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Com uma nova plataforma de multibenefícios, a Funcional quer crescer exponencialmente e ajudar corporações a atrair e reter talentos

Aline Scherer - 14 mar 2024
Cristiane Giordano, CEO da Funcional.
Aline Scherer - 14 mar 2024
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Em 1999, adaptando um modelo de negócios americano para a realidade brasileira, Fábio Hansen fundou a Funcional – hoje Funcional Health Tech – com a proposta de viabilizar que empregadores oferecessem a seus funcionários um benefício extra, descontos na compra de medicamentos.

Um plano de descontos em medicamentos costuma ser visto como vantajoso para todas as partes. Com remédios mais em conta, os pacientes se sentem estimulados a prosseguir com o tratamento; os médicos têm mais chances de suas prescrições serem cumpridas; as farmácias e indústrias farmacêuticas vendem mais; os empregadores gastam menos com ausências por doença e aumento da sinistralidade; e os planos de saúde (além da rede pública) veem diminuir o número de emergências e o agravamento de pacientes crônicos. 

Parece um modelo de negócios promissor, mas nos últimos anos o mercado farmacêutico vem crescendo menos do que costumava, segundo a Funcional. Assim, depois de 25 anos focada apenas no mercado de saúde, a companhia está diversificando seu portfólio.

Recentemente, a Funcional lançou sua plataforma de multibenefícios, para permitir que seus clientes ofereçam aos funcionários, além de descontos em farmácias, pagamentos de premiações, vale alimentação, vale refeição e recursos para home office, mobilidade. 

No total são dez temas, incluindo a possibilidade de se criar benefícios personalizados aos colaboradores.

“Um dos desafios é o RH gerenciar muitos benefícios e, especialmente no cenário pós-pandêmico, atrair e reter talentos nas empresas”, diz Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech. 

“Hoje as empresas têm colaboradores de todas as gerações, gente trabalhando home office, híbrido, presencial… A gente identificou que poderíamos agregar outros benefícios, além dos tradicionais – por exemplo, um programa especial para gestantes, com uma ajuda de custo nos primeiros meses da licença maternidade.” 

Cristiane é a primeira CEO contratada pela empresa, que assumiu no fim de 2021 (Hansen ficou 22 anos no cargo, e começou a preparar sua sucessão alguns anos antes, quando montou um conselho consultivo, o qual preside). Depois de passar por diversas áreas de grandes farmacêuticas, ela passou um ano como conselheira da Funcional, até assumir a presidência. Saiba mais na entrevista a seguir:

 

Conta um pouco sobre a sua carreira? Você se especializou em marketing e gestão no mercado farmacêutico. Como foi essa escolha?
A escolha pela indústria farmacêutica foi meio por acaso, eu fiz faculdade na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), tinha uma amiga que tinha entrado numa farmacêutica, e aí surgiu uma vaga de estagiária em outra, a Rhodia. 

A maioria das [empresas em] que eu trabalhei já mudaram de nome, fundiu, foi comprada, então não é mais Rhodia, hoje é Sanofi Avens. 

E quando você entra na indústria, acaba que você se especializa em alguns temas, porque as informações são diferentes, o modelo de negócio é diferente. 

Eu entrei para a área de dados, que estava crescendo muito, naquele momento de transição de informações no papel para o digital, e me abriu o horizonte de entender o mercado, os produtos… 

Aí fui passando por várias empresas, primeiro nessa área de dados, depois migrei para marketing, produtos, áreas mais estratégicas; quando eu estava na Pfizer, como gerente de produto, passei por várias áreas terapêuticas, fui crescendo, assumi a área comercial.

Nos últimos seis anos antes da Funcional fiquei na israelense Teva, a maior empresa de genéricos do mundo, em várias posições; e aí, nos últimos três anos como CEO [da Funcional], consolidando tudo que eu já tinha aprendido.

Acredito que muita gente que vai ler essa entrevista já usou a Funcional e nem sabia… O que faz a empresa?
Com certeza usou. Sempre falo isso quando apresento a Funcional. Você conhece, é que você não sabe. 

A Funcional é uma empresa que começou há 25 anos tentando trazer o modelo de PBM americano para o Brasil. PBM é a sigla em inglês para Product Benefit Management, tipo de empresa que faz a gestão da cobertura de medicamentos. 

Por exemplo, nos Estados Unidos um médico prescreve uma medicação, você vai na farmácia com a receita e tem um desconto coberto pelo plano. Quem faz a gestão desses descontos são as PBMs. 

A Funcional Health Tech faz a ponte do empregador com a indústria farmacêutica para o subsídio de medicamentos. Aqui no Brasil os planos de saúde só subsidiam o que é utilizado dentro do hospital ou alguns medicamentos bem específicos

A Funcional é uma empresa de tecnologia que começou a se plugar com as farmácias no Brasil em 1999 e hoje está plugada a mais de 50 mil farmácias. 

Temos 180 clientes empregadores e são eles que decidem as regras de subsídio de medicamento para seus funcionários e através do nosso software autorizador instalado nas farmácias, fazemos a liberação dos medicamentos de acordo com essas regras estabelecidas. 

A partir dos descontos, de que forma a empresa impacta na saúde das pessoas?
Hoje no Brasil um paciente de doenças crônicas costuma ficar só de dois a três meses em tratamento. Usa o medicamento por esse tempo e para. E não deveria parar. Acha que está bem e para, mas daqui a pouco tem um infarto, vai para o hospital, e enfim… 

Uma das questões é o custo. Muitas vezes, se um paciente não tem mais sintomas aparentes, a primeira coisa que vai fazer é cortar o remédio. 

As pessoas não gostam de gastar com remédio. Então, o primeiro desafio é o desembolso, mesmo; o segundo é achar que está bem. A Funcional Health Tech tem mecanismos para identificar essas razões e criar estratégias: por exemplo, um desconto progressivo que a partir do terceiro mês o paciente tem um desconto maior

A gente vai usando essas informações agrupadas para ajudar os clientes a melhorarem as jornadas dos seus pacientes. Através de descontos e uma régua de relacionamento, a gente ajuda o paciente a ter maior adesão ao tratamento e assim melhorar a qualidade de vida. 

Não seguir o tratamento é pior para todo mundo: pior para o paciente, para o hospital, para o plano de saúde, que tem mais gasto, pior para o empregador, que vai ter um aumento na sinistralidade e mais gastos. 

Por isso, a gente olha para várias pontas desse ecossistema e oferece múltiplos benefícios para todos. 

Qual o perfil dos funcionários da Funcional?
De 2018 para cá aumentamos em 50% o número de funcionários, hoje somos em 700 pessoas. Isso devido às aquisições e ao crescimento dos programas de pacientes, que dependem de atendimento humanizado de enfermeiras, fisioterapeutas e farmacêuticos.

Por exemplo, a gente tem programas de AME (Atrofia Muscular Espinhal), que é aquela doença que tem o medicamento mais caro do mundo, que custa 1 milhão de dólares. 

Então, você precisa ter um atendimento delicado falar com essas pessoas, com esses pais. Tem também programas de esclerose múltipla, oncologia, de várias doenças raras. 

A gente vem investindo bastante em alguns projetos específicos de tecnologia que demandaram mais pessoas. Hoje quase metade da empresa é formada pelos times de tecnologia, divididos em vários squads

No ano passado, a gente agregou mais um time de tecnologia, o Funcional Ventures, para tocar novos produtos e inovação. 

O que é o Funcional Ventures?
É um time de cerca de 30 pessoas de tecnologia, ligadas a mim diretamente e a um dos nossos conselheiros, que é especialista em tecnologia, é CTO em outra empresa e já foi CTO da Funcional anos atrás. 

Temos reuniões quinzenais para acompanhar os projetos com foco no mercado corporativo, porque ainda existem muitas oportunidades. 

A gente lançou há pouco tempo o multibenefícios, que agrega o benefício de saúde com uma série de diferenciais versus o que existe no mercado. 

A gente também tem projetos em farma [indústria farmacêutica] para evoluir com a nossa tecnologia e melhorar a experiência dos pacientes dentro dessas jornadas tão complexas de acesso e de adesão a tratamentos. E projetos também voltados para o varejo farmacêutico 

As farmácias, principalmente as redes, estão se tornando cada vez mais centros de atendimento de saúde. Agora tem aplicação de vacina, realização de pequenos exames. 

Alguma das startups que a Funcional adquiriu também participa desse time?
A Pedbot foi a última adquirida nossa, que tem muito essa cultura de startup que a gente está aproveitando dentro do Ventures. Ela foi fundada por três jovens de vinte e poucos anos, universitários de Marília (SP), que continuam na Pedbot. 

A gestão continua independente e isso é uma filosofia aqui da Funcional. Porque quando você coloca aqui dentro é uma outra dinâmica, uma empresa maior, com mais processos, uma dinâmica diferente de uma startup, que precisa de agilidade nas decisões e mudanças rápidas. 

É uma empresa que tinha dois anos e meio, mais ou menos. Começou vendendo o produto dela para as pequenas redes e farmácias independentes, para fazer essa gestão de venda por WhatsApp. A ferramenta foi evoluindo e quando a gente adquiriu, eles já estavam próximos a mil clientes. Hoje, já são quase 2 mil

Tem o nosso ecossistema que agregou muito, porque a gente está plugado a mais de 50 mil farmácias. Então, uma das ideias é expandir a atuação deles. E a gente tem tocado essa integração de forma a manter as empresas separadas. Alguns projetos são tocados em conjunto, outros são independentes.

Com quais objetivos a Funcional fez essa aquisição mais recente?
A Pedbot é uma startup de chat commerce, que trabalha com programas de fidelização e atendimento para as farmácias, principalmente as independentes e as redes menores. Um software faz todo o atendimento ao paciente que quer comprar virtualmente, tem um sistema de gestão, de filas, do atendimento, tem inteligência artificial para responder todas as perguntas dos pacientes. 

Essa aquisição ocorreu porque estamos querendo melhorar essa jornada dos pacientes, não só no momento em o cliente faz o relacionamento com a farmácia, mas também quando faz com a empresa ou a indústria farmacêutica, como é que a gente pode ajudá-lo a ter mais informação, mais adesão, não esquecer de tomar medicamento – uma série de ações que a gente chama de régua de relacionamento.

A Funcional cresceu nos últimos 25 anos muito devido a aquisições como essa?
A Funcional adquiriu algumas empresas para aproveitar mais o ecossistema que já tinha criado ao se plugar a muitas farmácias, e depois aos principais laboratórios de análise e exames de imagem, como DASA, Fleury e Hermes Pardini. 

A gente teve a aquisição da Fidelize em 2018; iniciamos a aquisição da bCare em 2017 e finalizamos recentemente. É uma empresa de programas de suporte a pacientes de medicamentos de alto custo no SUS, que precisam ter o diagnóstico confirmado muitas vezes para conseguir o acesso. 

Fazemos toda a gestão entre o médico atender o paciente, o paciente agendar os exames nesses laboratórios, obter o diagnóstico e depois fazer parte do programa de acesso ao medicamento 

A Fidelize é de programas de adesão para pacientes, oferecidos pelas farmacêuticas, com alguns produtos de back-office, integrando ferramentas de pedidos e distribuição de produtos nas farmácias. 

As duas aquisições mais recentes foram a Prospera, de consultoria atuarial, em 2020, que abriu portas para a gente trabalhar com os planos de saúde; e, no ano passado, a Pedbot.

A Funcional anunciou um projeto de investimento total de 35 milhões de reais em três anos, esperando completar 5 bilhões de reais por ano em transações, e levar ao crescimento de 21% do faturamento da Funcional. Do que se trata esse projeto?
A plataforma de multibenefícios. Logo que eu entrei, a gente trabalhou muito numa visão de futuro, e é muito difícil fazer visão de cinco anos, dez anos em tecnologia, mas a gente trabalhou numa visão de três anos e se aprofundou muito no que estava acontecendo com o mercado, mapeando com o RH das empresas, a indústria farmacêutica, as pessoas de negócio, os gestores de planos de saúde: o que elas precisam? O que está acontecendo? Quais são as dores?

Um dos desafios é o RH gerenciar muitos benefícios e, especialmente no cenário pós-pandêmico, atrair e reter talentos nas empresas. Hoje as empresas têm colaboradores de todas as gerações, gente trabalhando home office, híbrido, presencial. É um cenário bastante diferente do que se tinha

E uma das coisas que a gente identificou é que nós éramos os únicos que poderíamos agregar, além dos benefícios tradicionais, outros benefícios, principalmente o benefício de saúde. 

A gente fez uma parceria com a Swap, que tem expertise de meios de pagamento e está por trás da plataforma de multibenefícios. Também fizemos muito investimento em pessoas, com squads dedicados para o produto, além de investimento em marketing, infraestrutura, segurança e cloud. 

Nos próximos anos, conforme esse volume de transações for crescendo como a gente imagina, a gente vai continuar investindo para manter a ferramenta rodando e manter essa parceria.

Como vocês chegaram a esses valores de transações esperadas, faturamento, investimento necessário?
São muitas variáveis. Quando você trabalha com multibenefícios, e a gente é bem flexível, oferece até dez carteiras diferentes: alimentação, refeição, farmácia, home office, mobilidade, premiação para os funcionários… Inclusive se pode criar benefícios. Por exemplo, um programa especial para gestantes, com uma ajuda de custo nos primeiros meses da licença maternidade. 

Cada vez que as pessoas utilizam esses cartões de benefício, são transações que vão acontecendo – e uma parte dessas transações vem para a gente 

É como se fosse cartão de crédito. Tem uma taxinha que vem para a gente e uma parte vai para a Swap, nossa fornecedora. A outra parte vai para a bandeira do cartão. Tem uma parte, inclusive, que vai para as carteiras digitais, Apple ou Android.

Hoje, a gente tem 19 milhões de transações ao ano somente para farmácias, com 13 milhões de pessoas por mês utilizando nosso benefício em 50 mil farmácias conveniadas. Quando se abre para multibenefícios, esses números crescem exponencialmente, com a possibilidade de chegar a 5 bilhões de volume transacionado em reais. 

Além das startups que vocês compraram, também há startups com as quais vocês trabalham juntos, certo?
No ano passado a gente integrou com a Memed, que é a principal healthtech de prescrição eletrônica. Hoje, se um paciente recebe a prescrição eletrônica já consegue ter acesso aos nossos programas dentro da própria ferramenta da Memed. 

A gente vem se conectando com vários outros players do mercado. Uma das filosofias nossas é acelerar o uso de tecnologia para melhorar a experiência do usuário, também através de parcerias. Nem tudo dá para fazer sozinho e desenvolver dentro de casa 

A gente também tem uma parceria com uma empresa chamada IPDV, que é bem focada no varejo e na distribuição.

A Funcional é uma empresa que compila muitos dados. Como eles são usados pela companhia?
Diante de tantas operações transacionais, temos acesso a muitos dados, por isso criamos uma área robusta de analytics. Estamos super aderentes à LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais]. Ninguém na Funcional tem acesso a nenhum nome de paciente, todos os dados são anonimizados e encriptados, de acordo com os padrões. 

A Funcional está no mesmo nível de multinacionais americanas em termos de compliance e gestão de risco. Mas a gente obviamente faz análises do perfil de pessoas das nossas bases, o que ajuda esses programas a serem aperfeiçoados, ao entender melhor o perfil das pessoas, o que elas buscam, como ajudar tanto o paciente, quanto a indústria e o empregador a melhorar a qualidade de vida das pessoas. 

Além disso, oriunda de uma aquisição, a gente tem uma vertical que atende operadoras e planos de saúde fornecendo analytics: eles nos enviam as informações de contas pagas dos planos de saúde e a gente devolve em forma de analytics. Isso é muito interessante porque a gente ajuda um outro pilar do sistema de saúde a melhorar a sua sustentabilidade

Porque entre tudo que os pacientes querem que seja liberado e pago pelos planos de saúde, tem a sustentabilidade financeira desses planos, seja no privado, ou no público, mas aqui falando especificamente do sistema privado. A gente ajuda em análises mais profundas para entender onde está o desperdício, a possibilidade de fraude, e comparar custos de provedores, prestadores e hospitais.

Como é tratada a questão de diversidade, equidade e inclusão na Funcional?
Confesso que ainda não conseguimos dedicar [ao tema] o tempo que a gente gostaria, mas esse ano temos um projeto bem sério e claro para aumentar a participação de mulheres na área de tecnologia. 

Eu participo de alguns grupos de diversidade; sou cofundadora de um grupo de CEOs mulheres na farma, inclusive em março a gente vai lançar a organização, está aprovando o estatuto, elegendo corpo diretivo. 

No mercado de saúde como um todo a gente avançou muito, e no setor farmacêutico fizemos uma pesquisa o ano passado: 30% das lideranças sênior são femininas. Ainda tem um caminho, mas já avançamos bastante, eu lembro quando comecei tinha muito poucas mulheres 

Aqui na Funcional, a gente tem hoje menos de 20% de mulheres em tecnologia, e esse número cai para 10% na posição de líderes em tecnologia. Estamos com o trabalho de preparar melhor as meninas na área de tecnologia para se desenvolverem mais, e rever nosso processo de seleção, para que tenha mais opções de mulheres na hora de contratação. 

Algumas empresas especializadas vão nos ajudar, porque a gente quer evoluir na participação de mulheres para os próximos anos. 

Como está o contexto do mercado de saúde hoje, pós-pandemia?
Continua em crescimento, mas teve uma desaceleração daqueles altos níveis de crescimento que a gente via alguns anos atrás. 

Hoje o mercado farmacêutico cresce por volta de 7%. Teve épocas que crescia em torno de 12%. A gente vê desaceleração em algumas áreas de produtos que já perderam patente, e aí entram genéricos e baixa bastante o valor do mercado, mas por outro lado aumenta em volume, dá mais acesso

As principais multinacionais farmacêuticas estão indo cada vez mais para mercados de especialidades com produtos cada vez mais de alto custo, com tratamentos super caros – e isso também deixa o sistema de saúde sobrecarregado. 

Ou o plano de saúde repensa o seu modelo de pagamento, ou tem que ter uma gestão muito eficiente, porque a gente ainda vê muita fraude, muita ineficiência – por exemplo, repetição de exames, uma série de coisas que ainda contribuem para os gastos serem muito altos 

Na pandemia, a gente teve uma baixa logo que começou a pandemia em termos de atendimento, de idas a pronto-socorro e tudo mais, só focado mesmo em COVID. Depois a gente teve um boom de sinistralidade, e agora está entrando um pouco mais na normalidade, mas a taxa de sinistros não voltou a ser como era antes. 

Hoje na maioria das empresas, a sinistralidade está acima da meta do plano de saúde, que normalmente é entre 70% e 80%. De fato, as pessoas estão mais preocupadas com a saúde, principalmente quem tem doenças crônicas. 

A gente vê um aumento muito grande de preocupação com saúde mental, por exemplo, que precisa de muito mais recurso, porque tem terapia, medicamentos, consultas.

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