Quem você é se, hoje, for para um lugar sem internet, para ficar só? Quer dizer, não tão só: quem é você quando está apenas na companhia dos próprios pensamentos?
A questão intrigou Ana Carolina. O livro que escreveu se tornou o seu trabalho de conclusão de curso na faculdade de Jornalismo. E esse foi só o começo. Em contato com a natureza, Ana descobriu algumas verdades duras: a primeira era que seu cérebro estava tomado por trevas que a acompanhariam pelo resto da vida se ela não decidisse ouvir e respeitar o que estava sentindo. E segunda era que o caminho rumo ao amor-próprio era uma estrada muito mais esburacada do que ela imaginava. Era preciso desconstrução, meditação, esvaziamento do que era tóxico e preenchimento com aquilo que a tornaria melhor. Era preciso intenção de viver.
Em uma conversa profunda com Rafaela Carvalho, editora de conteúdo do Draft, Ana fala sobre seus processos internos com empatia e gentileza pela pessoa que está se tornando. Ela sabe: a fuga dos grandes centros urbanos foi o primeiro passo para ela se enxergar como uma parte pequena demais do mundo, mas ao mesmo tempo grande o suficiente para fazer diferença em atitudes diárias. Hoje, ela é praticante da permacultura e exercita, também, a sua capacidade para ter uma atenção cada vez mais plena. O que aprendeu vivendo na roça é que a vida é uma jornada feita para dentro, e que só é possível crescer de maneira frondosa se, assim como uma árvore, ela se permitir ter raízes profundas.
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Atenção: entre os dias 20 de dezembro e 28 de fevereiro, os episódios do Retrato serão publicados em periodicidade quinzenal. Depois disso, voltaremos com a programação semanal.
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