“Inovar é uma necessidade. Ou inovamos ou afundamos.” Foi com essas palavras que Geraldo Nunes, diretor da Capes, abriu a cerimônia de abertura do Prêmio Capes Natura Campus 2018. O evento ocorreu dia 30 de novembro, na Natura Cosméticos, em Cajamar, São Paulo com a presença de mais de 160 pessoas da academia, empresas, start-ups, associações e agências de fomento à pesquisa.
A segunda edição teve 92 inscritos e 5 finalistas, divididos em duas categorias: conservação e biodiversidade. Em ambas, prezou-se por aquilo que está no DNA da Natura: a bioinovação atrelada às riquezas naturais do Brasil. “A sustentabilidade deixou de ser um conceito para se tornar um patrimônio, um valor intrínseco para a empresa”, destacou Nunes. “Esse prêmio é um cenário em que todos saem ganhando: o selo Capes, que forma recursos humanos de alto nível e a Natura, uma marca de relevância nacional e internacional.” Para a empresa, inovação representa, também, crescimento. Roseli Mello, Diretora de Inovação da Natura salientou que cerca de 60% de toda a receita obtida está atrelada a produtos lançados nos últimos dois anos.
Incentivar e reconhecer novos talentos de ciência é parte fundamental não apenas da identidade Natura como, também, de seu planejamento estratégico todos os anos.
Priscilla Siqueira Melo foi a vencedora na categoria de biodiversidade, com a pesquisa Antioxidative and prooxidative effects in good lipids and synergism with A-Tocopherol of açaí seed extracts and grape rachis extracts. O trabalho detalhou como buscar elementos antioxidantes em partes do fruto do açaí e de uvas que geralmente são descartadas, como semente e ramos. Já na categoria de conservação, o troféu foi para Felipe Hernandes Coutinho, com a pesquisa Marine viruses discovered via metagenomics shed light on viral strategies throughout the oceans, que analisou como as comunidades virais marinhas podem se adaptar a mudanças sazonais, de temperatura e de luz. Os vencedores receberam um prêmio de R$ 25 mil reais cada. Todos os finalistas receberam menções honrosas pelos respectivos trabalhos.
Conhecer para conservar
Para trazer a fronteira do conhecimento e dos desafios no tema do prêmio, o evento contou com um painel moderado por Eliane Trindade, jornalista da Folha de São Paulo, entre Iguatemi Costa, gerente científico da Natura, Sandra Zanotto, fundadora da start-up Amazon Doors, e Maria Ângela Meirelles, diretora da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (sbCTA). Juntos, os três destacaram o potencial de conservação das riquezas naturais a partir do investimento em ciência e pesquisa. Durante a conversa, um ponto de vista foi unânime: a biodiversidade é uma plataforma tecnológica com espaço para análise, descoberta e ratificação de que todos os seres humanos cumprem um papel na teia social para garantir um futuro mais sustentável.
“Você não conserva aquilo que não conhece”, apontou Costa. “O papel da ciência é descobrir para conservar, reconhecer e valorizar.” O gerente científico da Natura lembra que inovação é um investimento caro, mas que, uma vez transformada em pedra fundamental dentro das empresas, ela traz frutos.
“A bioeconomia não é um custo extra para a empresa. Basta fazer as contas para descobrir que ela é não apenas uma visão realista de negócio como, em breve, será nosso único caminho.”
Tornar-se uma referência cada vez mais relevante em pesquisas de bioinovação faz parte da filosofia da Natura. A partir da criação de novos produtos de qualidade que valorizam biodiversidade brasileira, a empresa faz um convite aos seus consumidores: que se integrem à rede que se importa com a conservação da natureza e a valoriza como maior patrimônio nacional.
Essa matéria pode ser encontrada no portal Natura Campus. Confira o site para ficar por dentro do que acontece no mundo da inovação cosmética.
Inovadora, a ação vai estimular a pesquisa de excelência e reconhecer os pesquisadores que estão abrindo os caminhos para o futuro em temas estratégicos do desenvolvimento tecnológico relacionados à Biodiversidade e à Sustentabilidade.