No dia 28 de abril de 2015, nascia em Goiana (PE), município localizado em uma região até então sem indústria automotiva, o Polo Automotivo Jeep.
“É uma história industrial de sucesso”, diz, sem hesitar, Pierluigi Astorino, um dos responsáveis pela implementação e operação inicial da planta e hoje diretor de Manufatura da FCA para a América Latina.
Nascida como a mais moderna fábrica da FCA no mundo, em seu quinto aniversário, continua focada no grande desafio que é inovar para se manter na ponta e em investir no desenvolvimento de pessoas.
Nesses cinco anos, mais de 900 mil carros saíram da fábrica e a produção dos três modelos (os SUVs Jeep Renegade e Compass e a SUP Fiat Toro) aconteceu já nos primeiros 18 meses de atuação. Embora seja uma fábrica de carros, o Polo Automotivo Jeep vai muito além disso.
Assista à websérie de cinco episódios que conta as conquistas do Polo Jeep nesses cinco anos:
A chegada da Jeep em Pernambuco, especificamente na Mata Norte, região onde está instalada a fábrica, representou para a empresa uma grande oportunidade de impulsionar sua estratégia de sustentabilidade, lançando-se a novos desafios apresentados pelo território.
“Foi a chance de utilizar nosso conhecimento para atuar fortemente nos eixos de meio ambiente e de educação. Nesse sentido, fizemos um amplo diagnóstico e foram desenhados alguns projetos, sempre de forma integrada com a comunidade”, explica Luciana Costa, coordenadora de Sustentabilidade da FCA para a América Latina.
A fábrica foi a primeira planta automotiva da América Latina a conquistar o selo Carbono Neutro em 2017. E, em 2020, todo o Polo obteve o selo de neutralização das emissões, incluindo as plantas do Parque de Fornecedores. A Jeep também implantou o Programa de Biodiversidade, que tem como uma das iniciativas um viveiro com produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica ameaçadas de extinção. As mudas são produzidas e plantadas na própria fábrica e na região promovendo a recuperação da flora nativa. Já são 106 mil mudas plantadas no viveiro do Polo ou doadas para as comunidades.
A planta também alcançou a marca de primeira do Nordeste a ser “Aterro Zero”. Desde outubro de 2015, 100% dos resíduos gerados são enviados para reciclagem e reutilização. Além disso, a fábrica atingiu o índice de 99,5% de recírculo de água: no período de um mês, o equivalente a 28 mil metros cúbicos do recurso natural (oito piscinas olímpicas) deixam de ser captados da rede pública de abastecimento.
Na área de educação, esses cinco anos representaram um período de muito avanço. A Jeep implementou projetos para impulsionar políticas públicas municipais de educação, auxiliando os municípios a melhorarem a qualidade do ensino ofertado nas escolas públicas. Para isso, surgiram os projetos Rota do Saber e Vozes Daqui.
O primeiro beneficiou cerca de 30 mil alunos e dois mil professores de 183 escolas de seis cidades da região: Goiana, Igarassu, Paulista e Itambé, em Pernambuco; e Alhandra e Caaporã, na Paraíba. A partir de um trabalho com a qualificação de gestores pedagógicos e professores do Ensino Fundamental na educação pública, mudanças no dia a dia das escolas se refletiram no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
No município de Igarassu, o primeiro a receber o projeto, o indicador do Ensino Fundamental I passou de 3,9 em 2013 para 4,6 em 2017 – uma evolução de 18%. Nesse mesmo período, no Ensino Fundamental II, a média cresceu 46%, saltando de 2,8 para 4,1. No último resultado do Ideb para este município, os dados foram ainda melhores. Isso porque o indicador do Ensino Fundamental I passou de 4,6 em 2017 para 5,1 em 2019, superando a meta estipulada (4,8) e já alcançando a que estava prevista para 2021. Nesse mesmo período, o índice do Ensino Fundamental II também cresceu, de 4,1 para 4,7.
Já o Vozes Daqui foi criado quando se identificou um distanciamento entre escola e comunidade.
“Precisávamos fortalecer essa relação e estimular o protagonismo do jovem para ser um ator de transformação”, explica Luciana.
O projeto envolve, atualmente, cerca de 450 alunos do Ensino Fundamental II, 25 professores e gestores escolares, além de 40 lideranças e moradores da comunidade. Em dezembro, duas escolas foram beneficiadas com bibliotecas, por meio do projeto. Esses espaços foram idealizados e implementados pelos próprios jovens.
“Esses projetos são uma via de mão dupla, promovendo um aprendizado mútuo para os municípios e para a própria empresa”, destaca Luciana.
Para os próximos cinco, ela garante que o Polo Automotivo Jeep continuará a atuar em conjunto com prefeituras, sociedade e jovens, para alcançar melhores resultados e para que a educação, um dos pilares da FCA, seja ainda mais fortalecida.
A parceria entre a Jeep e a comunidade também se deu no âmbito da saúde. Com a pandemia da Covid-19, a FCA construiu, em maio, uma Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) que começou a atuar como Hospital de Referência. O hospital contou com 100 leitos dedicados a pacientes suspeitos e confirmados com a doença, sendo dez UTIs com suporte respiratório. A iniciativa foi uma das ações que a FCA implementou para ajudar a combater a epidemia na América Latina.
Plant manager do Polo Automotivo Jeep, Juliana Coelho avalia que, desde 2015, a Jeep já tinha um olhar que ia além da produção de carros.
“É preciso evoluir junto com a região na qual estamos inseridos e, para isso, a gente acredita em uma única estrada: a educação”, conta.
Na prática, a Jeep tomou para si a responsabilidade de capacitar e desenvolver as pessoas. Hoje, o Polo Jeep conta com 14.600 funcionários, incluindo o Parque de Fornecedores.
“Conheço funcionários que trabalham no Polo desde o começo e que dizem ‘Juliana, acabei de me formar’. Gente que, às vezes, nem tinha o Ensino Médio e que fez um curso técnico ou faculdade. A fábrica trouxe um desenvolvimento muito forte para cá, e é surpreendente como, em cinco anos, o Polo Automotivo conseguiu mudar a vida das pessoas”, diz.
Para Astorino, na história do Polo Automotivo Jeep, essa foi a principal mudança:
“conseguimos trabalhar na formação das pessoas e no desenvolvimento de uma geração com uma consciência melhor sobre temas como meio ambiente e educação. Claramente, isso vai levar essas pessoas a terem novas histórias. Houve um grande impacto econômico, mas ainda mais social, pois gerou muitas oportunidades de mudança na vida delas”.
Mudança que também aconteceu na vida de Juliana. A engenheira química de 31 anos começou a trabalhar no Polo sete anos atrás, como especialista de pintura no primeiro time da planta. Em julho de 2020, ela foi promovida a plant manager, cargo ocupado anteriormente por Astorino, e se tornou a primeira mulher a comandar uma fábrica automotiva na América Latina.
“Na FCA, trabalhamos com desenvolvimento de carreira, então eu imaginava que haveria um próximo passo. Além disso, acreditamos na inclusão como um valor. Então, é algo que me deixa muito feliz, principalmente por poder inspirar pessoas”, diz.
Para Alan Borges, supervisor em treinamento do Polo Jeep, a preocupação da FCA em capacitar e dar oportunidade às pessoas faz diferença.
“Foi marcante. Foi um impacto radical na minha vida e na da minha família”, conta.
Alan está no Polo desde o começo e, nesse aniversário de cinco anos, diz que ‘passa um filme na cabeça”.
“Eu me desenvolvi e evoluí junto com a planta. Passei por funções como executor de processo, técnico em mecânica e, hoje, sou supervisor em treinamento”, conta.
A transformação, para ele, se deu financeira, social e intelectualmente.
“Muitas pessoas que conheço daqui trabalhavam no corte de cana ou não trabalhavam. E, assim como eu, hoje, têm até plano de saúde. Então, se fez diferença na minha vida, imagine quantas famílias não foram beneficiadas com a chegada da Jeep nesses cinco anos?”.
No infográfico abaixo você acompanha a linha do tempo das principais conquistas do Polo Automotivo Jeep nesses cinco anos.
Esta matéria pode ser encontrada no FCA Latam Stories, um portal para quem se interessa por tecnologia, mobilidade, sustentabilidade, lifestyle e o universo da indústria automotiva.