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Você é/conhece uma mulher ligada à carreira STEM? A 3M vai reconhecer 25 cientistas de mais destaque na América Latina

Cláudia de Castro Lima - 14 out 2021
Luiza Frank, uma das seis brasileiras reconhecidas na primeira edição
Cláudia de Castro Lima - 14 out 2021
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Foi amor à primeira célula investigada. Pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luiza Abrahão Frank decidiu se tornar cientista logo no primeiro semestre do curso de graduação em Ciências Farmacêuticas pela mesma instituição.

Quando começou a trabalhar num laboratório de iniciação científica dedicado à genética e biologia molecular, ela viu que estava fisgada por aquele universo fascinante – e que aquela seria uma relação duradoura.

“Trabalhava com doenças genéticas ligadas ao metabolismo e vislumbrei a possibilidade de propor alguns tipos de tratamento e de diagnóstico para pacientes e, assim, melhorar a qualidade de vida deles”, conta.

“Isso me mostrou todas as perspectivas que a pesquisa apresenta, o impacto que isso que pode causar na vida das pessoas. E a partir daí sempre estive envolvida com pesquisa.”

Luiza dedicou seu mestrado e seu doutorado a desenvolver uma nova opção terapêutica para o tratamento de câncer de colo do útero. Seu projeto prevê o encapsulamento de um fármaco usado no tratamento de alguns tipos de câncer chamado imiquimode.

“Ele tem um grande problema: seus efeitos adversos, que levam muitas pessoas a abandonar o tratamento.”

Incorporando o fármaco em nanopartículas de hidrogel, Luiza descobriu que esses efeitos colaterais em pacientes com câncer de colo de útero são muito menores. Além disso, as nanopartículas direcionam o medicamento especificamente para as células tumorais e permitem que seja usada uma dose muito menor do fármaco.

Por seu trabalho, Luiza foi uma das seis brasileiras reconhecidas entre as 25 cientistas de maior destaque da América Latina de 2021 pela iniciativa 25 Mulheres na Ciência América Latina, promovida pela 3M – que acaba de abrir inscrições para a segunda edição por este link.

POR QUE RECONHECER MULHERES CIENTISTAS?

No mundo todo, as mulheres ainda representam apenas 28% dos graduados em engenharia e 40% dos formados em ciência da computação e informática.

As informações fazem parte do Relatório de Ciências da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), publicado em fevereiro último.

A pesquisa mostra ainda disparidades maiores em áreas altamente qualificadas, como inteligência artificial: só 22% dos profissionais são mulheres. Mulheres ainda são mais propensas a deixar o campo de tecnologia, muitas vezes citando fracas perspectivas de carreira.

O relatório aponta ainda que, nas universidades, as pesquisadoras tendem a ter carreiras mais curtas e remuneração inferior comparativamente aos homens.

Durante a pandemia, com as universidades e espaços de pesquisa fechados, a produção acadêmica feminina despencou.

Segundo um estudo do Parent in Science, da UFRGS, alguns grupos foram particularmente impactados – como o caso das mulheres negras, independentemente de terem filhos ou não, e das mulheres brancas com crianças pequenas.

Ao mesmo tempo, a intensa cobertura científica destacou a atuação de inúmeras pesquisadoras no cenário nacional, como as brasileiras que lideraram o sequenciamento do genoma do vírus Sars-CoV-2 em apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso da doença no país.

O programa 25 Mulheres na Ciência América Latina pretende, segundo a 3M, contribuir na direção à equidade de gênero, promover mais acesso às disciplinas STEM e assegurar mais diversidade nas áreas científicas.

COMO PARTICIPAR?

A convocação para esta segunda edição do 25 Mulheres na Ciência América Latina vai até 22 de outubro.

As cientistas interessadas em participar deverão preencher um formulário e explicar o seu projeto usando entre 140 e 280 caracteres neste link: https://curiosidad.3m.com/blog/pt/25-mulheres-na-ciencia-2022/

Um júri composto por acadêmicos, líderes e/ou especialistas em indústrias científicas e pessoas com vasta experiência em ciência, investigação, inovação, empreendedorismo e sustentabilidade, selecionará as 25 mulheres cientistas de destaque da América Latina 2022.

“O aumento da importância da ciência e a sua relevância para um futuro melhor permitiu que a 3M promovesse iniciativas para promover a inclusão nas áreas de STEM”, comenta Claudia Kashiwakura, líder técnica da divisão de Segurança Pessoal da 3M para a América Latina.

O potencial de impacto social direto ou indireto do projeto é um dos critérios de avaliação que serão levados em conta para a seleção das 25 mulheres cientistas.

Esse impacto pode ser tanto em relação ao número de pessoas impactadas como em relação à profundidade. O projeto deve também ser inovador e disruptivo, além de viável e de estar em um nível de maturidade demonstrável com testes-piloto.

A 3M quer garantir a diversidade e a inclusão no 25 Mulheres na Ciência América Latina e, para evitar os vieses inconscientes na seleção, não solicita fotos, vídeos ou histórico universitário durante a primeira fase do processo.

As cientistas devem ser maiores de idade e ter nascido ou viver num país latino-americano, ser autoras ou ter participado como líderes em pelo menos um projeto com um protótipo e/ou teste-piloto que demonstre uma ideia de inovação científica baseada na filosofia STEM.

LIVRO COMEMORATIVO E CURSO PARA AS 25 PREMIADAS

As finalistas serão anunciadas no dia 11 de fevereiro de 2022, durante um evento virtual. Na mesma data acontece o lançamento da segunda edição do livro 25 Mulheres na Ciência da América Latina.

Entre os benefícios das vencedoras estão a inclusão dos seus projetos e histórias na segunda edição do livro comemorativo e também o acesso a um curso de liderança e inovação em uma instituição acadêmica de prestígio e um plano de visibilidade científica e de trabalho em rede.

Para Luiza Frank, premiações assim são muito importantes para alavancarem o ingresso de outras mulheres nas áreas STEM.

“Elas aumentam a visibilidade da nossa pesquisa e, ao mesmo tempo, são uma oportunidade de incentivarmos outras mulheres e, também, mostrarmos para a sociedade que precisamos conversar sobre isso”, diz ela.

“Eu sou mãe e o maior desafio da minha vida foi conciliar meu doutorado com o fim da gravidez e os primeiros meses de maternidade, mas tive uma rede de apoio e consegui chegar lá”, comemora.

“Esse tipo de iniciativa nos permite mostrar que somos capazes. Pude também mostrar a pesquisa de alta qualidade que a gente desenvolve em uma universidade pública, de alto impacto para a sociedade. Sou muito grata à 3M por isso.”

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