A Bondi conecta usuários a veículos de transporte coletivo

Marina Audi - 16 jan 2019 Marina Audi - 16 jan 2019
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Nome:
Bondi.

O que faz:
É um aplicativo de mobilidade urbana que conecta os usuários a um veículo de transporte coletivo – vans, micro ônibus e ônibus – diretamente, sem intermediários, para deslocamentos dentro do estado de São Paulo. Por meio do app, tanto empresas quanto pessoas físicas podem solicitar viagens com hora marcada e preço menor que o do fretamento normal. A startup faz desde transfer para aeroporto, fretamento para funcionários e deslocamento para shows e feiras, até viagens de média distância, em um raio de 250 km dentro de São Paulo.

Que problema resolve:
A startup busca facilitar a contração de vans, micro ônibus e ônibus, tanto por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas, além de permitir o pagamento via aplicativo. Segundo os sócios, normalmente, o agendamento deste tipo de serviço é burocrático, demorado e leva-se sete dias só para obter um orçamento. Além disso, o preço costuma ser alto porque há repasse de custos entre vários prestadores de serviço para garantir a segurança dos passageiros e a qualidade da frota de veículos.

O que a torna especial:
A contratação de transporte coletivo pode ser feita pelo app ou site com apenas 24 horas de antecedência. O preço é até 40% menor do que o praticado no mercado, porque a startup elimina intermediários.

Modelo de negócio:
O lucro é obtido com a retenção de 11% sobre o serviço de contratação do transporte coletivo.

Fundação:
Janeiro de 2018.

Sócios:
Juliana Benedetti – Fundadora e CEO
Matheus Comune – Fundador e responsável por Relações com o Mercado
Marcelo Santos – Fundador e responsável por Tecnologia e Operações.

Perfil dos fundadores:

Juliana Benedetti — 36 anos, Amparo (SP) — é formada em Direito pela USF e pós-graduada em Direito do Trabalho pela Escola Paulista de Magistratura. Trabalhou por seis anos na Gallo Advogados. Depois, dedicou-se à gestão da empresa de sua família, o Grupo Benedetti, com mais de 100 anos de tradição, e remodelou todo o negócio. Antes de participar da fundação do Bondi foi mediadora judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Matheus Comune — 36 anos, Itapira (SP) — é formado em Relações Públicas pela PUC, pós-graduado em Administração pela FGV e em Gestão Comercial pela ESPM. Trabalhou no mercado de capitais e foi consultor comercial em empresas como Laboratório Farmasa, Best Imports e Samra.

Marcelo Santos — 43 anos, Itapira (SP) — é formado em Administração com ênfase em comércio exterior pelo IESI e tem MBA em logística e gestão de negócios pela FGV. Atuou no mercado de transportes de cargas e passageiros durante 20 anos no Grupo Santa Cruz. Fundou e desenvolveu a plataforma do freteretorno.com, posteriormente vendida para o Fretebrás.

Como surgiu:
A ideia do Bondi surgiu em 2017, quando os sócios  e amigos foram chamados por empresas de transporte para dar consultoria sobre aproveitamento do tempo ocioso dos veículos que já tinham feito as viagens de destino e ficavam nas garagens aguardando a volta para o ponto de origem. Eles entenderam que esta era uma demanda das empresas mais importantes do setor e passaram a desenhar estratégias que entregassem soluções para esta questão. A partir daí idealizaram o aplicativo, com estudo de mercado e planejamento, até chegarem ao modelo de negócios atual. “A empresa nasceu em um contexto de compartilhamento, questionamento de valores, prioridades, decisões de compra e da necessidade de contribuir para transformar positivamente o cenário brasileiro de mobilidade urbana”, afirma Matheus.

Estágio atual:
A startup começou em um pequeno escritório, de 38 metros quadrados. O crescimento foi rápido e, hoje, está em um espaço cinco vezes maior. O aplicativo tem mais de 2 mil veículos cadastrados. Em alguns meses, segundo os sócios, a tecnologia estará disponível para outras regiões do País.

Aceleração:
Até o momento não teve nenhuma aceleração.

Investimento recebido:
O investimento foi feito com capital próprio, mas a startup prefere não divulgar o valor por questões estratégicas.

Necessidade de investimento:
A startup tem planos para buscar investidores e está aberta para as oportunidades de expandir a atuação para outros estados de forma mais rápida.

Mercado e concorrentes:
Segundo os sócios da Bondi, existe um grande mercado para startups que resolvem problemas estruturais como mobilidade urbana. Pelo ineditismo do serviço prestado, eles consideram que não têm concorrentes diretos. Mas a startup acompanha de perto o trabalho feito pela Buser e outros aplicativos de transporte de passageiros.

Maiores desafios:
A startup lista dois grandes desafios. O primeiro é o da tecnologia, que possui alto custo no Brasil. O segundo é a mudança de cultura da população para utilizar vans, micro ônibus e ônibus em deslocamentos dentro e fora das cidades.

Faturamento:
Em 2018, a startup faturou 500 mil reais. A projeção para 2019 é faturar 13 milhões de reais.

Previsão de break-even:
Final de 2019.

Visão de futuro:
O objetivo da Bondi é operar em larga escala, atendendo vários países do mundo. “O nome Bondi faz referência ao bonde elétrico, que chegou ao Brasil em 1892 e revolucionou a forma como as pessoas se locomoviam coletivamente. Mais de 120 anos se passaram, as cidades cresceram, os carros tomaram conta das ruas, há mais congestionamento e poluição, mas o aplicativo Bondi chega para proporcionar uma nova revolução de mobilidade sustentável”, diz Juliana.

Onde encontrar:
Site
Contato

 

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