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“A possibilidade de devolver a audição a uma pessoa num piscar de olhos é apaixonante”

Fernanda Cury - 27 abr 2016
Andréa Varalta Abrahão: indignada com a situação de pacientes sem acesso a aparelhos auditivos, ela decidiu empreender
Fernanda Cury - 27 abr 2016
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Para auxiliar pacientes que não tinham recursos financeiros e precisavam de próteses auditivas, a mineira Andréa Varalta Abrahão fundou a Direito de Ouvir, com mais de 400 pontos de atendimento no Brasil. Inspire-se nesse case de sucesso!

Inconformismo e paixão

O interesse de Andréa pelos deficientes auditivos surgiu antes mesmo de concluir o curso de Fonoaudiologia, na Universidade de Franca (SP). Durante este período, ela estagiava em um consultório particular e ficava abalada com a situação dos pacientes que não tinham condições financeiras para adquirir um aparelho auditivo. “Depois que me formei e assumi minha própria clínica, passei a representar uma empresa multinacional de aparelhos auditivos e, paralelamente, iniciei o trabalho de atendimento no SUS, através do programa de Prótese Auditiva do Governo Federal. Mas minha indignação só crescia. Foi aí que eu e meu marido, Frederico Abrahão, pensamos em criar a Direito de Ouvir. A possibilidade de devolver a audição a uma pessoa em um piscar de olhos foi apaixonante”, conta.

A oportunidade de negócio

Em 2000, um programa de doação de próteses auditivas foi aberto em Franca. Andréa se credenciou como empresa prestadora de serviço – mas foi necessária a contratação de uma profissional para adaptar os aparelhos, já que ela ainda não havia concluído o curso de Fonoaudiologia. “Enquanto atendia a população. diante da longa fila de espera, vi a oportunidade de negócio”, conta.

Tirar o projeto do papel e torná-lo realidade não foi tarefa simples. “Acredito que o início seja difícil para todos que decidem começar um negócio do ‘zero’. Mas ficar sem dinheiro foi uma experiência sufocante e assustadora. Sem dúvida, uma das maiores dificuldades que enfrentei. Eu queria empreender, e foi impossível fazer isso sem arriscar meu patrimônio, me descapitalizar. Porém esta situação aflitiva serviu como estímulo para ser assertiva e prestar muita atenção por onde começar e onde não errar. Esta estratégia talvez tenha sido meu zelador no dia a dia: a possibilidade de perder tudo. Nunca pensei em desistir, mas muitas vezes senti uma mistura de cansaço e insegurança por me deparar com as dificuldades do mercado e não ter a experiência suficiente para lidar com as circunstâncias. Nestes momentos eu respirava fundo e pensava: ‘Se não der certo eu tento de outro jeito’”, lembra.

Outro grande desafio foi inovar num mercado sólido como o da comercialização de aparelhos auditivos, que já contava com empresas fortes no ramo. “Talvez este tenha sido meu maior obstáculo. Porém, fiz da inovação um combustível e oportunidade para melhorar o que já estava pronto. A melhor recompensa foi a sensação de que mesmo em ambientes aparentemente maduros fui capaz de pensar fora da caixa, e encontrei neste pensamento a grande chance de crescer”, conta.

Direito de Ouvir

A missão da Direito de Ouvir é oferecer às pessoas com perdas auditivas a oportunidade de se reintegrar à sociedade, por meio de uma variedade de produtos de qualidade e alta tecnologia, de forma a satisfazer plenamente as suas necessidades.

Segundo Andréa, a empresa atua em duas frentes: credenciamento e franquias. “No credenciamento, contamos com uma rede de fonoaudiólogos que atendem pacientes em todo o país e ganham uma comissão sobre o valor dos aparelhos. Em troca estes profissionais recebem todo o suporte da empresa: financeiro, comercial, marketing e laboratório. A Direito de Ouvir também trabalha sua expansão por meio do modelo de franquias. Atualmente, temos clínicas em Ribeirão Preto, Piracicaba, São Carlos, Franca, Uberlândia e Goiânia. Ao todo, são cerca de 400 pontos de atendimento em todo o país”.

O presente e o futuro

Andréa conta que não tem sido fácil manter os preços, diante do cenário econômico atual. É que a alta do dólar afeta diretamente o valor dos produtos, e neste momento, repassar o reajuste de preços poderia ser fatal para o negócio.

A Direito de Ouvir tem procurado desenvolver novas habilidades e compensar o custo com ações inteligentes, como reduzir os custos fixos, eliminar desperdícios, evitar e diminuir despesas ou adiá-las, além de acelerar o processo de expansão.

E ela não pretende por o pé no freio.  “Pretendemos tornar a empresa no Brasil muito maior do que ela é, seguindo as tendências de market share dos outros 22 países onde o nosso Grupo “Amplifon” tem participação. Para concretizar este plano temos acompanhado rigorosamente o orçamento de 2016 e buscado alternativas para que a crise que assola o país passe bem longe nosso crescimento que hoje atinge a margem de 35% em relação a 2015”, conclui.

 

Para saber mais:

Site: http://www.direitodeouvir.com.br/

O que faz: possibilitar às pessoas com perda auditiva uma melhor qualidade de vida através de uma ampla variedade de aparelhos com foco em qualidade e alta tecnologia

Sócio(s): Frederico e Andréa Abrahão

Funcionários: 50

Sede: Franca (SP)

Início das atividades: 2007

Investimento inicial: R$ 135 mil

Contato: 0800 941 5330 / [email protected]

 

Esta matéria pode ser encontrada no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

 

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