Diante de uma doença que o impediu de voltar ao trabalho, o engenheiro da computação Fábio Laé de Souza, 38, transformou a sensação de impotência em ação. “Comecei a me sentir sem esperanças, mas logo percebi que outras famílias passavam pela mesma situação”, diz. Foi então que ele começou a vasculhar campanhas em prol de crianças com doenças graves, comuns na internet, e ajudar a divulgá-las.
Essas buscas deram origem ao site Clique da Esperança, criado por ele ao lado da mulher Carol Saliby, 35, com quem tem dois filhos pequenos, e da enteada, Bel Maranhão, 19. “Sempre que via uma postagem queria ajudar. Se para o meu marido era difícil conviver com dores, imagine para as crianças?”, diz Carol. Mesmo vivendo na Inglaterra desde 2013, Bel sempre se manteve envolvida com o projeto e já foi tema de reportagem no jornal online de Cambridge, a instituição em que estuda.
Enquanto Fábio se dedica exclusivamente ao projeto, Bel e a mãe trabalham na divulgação, revisão de textos e postagens no Facebook de mais 120 mil seguidores. O Clique da Esperança reúne casos de meninos e meninas que tenham doenças graves e precisem de tratamento, quase sempre urgente e caro. A real necessidade da família é comprovada por meio de documentos, exames médicos e entrevistas.
Qualquer pessoa pode doar de cinco até mil reais. A transação é feita via PagSeguro, ferramenta de pagamentos online, e o valor é depositado diretamente na conta dos pais da criança. O Clique da Esperança não cobra nenhum tipo de taxa e os valores são representados por presentes ou mimos. Por cinquenta reais, por exemplo, é possível “comprar” uma fantasia de super-herói para Pedrinho Oliveira, de 8 meses, que nasceu na Bahia e precisa de um transplante de intestino feito apenas nos Estados Unidos. O bebê recebeu quase 140 mil reais em doações por meio do site – e já viajou para Miami para realizar a cirurgia. “É uma forma de fazer com que as doações aconteçam de forma lúdica”, diz Bel.
Além da campanha de Pedrinho, outras dezesseis estão abertas. Desde que o site entrou no ar, em maio de 2014, 31 crianças já foram ajudadas com mais de 450 mil reais. Hoje, os próprios pais das crianças entram em contato para receber ajuda. “Já houve pedidos de mais de 50 famílias”, conta Fábio. A ideia é seguir agregando campanhas e divulgando o site. “Cada vez que ajudamos a melhorar a vida de alguém, nosso coração fica mais leve”, diz Carol.
Sobre o futuro do Clique da Esperança, a família sonha em contar com o apoio de famosos e formadores de opinião para divulgar o projeto. “É muito emocionante ler as mensagens de mães, como eu, que muitas vezes tem no site a última esperança”, afirma Carol. O fato de ter filhos pequenos – um menino de 4 anos e uma menina de 9 meses – mudou os valores da mãe.
Para Fábio, além da paternidade, os problemas de saúde que atravessou também serviram para mudar a perspectiva da vida. “Hoje enxergo o porquê de ter passado pela doença no impacto que o Clique da Esperança tem na vida de tantas pessoas”. Como há procura de doadores estrangeiros, o próximo passo é traduzir o site para o inglês, o que ficará a cargo de Bel. A jovem sonha ser médica e também está participando de uma campanha de arrecadação de livros a crianças do Quênia.
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