Não é preciso mágica para transformar o mundo e a si mesma. Assim como a atriz Emma Watson, a bruxinha Hermione na saga Harry Potter, nomeada recentemente embaixadora da ONU Mulheres, a mineira Maria Carolina Machado elegeu o feminismo a sua causa, e luta por ela.
A funcionária pública radicada em Brasília, 34 anos, se descobriu feminista ao identificar os momentos desagradáveis que muitas mulheres enfrentam apenas pelo fato de serem mulheres, e que muitas vezes são disfarçados de gentileza– como serem abordadas na rua. Foi assim que Maria Carolina conheceu, em 2013, a Casa de Lua, coletivo paulistano que promove debates e apoia projetos ligados ao bem-estar da mulher.
“Ao entrar no grupo, comecei a me perguntar sobre a existência de outros coletivos e quem eram as mulheres que participavam”, diz. Depois de quase um ano pesquisando iniciativas espalhadas pelo país, em setembro de 2014 ela lançou, sozinha, o MAMU (Mapa de Coletivos de Mulheres), site que reúne 100 coletivos em 15 estados brasileiros. Estão entre eles desde grupos de teatro e artesanato até associações que promovem o parto natural e o aleitamento materno.
Desse modo, Maria Carolina tem ajudado a documentar iniciativas bacanas ligadas às mulheres e a criar conexões entre elas. Além de trazer informações sobre os coletivos, o portal é dividido por temas e mapeado graficamente, dando uma ideia de como eles se distribuem pelo território nacional. “O MAMU nunca estará completo. Quero que ele seja dinâmico, aberto e vivo”, diz ela. O cadastro de novos grupos está disponível no site.
Para o futuro, Maria Carolina vislumbra uma equipe para ajudá-la e uma maior integração entre os coletivos, por meio de encontros e parcerias, por exemplo. Ela já integrou grupos de dança e de teatro, está terminando um ano sabático nos Estados Unidos, onde estuda inglês e de onde se dedica a alimentar o MAMU.
O próximo passo é continuar os estudos sobre artesanato brasileiro (a mãe de Maria Carolina é artesã), que iniciou viajando para regiões como o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. “Quero que as mulheres percebam como são preciosas as parcerias entre elas, para assim inspirar o surgimento de novos grupos”, diz.
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