Cada vez mais a área de Diversidade, Equidade e Inclusão tem entrado como pilar estratégico e vem ocupando espaço de urgência nas agendas de companhias do mundo todo. Ótima notícia! Porém, sabemos que o caminho é longo e estamos apenas iniciando essa jornada.
Quando falamos de presença feminina na liderança, fica claro que o percurso tende a ser demorado: atualmente, apenas 19,7% das cadeiras de conselhos administração no mundo são ocupadas por mulheres. O número cai para 10,4% no recorte Brasil.
Esses são dados da sétima edição da pesquisa global Women in the Boardroom, feita pela Deloitte. E, para se ter uma ideia da morosidade no avanço, houve um aumento de 2,8% nesses números desde 2018 (sendo somente 1,8% no Brasil). Nesse ritmo, a paridade viria apenas em 2045. Tempo demais, não?
Diante desse cenário, algumas empresas estão assumindo compromissos e promovendo iniciativas para atingir os patamares com mais agilidade. É o caso da Sodexo que, mesmo já tendo um equilíbrio interessante na ocupação feminina dos cargos de liderança (46%), lançou o programa Acelera Mulheres.
Conforme explica Mônica Torquato, gerente de Treinamento, Desenvolvimento, Recrutamento e Seleção da Sodexo Benefícios e Incentivos:
“Nós nos posicionamos como empresa que preza pela diversidade, equidade e inclusão e precisamos executá-las na prática. Porque uma coisa é ter política, outra é ter programa. E foi dessa inquietação que a Sodexo lançou essa iniciativa.”
O programa não surgiu exatamente de uma dor interna, mas da necessidade global de oferecer programas estruturados que deem voz e acelerem as mulheres de modo geral.
“A Sodexo é uma empresa de diversidade e inclusão e queremos mostrar que estamos alinhados às melhores práticas. A proposta é consolidar nossa cultura de DE&I, fortalecer a equidade com iniciativas de conhecimento e capacitação, preparando as mulheres para assumirem novas funções”, aponta Mônica.
Nesse sentido, a Sodexo Brasil estreou este ano o programa piloto Acelera Mulheres, que está em andamento. Ao todo, foram eleitas 11 colaboradoras do pool de talentos da empresa, que passaram por um rigoroso processo e tiveram seus nomes aprovados pelo Comitê Executivo.
Todas elas receberam convites para participar do programa, ou seja, havia total abertura para decidirem se estavam mesmo no melhor momento de vida para embarcar nessa jornada.
Convites aceitos, a primeira etapa foi o assessment, liderado pela empresa Trez – formada por mulheres, especializada em desenvolvimento humano e inteligência emocional feminina. Em seguida, os feedbacks ajudaram a focar nos planos de desenvolvimento individuais.
Agora, a cada mês, essas profissionais recebem um acompanhamento muito próximo: são reuniões individuais com o RH com foco em orientação de carreira e rodas de conversa. A ideia é focar nas necessidades e potencialidades de cada colaboradora, impulsionando e oferecendo ferramentas (como subsídios de cursos) para que elas evoluam ainda mais.
A conclusão do programa piloto está prevista para dezembro, quando será possível medir os resultados olhando para possíveis movimentações das participantes, tanto de progressão de cargo (de acordo com as oportunidades da empresa) quanto de laterais.
“Mas isso não significa que elas, obrigatoriamente, devam se movimentar após a conclusão do programa. O mais importante é termos mulheres preparadas que nos ajudem a aprimorar o negócio e sustentem o plano de sucessão na organização”, destaca Mônica.
Muito além de política pública, passou do tempo de equidade racial estar apenas na agenda de responsabilidade social de empresas no Brasil. Saiba o que grandes organizações, como a Sodexo, estão fazendo em prol dessa causa.