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“A corrupção vai acabar muito mais rápido do que a maioria de brasileiros pensa. É preciso ter fé”

Giovanna Riato - 3 ago 2017 Para Peter Kronstrøm, as "ovelhas negras" devem assumir a liderança para que as empresas se mantenham relevantes no futuro.
Para Peter Kronstrøm, as "ovelhas negras" devem assumir a liderança para que as empresas se mantenham relevantes no futuro.
Giovanna Riato - 3 ago 2017
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Esqueça o turbante e a bola de cristal. A futurologia verdadeira tem outra cara e (ainda bem), muito mais utilidade. Neste caso, o rosto em questão é o do dinamarquês Peter Kronstrøm, 40, diretor do Copenhagen Institute for Futures Studies para a América Latina. Apesar da pompa do cargo, ele é um gringo descomplicado, com jeitão meio viking desbravador e tão apaixonado pelo Brasil que é capaz de inspirar esperança nos mais descrentes corações.

“As pessoas podem reclamar, mas quando você viaja percebe que há muitas coisas boas aqui. Como dinamarquês sei que viver em um lugar super organizado não é necessariamente a resposta.” Ele entende, ainda, que “o Brasil tem muitas cartas para o futuro. A criatividade e o jeitinho brasileiro, que muita gente reclama, são ferramentas poderosas para inovar”, diz em português claro e carregado de sotaque.

Fã da diversidade do centro de São Paulo, é justamente ali que ele resolveu morar, pertinho da praça Roosevelt, que ele considera “da hora” e símbolo de uma das megatendências que vão influenciar a sociedade pelos próximos anos: a individualização ou liberdade para que as pessoas definam como querem viver. “Não estamos mais presos aos padrões e podemos viver com menos pressão de ter uma estrutura familiar tradicional”, diz. Esta é apenas uma de uma série de influências que devem traçar o futuro do mundo na visão da organização, citadas por Peter ao longo da entrevista.

Criado em 1970 por Thorkil Kristensen, o visionário ex-ministro das Finanças do país, o Instituto de Copenhagen tem a missão de detectar tendências e preparar empresas e sociedade para transformações futuras. Com este olhar, o instituto foi capaz de prever, ainda nos anos 1980, que a China passaria a ser uma das principais potências econômicas mundiais, algo absolutamente óbvio hoje, mas que na época deixava margem a uma série de dúvidas por ser um um país comunista totalmente isolado do mundo. Pois bem: a mudança aconteceu e causou impacto em muitos países e negócios.

Entender as transformações atuais e o que elas dizem sobre o futuro é a especialidade de Peter. Ele é o keynote speaker do Black Sheep Project, um festival de inovação e criatividade que acontece no dia 19 em quatro pontos diferentes de Porto Alegre e terá mais de 50 convidados. O Draft é Media Partner do evento e as vendas do primeiro lote de ingressos, a 120 reais, terminam nesta sexta-feira, dia 4.

Na conversa a seguir, Peter fala mais sobre as megatendências, diz que a tecnologia deve pôr fim à corrupção antes do que os brasileiros esperam e aconselha que os empreendedores pensem em como levar suas soluções para o mundo em vez de focar só no mercado interno. Para a grandes companhias, dá um conselho semelhante aos usados para quebrar feitiço nos contos de fadas, mas que parece servir bem contra a urucubaca da inércia: “Uma empresa só será capaz de inovar se essa transformação for profunda e absolutamente sincera”. Leia:

Qual é o papel do Copenhagen Institute for Future Studies em um momento de transformações tão rápidas no mundo?
Temos uma abordagem holística. Não é tão difícil pensar no futuro baseado em tecnologia, basta acompanhar a ciência e ter uma dose de imaginação. O desafio está em saber como o comportamento humano se transforma.

É provável que uma das maiores transformações dos últimos 50 anos não tenha sido uma nova tecnologia, mas a igualdade de gênero, o novo papel da mulher na sociedade

Uma das nossas abordagens é olhar para o comportamento humano, entender como ele está mudando e para onde isso vai nos levar. A complexidade do mundo aumenta cada vez mais. É essencial se preparar para as mudanças que o futuro pode trazer para evitar a destruição de valor na sociedade.

O que te trouxe para a América do Sul?
Me conecto muito com essa herança viking dinamarquesa de desbravar o mundo. Fiz faculdade de comunicação e, lá atrás, um intercâmbio em Barcelona. Conheci ali muitos sulamericanos, que eram pessoas animadas e felizes, bem mais abertas e calorosas do que na Dinamarca. Surgiu então esse desejo de vir para cá, que ficou guardado por alguns anos. Mais tarde vim para a Argentina fazer um MBA. Foi a minha porta de entrada na América Latina e a melhor decisão da minha vida, que me trouxe ao Brasil mais tarde. Vivo aqui há sete anos e é onde mais me sinto em casa.

Quais são as suas impressões do ecossistema de inovação aqui? Em que momento estamos?
A economia brasileira está mudando o paradigma de eficiência para se basear em inovação, algo essencial para futuro do país. Não dá mais para competir em eficiência e em preço de mão de obra. Temos que inovar e, para isso, o Brasil tem muitas cartas na manga para o futuro. O brasileiro é muito bom em pensar fora da caixa. A criatividade e o jeitinho brasileiro, que muita gente reclama, são ferramentas poderosas para inovar. As barreiras aqui fazem com que as pessoas se esforcem e inovem mais.

Não falta certa organização para tornar a inovação aqui mais efetiva?
A criatividade é a competência que mais terá valor no futuro. Temos muito disso aqui e funciona bem quando combinado à cultura alemã ou dinamarquesa, que são boas em processos, em execução. Falta um pouco dessa parte no Brasil, sim. Muitas coisas foram inventadas localmente, mas outros países conseguiram executar mais rápido, como o YouTube, conceito que já existia, mas que foi executado por americanos. Por outro lado, essa falta de estrutura, de processo, pode ser uma fortaleza para a inovação.

A espontaneidade e o jeitinho brasileiro são coisas que a Europa vai precisar cada vez mais. Também me fascina como os latinos são bons em lidar com crises

As previsões apontam que o futuro vai alternar de forma intensa auges e crises. Essa resiliência será completamente necessária.

O que é ser futurista em um mundo em franca transformação?
Trabalhamos com uma série de megatendências e também com o conceito de black swans, os cisnes negros, impossíveis de prever, mas que mudam todo o cenário — como o surgimento e avanço do smartphone ou um desastre natural. Quando falamos de tendências levamos em conta mudanças que terão efeito por 15 a 20 anos. Usamos este material para ajudar clientes, empresas e governos a entender quais impactos esperar. Nossa abordagem trata de futuros, no plural.

O futuro ainda não existe, está sendo desenhado agora, mas existem vários possíveis futuros

Há a responsabilidade e a oportunidade de influenciar a forma como as coisas vão acontecer. O grande problema é que as pessoas e instituições se veem como vítimas do futuro e do desenvolvimento, como se não tivessem influência nesse contexto. No instituto lutamos muito contra isso. Somos um think tank com 75 pesquisadores pelo mundo em nosso time fixo. Nossa missão é mostrar que é possível trabalhar pelo futuro, construir ele com inovação, identificando ameaças e oportunidades.

Quais são as magatendências mais relevantes?
Há centenas delas, mas temos algumas principais, como globalização, já atuante há muitos anos. Outra é o crescimento econômico. Esperamos que nos próximos 50 anos o mundo viva crescimento econômico sem paralelo na história, entre auges e crise e com novos atores. A América Latina tem enorme potencial nesse cenário e a África, entre 2050 e 2100, será o continente com o maior crescimento populacional e sem as questões de envelhecimento enfrentadas no restante do mundo. Ninguém está realmente se preparando para isso. Outra megatendência importante e muito forte no Brasil é a capacidade de adaptar novas ideias. Desde que cheguei aqui sou fascinado pelo talento de trazer coisas de fora e tropicalizar. Mostra uma atitude de ser resiliente, de se adaptar ao novo com mais facilidade do que em países com economias maduras.

A individualização também é um movimento interessante, esse espaço que nos permite definir quem queremos ser. Não estamos mais presos aos padrões e podemos viver com menos pressão de ter uma estrutura familiar tradicional. O novo estado da mulher faz parte disso e é outra megatendência. Emergem também novas possibilidades em termos de gênero, com o gênero fluido. Em paralelo, ganha força a sociedade ageless. Trabalhamos com instituições de ensino que precisam estar prontas para, no futuro, ter uma maioria de alunos da 3ª ou 4ª idade, idosos que voltam a estudar. Isso traz um desafio também para a aposentadoria: se pudermos viver 120 ou 140 anos, o sistema que temos hoje não faz mais sentido.

Destas tendências, há alguma especialmente forte no Brasil?
Elas impactam todo o mundo em medidas diferentes. O que vejo aqui é essa capacidade de adaptação. Cidades como São Paulo mostram muito dinamismo. O brasileiro abraça a mudança e se adapta muito rápido. Nas grandes cidades, como aqui e o Rio, percebo a individualização ser incorporada mais rapidamente. As pessoas têm liberdade para criar um novo ritmo de vida e isso é fantástico.

Estas serão as grandes influências?
Há outras ainda, como a tendência de imaterialização. O valor está na história por trás do produto. Antes o valor estava na transação, agora passou para o relacionamento entre marcas e pessoas. O importante não é mais ser dono, mas ter acesso a um serviço, como Airbnb ou Uber. Nossos relatórios mostram que a tendência de minimalismo se consolida. Não precisamos de tantas coisas e queremos viver de forma mais mindfull. A transparência também ganha muito espaço. O futuro será radicalmente transparente por causa de tecnologia.

Acredito que a corrupção vai acabar muito mais rápido do que a maioria de brasileiros pensa

Cada vez mais alguém vai gravar, fotografar e descobrir coisas feitas por baixo dos panos. São boas notícias para um país como o Brasil.

E qual é a postura correta para navegar diante de tantas mudanças?
Empresas, países e sociedade precisam avaliar o impacto de cada tendência sobre seu contexto. O essencial é entender que é melhor se alinhar às megatrends do que se esconder delas. Quando fugimos da mudança, o choque fica ainda maior. É um desafio importante para os novos empreendedores, mas algo ainda mais complicado para grandes empresas já muito estruturadas, que precisam construir uma relação muito mais direta com seus consumidores.

Falando em consumidor, quais são os anseios mais latentes deles hoje?
Existe tendência forte por democratização: as pessoas ganham voz e acesso à informação, aspectos que também são frutos das redes sociais. Estudos com a nova classe média brasileira mostram que, para eles, o maior ganho da ascensão social não é comprar um carro, mas sim ter mais informação e conhecimento. Assim, o consumidor fica cada vez mais crítico, quer sempre experiência que supere a anterior. A demanda é por perfeição.

Então falamos aqui de um consumidor exigente em busca de experiências sempre melhores, mas que  talvez não queira consumir, comprar produtos? Como sobreviver a este contexto?
Sim (risos). São cada vez menos produtos e mais experiências. Para ter relevância as empresas precisam chegar muito perto do consumidor, na esfera íntima, estabelecer o relacionamento de um para um. Estou acostumado com a individualização do Netflix, por exemplo, e vou querer isso no varejo, algo que é difícil de entregar. Além disso, a experiência em lojas físicas e on-line precisam ser coerentes.

Como consumidores, buscamos ainda interagir com marcas que facilitem a próxima transformação que faz sentido para mim, para a minha vida. As empresas e negócios ganham status de cocriadores do que o cliente busca, precisam oferecer o cenário para que ele escreva a própria história. É um desafio imenso mas, por outro lado, nunca foi tão fácil manipular o consumidor por meio de tecnologia e compra de informações.

O consumidor não começa também a se cansar desta fórmula, de ser mantido em uma bolha de informações e marcas por causa da internet e das redes sociais?
Com certeza. A inovação está no inesperado e plataformas como Google e Facebook atrapalham ao nos mostrar só o que vamos curtir. Com isso, começam a surgir algoritmos desenhados para exibir também o inesperado. Nosso último relatório fala que, no futuro, o desafio será atingir o espaço mental do consumidor. Cada pessoa tem de 4 mil a 10 mil pontos de contato com marcas por dia e, enquanto a comunicação fica mais massiva e constante, os consumidores buscam ferramentas de ad block (que bloqueiam anúncios e conteúdo publicitário). Assim, será quase impossível atingir o cliente no futuro. Só o marketing não vai solucionar o desafio. É preciso oferecer serviços que realmente façam sentido. Hoje temos muito abuso nessa interação, mas chegaremos a um patamar bem mais maduro.

Que dicas você daria para um empreendedor no Brasil hoje? O que acha importante?
Nunca foi tão fácil criar uma empresa e levar ao mundo todo. Não pensem só no Brasil. Pensem grande, sem medo de errar. Isso é muito importante. Quando o telefone e a televisão chegaram ao mercado, demorou muitos anos para alcançar 50 milhões de usuários. O Facebook levou quase 4 anos. Já o Angry Birds chegou a 50 milhões de usuários em 35 dias, enquanto o Pokémon Go alcançou isso em quatro horas.

É preciso oferecer algo honesto e que realmente solucione um problema. O papel do empreendedor é tomar responsabilidade, querer criar um mundo melhor

Também é essencial não se frustrar com as barreiras burocráticas que surgem no caminho. É tudo aprendizado. Ao viver no Brasil, entrei em contato com essa ideia de ter “força na peruca porque tudo vai dar certo”. De algum jeito as coisas realmente dão certo por aqui e temos que seguir com esse otimismo. Ainda mais agora, é importante sair do mindset de crise e ter fé no futuro.

Falta confiança para o empreendedor brasileiro olhar mais para fora do País?
Às vezes o empreendedor brasileiro tem baixa autoestima, mas no fundo sabe que é possível. O brasileiro é o povo mais cool do mundo, mas tem gente muito crítica em relação ao país. A verdade é que há muitos motivos para se orgulhar. As pessoas podem reclamar, mas quando você viaja percebe que há muitas coisas boas aqui.

Como dinamarquês, sei que viver em um lugar super organizado não é necessariamente a resposta ou a solução da felicidade

Precisamos de obstáculos para solucionar porque parte da vida é batalhar. O brasileiro é muito bom nisso.

Você disse que as grandes empresas enfrentam desafios ainda maiores para inovar do que as startups ou negócios criativos. Por onde você acha que elas devem começar e o que é importante ter em mente no processo?
O primeiro passo é entender profundamente qual é a proposta de valor, a razão de ser dessa empresa. Será que a companhia realmente melhora a vida do consumidor ou, na verdade, o negócio castiga o cliente? Grandes corporações às vezes perdem foco do cliente em burocracia e processos internos. Esse é o exemplo da Blockbuster e da Netflix. A primeira quebrou porque parte de seu modelo de negócio era castigar o consumidor: a maior receita da empresa era a multa por atraso na devolução dos filmes. É um clichê, mas tudo começa em entender se o negócio é parte da solução ou do problema.

As empresas também não podem ter medo de experimentar e é preciso abrir as portas. Não existe mais desenvolvimento de novos produtos longe do mundo real. O caminho está em fazer parcerias inesperadas, ir às ruas, entender a sociedade. É o único jeito. A mudança acontece tão rápido que é preciso estar perto para acompanhar. É aquela postura de tornar-se protagonista do futuro e não vítima dele. Muitas empresas fazem workshop para falar de inovação e acham que está resolvido, que sairão dali com todas as respostas. A inovação é um compromisso profundo e constante, uma transformação que só vai funcionar se for honesta e partir de dentro da empresa.

Qual é o ambiente mais fértil para inovar, Brasil ou Dinamarca?
O Brasil (categórico). Sou suspeito para falar porque tenho um relacionamento muito sério com esse país. Lá tudo funciona e é bem organizado, mas para mim não tem desafio o suficiente. Aqui o estado não vai me salvar no fim das contas, e isso me motiva. Precisamos sempre achar o caminho, dar o jeitinho. Por outro lado, a Dinamarca é um ambiente fértil em outro aspecto porque tem segurança nas instituições, financiamento menos custoso, entre outras vantagens. Há pontos positivos e negativos dos dois lados. Para mim, a urgência é um dos grandes ingredientes para a inovação. Esse talvez seja o motivo para um instituto de estudos futuros surgir na Dinamarca e não aqui, por exemplo. Com o clima frio, historicamente o povo do norte sempre precisou se planejar mais para o futuro, senão morreriam durante o inverno.

Apesar do potencial que você percebe no Brasil, as grandes referências de inovação para os empreendedores continuam vindo do Vale do Silício. Quais são os bons exemplos locais?
O mercado de fintechs aqui é um exemplo perfeito, com empresas incríveis como o Nubank. O Brasil tem criado vários unicórnios e o brasileiro precisa ver o que acontece aqui, valorizar esse movimento recente. Em cinco ou 10 anos a referência de inovação não vai estar no Facebook, mas em empresas que ainda não existem hoje. Por isso, é importante abrir a cabeça e olhar de perto o que acontece aqui no setor de saúde ou agrícola, por exemplo.

O que o Brasil te ensinou de mais importante e qual ensinamento você daria ao Brasil?
Aprendi a valorizar energias sutis por aqui, essa história de que, se você tem fé, vai dar certo. A espiritualidade é uma fortaleza do Brasil, independentemente da religião. O vínculo entre pensamento e realidade é muito mais espiritual aqui do que em outros países em que vivi. É algo que me inspira. Outra coisa é que, contra todas as barreiras, de alguma forma as coisas sempre dão certo. É impressionante como tanto nós quanto o resto do mundo xingamos o Brasil na véspera da Copa e dos Jogos Olímpicos e no fim tudo foi incrível.

Sobre o que eu ensinaria… Talvez que vocês têm um país “da hora” e não precisam ser tão modestos ou críticos. Não falo só por mim, o Instituto de Copenhagen percebe este potencial para o futuro. É um país gigante com recursos naturais, um mercado enorme, mindset aberto e um povo feliz, que vive em paz. É um dos poucos lugares onde a convivência entre muitas etnias e religiões deu certo. Uma coisa importante é colocar mais foco na execução das coisas. A falta de rigidez contribui com a inovação, mas planejar é importante.

Você vai participar do Black Sheep Festival em Porto Alegre. Qual é a sua expectativa e o que vai apresentar no evento?
O que gosto do Black Sheep Festival é que eles têm uma proposta que faz sentido com a minha. Essa ideia de que inovação está em olhar e perceber valor onde ninguém viu. Pretendo fazer uma palestra bem dinâmica para falar das megatendências e das mudanças que esperamos guiadas por elas. Há alguns anos as pessoas que trabalhavam com inovação ainda vestiam terno e gravata. Vejo isso mudar, com os mais deslocados e criativos conquistando este espaço. Quem não inovar vai ficar irrelevante em pouco tempo, então fazer da black sheep, da ovelha negra, o líder será essencial para ter sucesso no futuro.

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