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Conhece a Boutique de Krioula, nega? Não? Então se joga aqui.

Mirela Mazzola - 2 dez 2014 Michelle Fernandes, filha de empregada doméstica, cresceu em Moema, bairro de classe média paulistano, morando na casa dos patrões de sua mãe. Mas na hora de abrir seu negócio, escolheu Capão Redondo, na periferia da capital
Michelle Fernandes, filha de empregada doméstica, cresceu em Moema, bairro de classe média paulistano, morando na casa dos patrões de sua mãe. Mas na hora de abrir seu negócio, escolheu Capão Redondo, na periferia da capital
Mirela Mazzola - 2 dez 2014
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Criada no bairro nobre de Moema, na capital paulista, Michelle Fernandes, 30 anos, se orgulha mesmo é de viver no Capão Redondo, periferia na zona sul de São Paulo. Sua mãe era empregada doméstica e morava nas casas em que trabalhava, como a de Moema, e só conseguiu comprar o próprio imóvel quando Michelle tinha 18 anos. Antes de inaugurar a Boutique de Krioula, em 2012, ela já era adepta dos turbantes coloridos e alegres. Hoje, sua marca conta ainda com uma linha de bijuterias de inspiração étnica. A empresária conta aqui sua trajetória e fala sobre formas de valorizar a beleza negra.

Por que as mulheres negras devem reverenciar suas raízes usando turbantes e acessórios étnicos?
Michelle – Acho importante porque resgata nossa autoestima e desvincula os turbantes do viés religioso. Já sofri preconceito e os turbantes, até por motivos anatômicos, me fazem andar de cabeça erguida e com a postura ereta. É isso que quero transmitir com o meu trabalho, que as mulheres negras se orgulhem de suas raízes e se sintam seguras assim. Além do mais, acho que as crianças negras carecem de referências da cultura dos seus antepassados.

Como surgiu a ideia da Boutique de Krioula?
Sempre quis empreender criando algo que valorizasse a cultura afro. Meu marido trabalhava na indústria têxtil e às vezes trazia retalhos para eu treinar novas amarrações de turbante. Foi então que tive a ideia de criar uma página no Facebook, em que vendíamos algumas peças, e um canal de tutoriais no YouTube. Em meados de 2013 lançamos o site e a linha das chamadas afro joias. Hoje temos representantes em Salvador, no Rio de Janeiro e em Angola.

O que te inspira a criar as peças?
Do meu ateliê, no Capão Redondo, testo tecidos adequados para amarrar no cabelo e busco referências de estampas africanas e em sites americanos. A padronagem de tecidos de Angola e da Costa do Marfim são as que mais encantam.

Qual é a sua rotina de beleza?
Não fico sem batom, blush e delineador, e não durmo de maquiagem de jeito nenhum, além de usar hidratante à noite. Mesmo tendo a pele negra, uso protetor solar, sim. No campo do bem-estar, acho superimportante praticar alguma atividade física (eu faço pilates) e beber muita água. Nada de refrigerantes ou sucos artificiais.

Como você cuida dos cabelos?
Muita gente pensa que cabelos black power não precisam de cuidados: pelo contrário, eles são muito sensíveis e passíveis de danos. Como a oleosidade natural do couro cabeludo não chega às pontas, eu faço hidratação toda semana e, em casa, uso uma linha de produtos específicos.

 

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