Mônica tinha 33 anos quando percebeu que uma secreção estava vazando de seus seios. Entre exames de laboratório e ligações com médicos, descobriu não apenas que tinha um câncer, mas que ele havia se espalhado por toda a mama direita – a parte preferida do seu corpo. Era necessário fazer uma mastectomia e, como ela mesma diz, priorizar a vida. Antes mesmo de pisar em casa depois de sair do hospital, ela passou em uma loja para comprar um sutiã com enchimento e tentar se esquecer, pelo menos por alguns instantes, que seu corpo havia sido mutilado.
No resgate da feminilidade, ela encontrou um novo desafio no último ano: após uma endometriose grave, ela também precisou tirar útero, trompas e ovários, enfrentando um desregulamento hormonal ao qual ainda não se acostumou. Em sua cabeça, um pensamento se tornou inevitável: “O que mais vai ser arrancado de mim?”
Em uma conversa com Rafaela Carvalho, editora do Draft, a CEO do MCM Brand Group fala sobre como lidou com a própria vida quando o corpo a traiu – duas vezes. Como receber a notícia de que ela não poderá engravidar porque os mesmos hormônios que sustentariam uma gestação fortaleceriam, também, os tumores malignos? Como é abrir mão do controle de tudo que está acontecendo, inclusive dentro do próprio negócio? Como enxergar os obstáculos como uma oportunidade de crescimento pessoal e de redescoberta da feminilidade? E, claro: como chegar do outro lado acreditando que essas foram as melhores coisas que aconteceram a ela?
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Fundador da startup Kenoby, Marcel já trabalhou no mercado financeiro, como headhuter, vendendo algodão na China e até abriu uma cachaçaria. Aqui, ele conta como se cobrava para ter o CV perfeito, até descobrir que isso não é importante
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Inconformismo e frustração é o que a jornalista sente – consigo, por ter "esperado demais"; com a natureza, "cruel com a mulher" – por não conseguir gerar uma vida após os 40 anos. Está no ar o podcast do Draft!