Nome:
Women Friendly.
O que faz:
Certifica empresas, bares e festivais como ambientes amigos da mulher por serem comprometidos contra o assédio sexual. A certificação é fornecida após treinamentos e implementação de protocolos de segurança.
Que problema resolve:
Busca criar espaços mais seguros para o público feminino trabalhar e consumir, favorecendo, também, as empresas com a maior atração de cliente, manutenção de talentos e evitando situações que tragam prejuízos, entre eles, o da reputação.
O que a torna especial:
Segundo as sócias, é a única certificação do mercado que reconhece empresas comprometidas com o público feminino a partir do combate ao assédio sexual, oferecendo ferramentas escaláveis de controle e construção de protocolos que favorecem a transparência e a mudança de conduta. Elas afirmam que a startup também passará a oferecer um curso online, em parceria com a Veduca, com o monitoramento da quantidade de funcionários que realizam as aulas de prevenção ao assédio e as respectivas performances.
Modelo de negócio:
A Women Friendly cobra a partir de 2.500 reais pelo processo de certificação das empresas. Além disso, lucra com a certificação dos usuários que realizam o curso pela plataforma online, com as capacitações presenciais e com os serviços de ouvidoria externa.
Fundação:
Maio de 2017.
Sócias:
Ana Addobbati — Fundadora
Nathalia Waldow — Diretora Jurídica
Perfil dos fundadoras:
Ana Addobbati — 36 anos, Recife (PE) — é formada em Jornalismo e mestre em Marketing e Comunicação pela IE Business School (Espanha). Trabalhou em projetos em empresas como Natura, Alpargatas e Rio 2016.
Nathalia Waldow — 33 anos, Goiânia (GO) — é formada em Direito pelo Centro Universitário de Brasília. Foi sócia da Waldow e Dutra Advogados e é cofundadora da Associação das Advogadas pela Igualdade de Gênero, Raça e Etnia.
Como surgiu:
Ana conta que em dez anos de carreira, não importava o país ou função que exercesse, o assédio sempre foi algo constante. Em 2017, durante um período sabático, ela diz que viveu uma situação de assédio em um restaurante, quando visitava Montevidéu. Ao regressar ao Brasil, a empreendedora começou a investigar dados e estatísticas sobre o tema que se mostravam alarmantes. Por outro lado, percebeu que o combate a esse tipo de atitude poderia favorecer economicamente as empresas. Levou, assim, a ideia de criar uma certificação de estabelecimentos seguros para o público feminino adiante.
Estágio atual:
A startup começou a operar em novembro do ano passado e certificou, ainda em fase beta, o Festival Coquetel Molotov, no Recife. Em novembro, lançará a plataforma de educação online em parceria com a Veduca.
Aceleração:
Está em busca de aceleração.
Investimento recebido:
As sócias investiram 30 mil reais de recursos próprios no negócio.
Necessidade de investimento:
As empreendedoras estudam a possibilidade de captar um aporte, mas ainda não definiram o valor.
Mercado e concorrentes:
“O interesse pelo tema vem crescendo, especialmente, quando novas leis e jurisprudências são colocadas em prática. É um caminho sem volta integrar o combate ao assédio dentro das políticas de prevenção, pois 79% das brasileiras já relataram ter sofrido com essa questão”, afirma Ana. Ela diz que existem cursos e iniciativas isolados de educação e prevenção ao assédio, mas nenhum projeto que integre todas as soluções.
Maiores desafios:
“Nosso maior desafio é ter o empresariado tomando o próximo passo para implementar o protocolo. Ainda transitam entre ver que é necessário e o medo de tocar em um tabu. No entanto, as conversas vem evoluindo e estamos esperançosas que tenhamos empresas atuando de forma efetiva”, fala a fundadora.
Faturamento:
Ainda não fatura.
Previsão de break-even:
Segundo semestre de 2019.
Visão de futuro:
“Já estamos em conversas com empresas do Uruguai e México. Nossa visão é criar uma verdadeira rede de empresas e estabelecimentos onde a mulher possa transitar com mais segurança em todo o continente”, conta Ana.
Você tem uma startup que já é mais do que um sonho mas ainda não é uma empresa totalmente estabelecida? Escreva para a gente. Queremos conhecê-lo. E, quem sabe, publicar um perfil da sua iniciativa aqui na seção Acelerados. Esse espaço é feito para que empreendedores como você encontrem investidores. E para que gente disposta a investir em novos negócios encontrem grandes projetos como o seu.
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