Você já fez algum pagamento colocando apenas o celular ou o cartão perto da maquininha, sem inserir nenhum tipo de senha?
Isso é possível por causa de uma tecnologia chamada NFC – se ainda não a conhece, certamente ouvirá falar bastante sobre ela. O motivo é simples: o método, que permite a realização de transações financeiras por aproximação, vem se tornando um queridinho mundo afora.
Segundo a Statista, especialista em dados de mercado, o volume de transações globais subiu 37% de 2020 para 2021. Mais uma herança do boom digital que vivemos na pandemia.
No Brasil, o crescimento foi bem mais expressivo, de acordo com a Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), e uma a cada quatro transações com cartão de crédito já são feitas assim.
Em 2021, os pagamentos por aproximação aqui atingiram R$ 198,9 bilhões, uma alta de 384,6% na comparação com o ano anterior. Um avanço e tanto!
“Os últimos dois anos ocasionaram grandes mudanças no comportamento do consumidor. Foi uma quebra de paradigmas em hábitos que sempre estiveram muito arraigados no perfil de consumo do brasileiro”, comenta Simone Borges, gerente de pagamentos digitais da Sodexo Benefícios e Incentivos.
Para se ter uma ideia, a companhia registrou um aumento de 10.000% nos números de transações realizadas com a tecnologia NFC desde a chegada do Apple Pay em fevereiro, e a adoção tanto do Apple quando do Sodexo Pay segue crescendo mês a mês.
“A possibilidade de ter todos os pagamentos necessários no celular é um dos principais atrativos. Os usuários não precisam se preocupar em levar cartões físicos quando saem de casa”, afirma.
A sigla NFC significa Near Field Communication – ou comunicação por campo de proximidade, no bom português. Seu alcance operacional é de cerca de 10 centímetros.
Ou seja, basta colocar o smartphone, o smartwatch ou o cartão (crédito e débito) perto de dispositivos habilitados para realizar o pagamento de compras ou serviços.
Também é possível trocar informações com outros aparelhos, fazer backup e ter acesso a promoções, entre outras finalidades. Tudo sem digitar senhas ou códigos – a leitura é feita automaticamente.
No caso dos celulares, para usar a tecnologia é preciso instalar aplicativos específicos, como Apple Pay, Android Pay ou Samsung Pay. É o que chamamos de carteiras digitais.
O interesse por esse tipo de recurso tem sido tão grande que a Sodexo, por exemplo, criou a sua própria wallet, chamada Sodexo Pay, voltada a usuários do sistema operacional Android, solução disponível desde junho de 2021.
Para atender a todos os perfis, em fevereiro deste ano a companhia lançou a possibilidade de usar seus cartões de benefícios também na Apple Pay.
Foi a primeira empresa do mercado de benefícios regulada pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) a anunciar integração com o sistema.
“Fizemos uma campanha de grandes proporções para estimular o uso”, diz Simone. O resultado é uma explosão de transações somente nos últimos dois meses: 550% mais do que em janeiro.
Além da praticidade, a gerente da Sodexo atribui essa adesão expressiva à segurança do meio de pagamento. Isso porque a transmissão de dados é de mão única durante todo o procedimento.
Ou seja, o receptor não tem acesso a informações importantes, como senhas e números de conta, em nenhum momento.
O inverso também acontece, o que garante proteção aos vendedores. Aliás, Simone ressalta que este grupo passou a preferir o NFC, sobretudo depois da pandemia.
“Percebo que, muitas vezes, o pagamento por aproximação é a primeira opção oferecida na hora da compra. É um grande avanço. E a tendência é evoluirmos cada vez mais, não só com o NFC, como também com outras tecnologias”, afirma.
Olha que público não faltará para aproveitar todas essas novidades! Segundo um estudo da consultoria PwC, a quantidade de pagamentos digitais deve crescer 80% no mundo todo até 2025. Teremos cerca de 1,9 trilhão de transações por ano. É muita coisa! E aí, todo mundo preparado?
Muito além de política pública, passou do tempo de equidade racial estar apenas na agenda de responsabilidade social de empresas no Brasil. Saiba o que grandes organizações, como a Sodexo, estão fazendo em prol dessa causa.