Imagine um happy hour que começa com um papo sobre negócios globais com o head do Spotify na América Latina. Depois você conhece os cariocas que estouraram com óculos de madeira reaproveitada e um paulistano que usa a fotografia para promover mudança social na Uganda. Ao som da Ana Cañas, do Thiago Pethit ou do Helio Flanders, fecha a noite em meio a histórias de pessoas, grupos e empresas que estão redefinindo o conceito de sucesso no Brasil.
Essa pegada é a proposta do Chivas Spirit, um espaço que pretende movimentar a cena maker em maio com um hub descontraído de ideias, networking e conhecimento sobre empreendedorismo social. A iniciativa rola de 7 de maio a 3 de junho, sempre de quinta a sábado (no domingo 31 de maio também haverá programação), em um terraço de 500 m2 no shopping JK Iguatemi, em São Paulo.
O coração desse híbrido de bar, loja e exposição de arte será a programação de cases e talks. Em geral, a noite começa às 19h com um case, que pode ser desde um papo sobre cultivo da criatividade e empreendedorismo social com Guga Ketzer, VP de criação da Loducca, a apresentações dos negócios do Sibite (plataforma de crossfunding) e dos calçados sustentáveis Vert Shoes e Insecta.
A noite segue com um talk, uma conversa mais alentada, das 19h30 às 21h. Na roda entram assuntos afiados como mudança de vida, espírito hacker no mundo corporativo, inovação na periferia e reinvenção da gastronomia, para citar alguns. O time de debatedores, que o Draft ajudou a reunir, inclui transformadores como Felipe Matos (StartUp Farm), José Papo (Google), Henrique Dubugras (Pagar.me), Rosana Jamal (Baita) e Glauco Diogenes (Supernova Design).
Entre um papo e outro, quem estiver por lá também vai poder conferir – e experimentar e comprar, caso lhe agrade – o trabalho de empreendedores do bem, que colocam pessoas e causas à frente do negócio. Uma bolsa de pneu reinventado da Vuelo, de Porto Alegre, a técnica dos óculos artesanais da Zerezes, a união entre fibras reaproveitadas e artesanato da estilista baiana Márcia Ganem.
“O que me inspira é mostrar para os outros as formas como as pessoas vivem em diferentes lugares, em comunidades esquecidas pelo mundo”, conta o fotógrafo Bruno Feder, um dos “embaixadores” do Spirit que terão produtos à venda no espaço.
Dono de um olhar apurado e sensível, ele criou o projeto Cross Geographic, que reinventa a fotografia como meio de transformação social. A receita é simples: recursos da venda de imagens são revertidos às próprias comunidades retratadas, em ações imediatas coordenadas in loco por Feder. Em pouco mais de um ano, foram quase R$ 100 mil em melhorias.
VENCER DO JEITO CERTO: O MOTE POR TRÁS DE SPIRIT
Com o Spirit, Chivas busca concretizar o conceito “Vença do Jeito Certo”, mote global da marca há dois anos. “Isso significa amplificar histórias de negócios financeiramente viáveis e sustentáveis. Negócios com um olhar para o outro, a comunidade e o entorno, que envolvem troca e ganho de todos os lados”, conta Rafael Souza, da Pernod Ricard Brasil.
O bar que não é só um bar também fará uma ponte com outras experiências atuais da marca, como o Binoculares, que irá espalhar grandes binóculos por São Paulo e pelo Recife com mini-documentários sobre empreendedores que inovaram e fizeram a diferença no Brasil recente. Os projetos para conhecer de perto nos visores são o Worldpackers, de Ricardo Lima, o ProDeaf, de Flávio Almeida, o Atados, de André Cervi, o coletivo Zerezes e o trabalho da estilista Flávia Aranha.
A ideia, diz Rafael, é colocar em ação temas fundamentais ao empreendedorismo social de sucesso, como criatividade, colaboração e plataformas coletivas. E completar a experiência com tastings de produtos da família Chivas, gastronomia sustentável, shows, DJ sets e festas de primeira com uma bela vista para a noite de São Paulo. A agenda completa você confere no hub de Chivas e no site do Spirit.
O cardápio musical teve curadoria da jornalista Patrícia Palumbo e privilegia nomes da nova música contemporânea brasileira – também subirão ao palco Miranda Kassin, Mariana Aydar, Renato Godá, Cida Moreira, entre outros. O projeto cenográfico do espaço privilegia combinações inusitadas, como mármore e neon. Quem assina é o multiartista Felipe Morozini, um bacharel que trocou a toga pela arte como forma de intervenção urbana.
O acesso ao Spirit será gratuito. Como a capacidade do espaço é limitada (200 pessoas), haverá inscrição prévia para cada dia, pelo e-mail [email protected]. É só mandar o nome e o dia. Quem aparecer na hora também conseguirá se inspirar por lá, basta não haver lotação. A montagem do espaço já está a todo vapor há 15 dias. Programe-se!