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Cinco verdades para quem quer empreender no Esporte. (Sim, é possível!)

Sávio Sousa - 9 jun 2016 Sávio Sousa indica o caminho das pedras para quem gostaria de empreender no esporte mas acha que não há espaço: tem sim.
Sávio Sousa indica o caminho das pedras para quem gostaria de empreender no esporte mas acha que não há espaço: tem sim.
Sávio Sousa - 9 jun 2016
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por Sávio Sousa

Há no Brasil atualmente uma excelente oportunidade para empreender no esporte. Digo isso com conhecimento de causa e alguns anos de estudo e trabalho no setor. Independentemente do segmento de mercado, para empreender com sucesso é preciso conhecer a fundo a área onde se quer atuar. Ao encontrar os espaços e identificar oportunidades você estará aumentando as chances de ter sucesso como empreendedor.

A seguir, reúno 5 dicas valiosas para quem quer empreender no esporte.

1) Há um espaço vago no mercado esportivo
Dentro da estrutura esportiva brasileira encontramos as Federações atendendo uma determinada modalidade esportiva na esfera estadual. Há um espaço vago nesse mercado. Quando aprofundamos a análise e olhamos para os municípios e bairros, não encontramos nenhuma outra instituição que atenda a este público.

2) As Federações não bastam
Por diversos fatores, a estrutura atualmente praticada pelas Federações acaba por elitizar seus filiados. Não quero entrar no mérito de avaliar a qualidade do trabalho praticado pelas entidades que administram uma determinada modalidade esportiva nos Estados. O fato é que, seja por questões financeiras, logísticas ou critérios técnicos, o modelo das Federações acaba excluindo quem trabalha com a iniciação esportiva nos municípios e bairros mais distantes dos grandes centros.

3) Falta inovação na gestão
Os players que atuam no mercado demonstram sinais de atraso quanto a forma de gerir o esporte. Por exemplo, mesmo com todo o potencial alcance e segmentação da internet, além do custo acessível para praticar ações de marketing digital, poucos investem recursos nessa área. Desta forma as Agremiações mais afastadas acabam ficando de fora da “conversa”.

4) Há uma demanda reprimida
Clubes, associações, projetos sociais, faculdades, academias, escolas, colégios e até mesmo grupos de amigos. Onde houver Agremiações que praticam regularmente alguma atividade esportiva, mesmo que por lazer, haverá demanda por eventos esportivos regulares.

5) Há poucas barreiras de entrada
Vejo duas principais barreiras de entrada para atuar com a administração de modalidades esportivas. A primeira é encontrar equipamentos esportivos (ginásios, quadras, campos) com condições para a prática esportiva e, a segunda, conquistar a confiança das Agremiações. Não são barreiras intransponíveis. Para a primeira você pode negociar desconto ou até isenção para a Agremiação que ceder o espaço, afinal todas têm um local de treino. Para a segunda, é preciso estar próximo dos responsáveis pelas Agremiações, e neste ponto nada melhor do que estar nas mídias sociais, não é mesmo?
É preciso deixar claro que não estou falando aqui do esporte de alto rendimento. No entanto, a grande maioria dos atletas de alto rendimento passaram um dia por uma escolinha. Os próprios clubes federados que representam o início do trabalho voltado para o alto rendimento necessitam destas instituições formadoras. É o processo natural de formação de atletas. São inúmeras as chamadas escolinhas nas diversas modalidades esportivas. E poucos são os que olham para elas e visualizam ali um modelo de negócio sustentável. Acredite, há espaço.

Estou falando aqui do segmento de administração de modalidades esportivas, onde há baixo investimento em inovação, com uma demanda reprimida bastante relevante, poucas barreiras de entrada e poucos players preparados. Todo empreendedor em busca de uma boa oportunidade para fazer negócio sonha em atuar em um segmento com estas características, não é verdade? Os mais desconfiados perguntariam: Mas qual o retorno financeiro para investir nesse setor? Não seria esse um setor com baixo poder aquisitivo? Bom, aí depende do ponto de vista. Mas o campo está livre e pedindo para ser ocupado.

 

Sávio Sousa, 34, é carioca, administrador e está há seis anos à frente da Liga Rio Vôlei, o maior evento independente de vôlei do Rio de Janeiro.

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