Na noite de 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a música potente de uma orquestra perfeitamente afinada emocionou a Sala São Paulo, rompendo paradigmas e o capacitismo na música clássica. Foi a primeira apresentação da Orquestra Parassinfônica de São Paulo (OPESP), a única protagonizada por músicos e musicistas com deficiência.
O projeto, iniciado há pouco menos de um ano, surgiu do incômodo provocado pela discrepância entre o número de pessoas com deficiência no Brasil e a falta de representatividade delas nas mais variadas esferas da sociedade, incluindo o cenário da música.
“São Paulo tem 13 milhões de cidadãos com deficiência esperando para ocupar esses lugares. Todos os lugares. Esse projeto traz a esperança de poder viver e vivenciar a inclusão por meio da música clássica. O que queremos é que a pessoa com deficiência possa seguir com dignidade, autonomia, respeito e equidade”,
afirmou Igor Cayres, mestre em atividades culturais e artísticas e produtor cultural, que construiu o projeto da OPESP.
Tudo começou há pouco mais de um ano, quando foram abertas as audições para compor a Orquestra Parassinfônica. A banca, formada por orientadores das melhores escolas de música do país, selecionou os musicistas de todas as regiões.
Depois de muitas aulas, ensaios e empenho absoluto, 33 músicos subiram ao palco – muitos deles pela primeira vez – sob a regência de Roberto Tibiriçá, da Academia Brasileira de Música e Membro Honorário da Academia Nacional de Música do Rio de Janeiro desde 2018.
O repertório da apresentação de lançamento da OPESP incluiu peças clássicas, como trechos de Carmen (Georges Bizet), Lembranças para flauta (Alexandre Guerra) e Andante cantabile (Pyotr I. Tchaikovsky) com trompa. Todas reproduzidas com excelência e aplaudidas de pé por uma plateia emocionada que encheu a Sala São Paulo.
Esta primeira formação da OPESP contou com oito músicos com deficiência, já apontando para uma orquestra bastante inclusiva, mas a meta do projeto é evoluir muito mais e incluir pelo menos metade dos integrantes com deficiência.
“Muito me orgulho desse projeto tão bonito e necessário. Essas pessoas são agentes do próprio destino buscando um lugar na sociedade. E essa é uma pequena mostra de peças musicais que anuncia um futuro promissor do projeto”, reforçou o Tibiriçá.
E Igor Cayres completou:
“Superou minhas expectativas! Vi uma orquestra profissional no palco. O trabalho feito foi de muita qualidade, todos entregaram seu melhor”.
O lançamento da OPESP foi realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado e Cultura e Economia Criativa e de Direitos da Pessoa com Deficiência.
A 3M, que acredita que a diversidade e a inclusão são essenciais para a inovação, foi uma das empresas patrocinadoras dessa iniciativa por meio da lei estadual de incentivo à cultura.
De acordo com Luiz Serafim, Head de Marca & Comunicação da 3M:
“Há pelo menos 15 anos, a 3M vem investindo em cultura de maneira apaixonada, e o projeto da Orquestra Parassinfônica nos permite combinar nosso apoio consistente às artes com outro pilar precioso, a luta por uma sociedade mais diversa e inclusiva”.
Vida longa à OPESP!
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