A Bauducco respira inovação. E não é de hoje. Isso acontece há quase 70 anos, desde quando introduziu no país o inédito hábito de comer panettone. Uma característica essencial que se torna ainda mais vital agora, em tempos desafiadores como os que vivemos.
Por isso, o B.Lab, o primeiro programa de aceleração de startups da Bauducco, tocado em parceria com a Liga Ventures, está a todo vapor.
O B.Lab teve início no fim do ano passado, com mais de 360 startups inscritas. Em novembro, um pitch day elegeu as quatro que passariam para a fase dos pilotos. Um mês e meio depois dessa fase de projetos, veio a pandemia do novo coronavírus. Foi preciso criar uma nova estratégia.
Como as quatro startups escolhidas no pitch day requeriam, em alguma medida, atuação física para desenvolver o projeto-piloto, o programa foi interrompido até a flexibilização da quarentena, que aconteceu no fim de junho.
“Foi uma iniciativa de segurança darmos essa pausa”, afirma Luis Gomes, Gerente Executivo de Marketing da Bauducco. Agora, os empreendedores da Involves, da PixForce, da Novidá e da Biolinker estão de volta em campo para cocriarem com a Bauducco.
Cada startup foi selecionada para responder a um desafio específico da Bauducco. A Involves, por exemplo, desenvolve uma solução para gestão do ponto de venda, com aplicação de inteligência artificial no monitoramento das gôndolas de supermercados, que pode ajudar a gerar insights e incrementar as vendas.
“Já a PixForce é voltada para a produção”, afirma Luis. “O objetivo é, com o uso de visão computacional e inteligência artificial, ser mais uma ferramenta para a garantia da qualidade, algo essencial para a Bauducco.”
A Novidá, por sua vez, também faz uso de I.A. que, aliada a tracking de precisão, é capaz de monitorar e otimizar em tempo real a operação de empilhadeiras nos Centros de Distribuição.
E a Biolinker atua no ramo de ciência de alimentos. “A startup é formada por um grupo de cientistas que desenvolvem moléculas que agem na melhor conservação de alimentos”, diz o gerente da Bauducco.
“Num momento de crise, interromper definitivamente o programa poderia até ser mais fácil, mas não seria mais inteligente”, afirma Luis Gomes. “Acreditamos nas soluções apresentadas pelas startups a médio e longo prazo, por isso estamos honrando o projeto.”
De acordo com Luis, o momento agora é de testar as soluções das startups. A Involves, por exemplo, está realizando treinamentos com equipes. As câmeras da PixForce estão sendo instaladas em uma das unidades da companhia. A Novidá implementa sua tecnologia no centro de distribuição de Guarulhos. “Se elas vão funcionar mesmo para a Bauducco ou não, é algo totalmente inerente ao processo de inovação”, diz Luis.
O B.Lab e algumas de suas iniciativas, serão apresentadas em um evento organizado pela Liga Ventures, a aceleradora parceira, que conecta grandes empresas a startups.
O Liga Open Innovation Summit vai acontecer de forma totalmente digital e está marcado para os dias 22, 23 e 24 de setembro.
Nomes de destaque do universo da inovação devem participar. Um deles é o autor, empresário e palestrante Alexander Osterwalder. O suíço é notório no universo do empreendedorismo por ter transformado a maneira como as empresas fazem negócios e como novos negócios são criados, ao inventar ferramentas como o Business Model Canvas, o Value Proposition Canvas e o Business Portfolio Map.
“Nossa expectativa é que, uma vez demonstrada a aplicabilidade e os resultados, essas soluções mudem a forma como fazemos as coisas para melhor e, assim, possamos ter essas startups como parceiras recorrentes”, afirma Luis Gomes. “No fim, quem vai sair beneficiado é nosso consumidor, e é para isso que trabalhamos todos os dias.”