Nome:
WePlay Music TV.
O que faz:
É uma plataforma de streaming de vídeo voltada a shows na íntegra de música nacional.
Que problema resolve:
Resolve a questão da monetização para artistas, músicos e gravadoras. Ao mesmo tempo atende fãs e aficionados por shows musicais. “Com o fim da era do DVD no Brasil, um grande acervo de shows começou a ficar à margem e estagnado, gerando um problema para as gravadoras bem como para artistas em relação à monetização. Nesse sentido, o nascimento da WePlay constitui uma solução para resolver esse problema. Além disso, traz ao mercado de streaming a possibilidade de o público se reconectar ou conhecer shows memoráveis no conforto de casa”, diz Maria Rita Lunardelli, fundadora e CEO da WePlay.
O que a torna especial:
A startup aponta um novo caminho de negócio para gravadoras e de receita para artistas e músicos. Também oferece uma nova possibilidade de entretenimento, com resgate de memórias afetivas para aqueles que curtiram shows e é uma chance para que as gerações mais novas conheçam apresentações que marcaram época. Outro ponto especial da WePlay é a valorização dos músicos no centro dos negócios. A plataforma remunera tanto os artistas protagonistas quanto os músicos acompanhantes por meio do pagamento de direitos conexos. A startup ainda busca valorizar e dar visibilidade a toda essa cadeia, permitindo aos usuários conhecer os músicos que participaram das apresentações (todos têm sua foto na ficha técnica) e as gravadoras que as produziram.
Modelo de negócio:
O modelo de negócio é baseado em assinaturas mensais individuais (R$ 23,90, acesso de um único usuário/tela) ou familiares (R$ 43,90, acesso por até quatro usuários/telas simultaneamente).
Fundação:
Fevereiro de 2021.
Sócios:
Maria Rita Lunardelli — CEO e fundadora
Monica Sampaio Garfinkel — Cofundadora
Paulo Sérgio de Brito — Cofundador
Fundadores:
Maria Rita Lunardelli — 55 anos, São Paulo (SP) — é mestre em Direito Tributário pela PUC/SP e especialista em Direitos Autorais com Formação Executiva pela FGV/RJ. Foi sócia da Advocacia Lunardelli por 20 anos e é sócia da Voice – Espaço Contemporâneo de Música e Arte, em São Paulo.
Monica Sampaio Garfinkel — 56 anos, São Paulo (SP) — é administradora de empresas e sócia da Voice – Espaço Contemporâneo de Música e Arte.
Paulo Sérgio de Brito — 55 anos, São Paulo (SP) — é sócio-fundador e coordenador Pedagógico da Voice – Espaço Contemporâneo de Música e Arte. Também atua como diretor de preparação vocal de programas como The Masked Singer Brasil (Rede Globo) e do Canta Comigo (Rede Record).
Como surgiu:
Maria Rita conta que tem uma relação íntima com a música desde criança. Ela nasceu em família de músicos e sua avó foi uma das primeiras maestrinas do Brasil. A empreendedora tocou piano dos 6 aos 25 anos e se apresentava no teatro Cultura Artística. Na infância, também vivia no ambiente de estúdios. No entanto, os caminhos da vida a levaram para a prática do Direito. Trabalhou com questões relacionadas a Direito Tributário e montou um escritório, mas conta que era latente o desejo de atuar com algo mais ligado à emoção e sensibilidade. Em um outro momento, quando dava aulas de especialização em Direito Tributário, começou a sofrer com um problema na voz e foi aconselhada a fazer fono e aulas de canto. Chegou assim à Voice – Espaço Contemporâneo de Música e Arte, em São Paulo, local onde se reconectou com a música e com a prática com o piano. Lá, passou a ter contato regular com músicos e artistas e acabou se tornou investidora e sócia do negócio. No seu dia a dia na empresa, percebeu que os músicos tinham dificuldades para entender direitos autorais e as mudanças ocasionadas pelo digital. Paralelamente, percebeu que artistas mais antigos não performavam muito bem no streaming porque suas audiências não estavam familiarizadas com essas plataformas. De quebra, a pandemia trouxe uma visão ainda mais clara de que os músicos estavam muito ancorados nos shows para gerar receitas. Esse conjunto de fatores e o “fim” das mídias físicas foram o impulso necessário para a idealização da WePlay.
Estágio atual:
Além dos três sócios, a WePlay conta com um time de sete pessoas. A plataforma foi lançada em dezembro de 2021 e ofereceu seu serviço gratuitamente para 300 convidados testarem, darem feedback de usabilidade e sugestões de aprimoramento. Em março, a plataforma foi aberta ao público em geral e tem semanalmente dado destaque a shows e artistas. O catálogo já conta com shows de grandes nomes como Maria Bethânia, Chico Buarque, Pitty e Zeca Pagodinho. A meta da CEO é bater a marca de 100 mil usuários no primeiro ano de operação.
Aceleração:
Não teve.
Investimento recebido:
Os sócios investiram 600 mil reais para começar a empresa.
Necessidade de investimento:
Os sócios não buscam um aporte no momento.
Mercado e concorrentes:
“Todos os estudos de tendências apontam franca ascensão do mercado de streaming. Trata-se de um setor com crescimento regular na casa dos dois dígitos e o avanço deste mercado vem sendo mais vigoroso no América Latina. Neste cenário, o Brasil está entre os cinco maiores mercados do mundo. Se considerarmos apenas o segmento musical, o crescimento da indústria da música na América Latina foi de 16% em 2021, sendo que 84,1% da receita total vem do streaming. De fato, temos um espaço bem plural, que abre oportunidades para os mais diversos produtores de conteúdo”, afirma Maria Rita. Como concorrentes no mercado streaming de vídeo on demand, ela cita players gigantes como Netflix, Amazon Prime Vídeo, Disney+, HBOMax, Apple e Globoplay. “Porém são poucos os shows de música disponibilizados por eles. Por outro lado, temos as plataformas de streaming de música que são os players focados em áudio, como Spotify e Deezer. Em termos de concorrência direta, o que mais se aproxima é o YouTube. Porém, a maioria dos shows é fragmentada e não oferece a mesma experiência de curadoria, com a possibilidade de assistir a um show completo sem interrupções por propaganda.”
Maiores desafios:
“O principal desafio é o atual cenário econômico. De uma forma geral, o público brasileiro está aberto a contratar mais de uma plataforma de streaming. Porém, com a oferta crescente e o orçamento doméstico das pessoas pressionado, os usuários acabam, em muitos casos, fazendo escolhas. Ainda com relação à construção da base de usuários, tivemos que partir do zero. Nosso público-alvo predominante são as pessoas acima dos 35 anos, porém buscamos também tracionar o público mais jovem, a partir de 25 anos. E outro grande desafio é poder apresentar aos adolescentes o que temos de melhor na música brasileira e, com isso, perpetuar a nossa cultura”, diz a CEO.
Faturamento:
Ainda não fatura.
Previsão de break-even:
A plataforma deve chegar ao break-even quando alcançar 12 mil assinantes.
Visão de futuro:
“A WePlay Music TV quer ser reconhecida como referência em música e shows, com experiências intuitivas e marcantes, sendo a plataforma de streaming de shows mais consumida pelo público e a maior parceira dos artistas. Nesse sentido, podemos ser um hub para pessoas e marcas que respeitam, valorizam e apreciam a cultura brasileira. Queremos implantar novas tecnologias que facilitem e aprimorem a experiência do usuário, com a indicação não só de shows que se relacionem com o conteúdo já consumido, mas sugerindo experiências que se conectem com o seu estilo de vida”, conta Maria Rita.
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