”

Já o Unlock é enxuto: o site criado por Daniel Weinmann (co-criador do Catarse e da Engage) e Daniel Larusso (co-criador do Nós.vc e Estaleiro Liberdade) não tem curadoria ou taxas extras. É só ir lá e cadastrar o seu projeto, com ferramentas intuitivas. Esperamos voltar a falar desses dois sites em breve, mas vale a pena conhecê-los já para ver se eles funcionam para seu projeto.

 

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O Ello perdido – Todo mundo está falando do Ello, a rede social sem publicidade que está atraindo um monte de gente com a sua postura rebelde e visual meio vintage. Mas será que a ideia é boa demais para funcionar para sempre? Depois de uma semana de gente empolgada sem muito motivo, começaram a aparecer as análises mais pé-no-chão. Na Wired, Jessi Hempel lembra de outras redes, como Diaspora e App.net para decretar que não há como o Ello ser bem-sucedido se mantendo absolutamente fiel ao seu manifesto. No Verge, o sempre ótimo Casey Newton explica por que nós não cansamos de tentar construir a mesma utopia, um mundo sem publicidade. E resume:

Muito do ceticismo sobre o Ello é focado em um simples fato: redes fundadas na premissa de mais privacidade nunca ressoaram com um público muito grande. As pessoas dizem que dão valor à privacidade e então voluntariamente colocam toda a história de vida no Facebook.

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