Legislações cheias de detalhes. Pouca abertura por parte dos players de saúde e seus decisores. Dificuldade em entender market fit e precificação por falta de acesso a quem tem as respostas. Queda da disponibilidade de investimentos nas startups. Bem-vindos e bem-vindas à rotina de quem está à frente de uma healthtech.
Listando os desafios, não é difícil entender porque founders de startups da área da saúde encaram uma trilha de desenvolvimento mais longa do que as de outros setores.
Ao mesmo tempo, o que a área tem de obstáculos, também tem de possibilidades. É para segurar a mão desses empreendedores que o Vibee, hub de inovação da Unimed VTRP, existe.
“Há uma grande fragmentação no setor de saúde que dificulta que a inovação aconteça. Estamos aqui para auxiliar nessa transformação”, afirma Rafael Zanatta, head do hub.
Desde 2020, 48 startups passaram pelo programa de aceleração, doze por batch. Entre elas, techs que ingressaram no programa quando estavam em fase inicial — a partir da categoria Vibee Start — e as que estavam no momento de crescer, contempladas pelo Vibee Go. Zanatta explica:
“Nas startups do Start, nosso trabalho é muito de auxiliar a expandir os horizontes do conhecimento que os founders têm. Com startups mais evoluídas, a gente mostra como funciona a dinâmica do mercado de saúde e ajuda com as conexões, a ver novas oportunidades que não estavam sendo consideradas”
Com inscrições abertas para o Batch #5, o Vibee comemora a última edição e o legado que construiu até aqui.
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Para Zanatta, a pandemia de covid-19 veio acompanhada por um boom de healthtechs, mas o momento atual do ecossistema de saúde é o de amadurecimento, o que ficou explícito durante o Batch #4 do Vibee.
“Recebemos na última edição soluções muito variadas seguindo o que a gente se propôs desde o início, que é ter o Vibee como uma ferramenta para entender como o mercado de saúde funciona, onde está se movimentando, como cresce e se desenvolve”, afirma.
Ele explica que as startups em saúde com boa proposta de valor e produtos ou serviços sólidos estão, agora, em fase de tração. “Quem precisou pivotar ou descontinuar a ideia fez isso muito em função dos programas de inovação estruturados, como o Vibee”. O head completa:
“Até alguns anos atrás, os decisores não entravam tanto em conversas com empreendedores. Hoje, desde o início da jornada, os founders conseguem conversar com decisores e lapidar a ideia em vez de chegar lá no final com um produto pronto e entender que não tem fit. Nosso hub auxilia nesse processo”
Para Zanatta, os empreendedores precisam mergulhar no que já foi feito para propor algo diferente, fugindo do mais do mesmo. “Aqui no Vibee, muitas vezes indicamos para um founder uma oportunidade adjacente que ele ainda não tinha percebido e que se torna um divisor de águas”.
Se o percurso de inovação em saúde tem suas especificidades espinhosas, o que dizer das startups que enveredam pelo caminho do hardware em vez do software?
“O hardware tem uma trilha de desenvolvimento mais complexa e lenta. Durante o Batch #4, ajudamos uma startup lá do Batch #2 a rodar o piloto de uma solução, porque na época o dispositivo não estava pronto”, conta Zanatta. Ele explica que startups assim são bem-vindas no Vibee:
“Gostamos muito de ajudar as startups de hardware em suas trilhas. Vemos poucos programas de aceleração e de investimento que olham para esse tipo de solução justamente por isso. Nós incentivamos a vinda delas”
Na edição passada, o Vibee auxiliou healthtechs como a MUV — que está fazendo uma palmilha, ainda em estágio inicial, com mais de dez sensores para analisar o ritmo de corrida e evitar lesões.
Outro destaque em hardware no Batch #4 é a Philo Care, que trabalha com wearables (dispositivos vestíveis) capazes de conectar todas as informações que um smartwatch consegue gerar para criar um acompanhamento mais completo para as equipes de saúde.
As inscrições para o Batch #5 do Vibee estão abertas até 24 de março. Clique aqui para inscrever sua startup.
No Batch #4, o Vibee incluiu mais um tipo de suporte na trilha de inovação: a aproximação dos founders com fundos de investimento. O amadurecimento do ecossistema das heathtechs também trouxe consigo mais desafios para os empreendedores relacionados ao fundraising.
“Criamos encontros mensais para as startups se apresentarem para os fundos, entenderem as teses de investimento e o que eles buscam para eventualmente até organizarem a operação a partir disso”
Zanatta diz que o processo de captação é algo contínuo, porque quando a startup não está captando, está se relacionando com os investidores para seguirem no radar para oportunidades futuras.
Além disso, o programa segue apostando na conexão das startups com outras Unimeds de todo o território nacional, o que facilita a entrada neste mercado. “A realidade de cada Unimed é diferente. Conectar essas pontas gerou insights poderosos para as startups, porque são outros pontos de vista, outros players do mercado”, afirma.
“Estamos falando de um sistema nacional que tem hoje 18 milhões de vidas, mais de 340 singulares, então nossa abrangência como hub vem se tornando cada vez maior. O ganho de autoridade do Vibee transborda para a startup”
Outras conexões feitas no Batch #4, preciosas para gerar oportunidades, continuam no Batch #5. “Nos aproximamos de players relevantes que desenvolvem inovação em saúde no país. Além disso, estreitamos relacionamento com o Unimed Lab, programa de inovação da Unimed Brasil, apresentando nossas healthtechs nacionalmente”.
Desde a primeira edição, a proposta do Vibee é diagnosticar, de forma precisa, a startup e trabalhar suas dores em um programa personalizado para realmente entregar valor para os founders.
“Nós nos preocupamos em entender em qual momento a startup está para garantir que a trilha de desenvolvimento seja específica para ela. É algo que a gente aprimora cada vez mais”, diz Zanatta, com orgulho.
Por esse motivo, as mentorias, que já eram bem direcionadas, estão cada vez mais customizadas dentro do programa, o que otimiza o tempo dos founders e os resultados do ciclo de aceleração. Tudo feito de uma maneira transparente:
“Sempre reforçamos que o Vibee é um ambiente seguro para que as startups exponham aquilo que dói. É por esse motivo que não temos, por exemplo, healthtechs concorrentes dentro de um mesmo batch”
A sinceridade das conversas com gestores nas mentorias individuais também é um dos grandes trunfos do programa. “Às vezes a startup quer criar algo disruptivo, mas que vai custar muito caro, que é inviável economicamente. Aqui, colocamos as pessoas certas para darem esse tipo de feedback, por exemplo”.
A personalização das mentorias, Zanatta ressalta, não significa menos contato com as outras startups participantes. “Pelo contrário, essas trocas entre elas são muito produtivas e organizamos cada vez mais. É interessante que o Vibee não é um programa com começo e fim. Quem participa de um batch nosso está sempre sob nosso olhar. Somos genuinamente disponíveis”.
Quem se inscrever no Batch #5 pode aguardar um programa com metodologia, elogiada pelos participantes em todas as edições, ainda mais lapidada. “A gente nunca se satisfaz com o Vibee como ele está, sempre quer aprimorar. Escutamos as startups e nos movemos para entregar além das expectativas”, conclui.
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Gustavo Ottoni, cofundador e coCEO da Cíngulo, e Erika Monteiro, sócia-fundadora e COO da Carefy, contam sobre suas experiências no Batch #4 do Vibee e incentivam a participação das healthtechs no Batch #5. As inscrições terminam em 24 de março.
O head do hub de inovação em saúde e dois founders de startups aceleradas no Batch #3 contam como o programa transforma uma healthtech - e dão dicas de pitch para quem está de olho no Batch #4. As inscrições vão até 22 de julho.