Nome:
YAK Tratores Elétricos.
O que faz:
É uma montadora de tratores elétricos direcionados ao segmento de transporte de cargas pesadas.
Que problema resolve:
As tecnologias da YAK reduzem o impacto no meio ambiente, já que não geram CO2. Ao mesmo tempo, ampliam a produtividade e geram economia de até 70%, pelo fato dos tratores demandarem menos manutenção e não terem custo com combustíveis fósseis.
O que a torna especial:
Segundo os fundadores, o diferencial é a fonte de energia — os tratores serem 100% elétricos, com projeto e fabricação nacionais. Além disso, a startup investe na digitalização dos seus produtos: os tratores são conectados à fábrica por meio da plataforma YAK Cloud, que faz a gestão da frota, controle de manutenções, entre outros serviços. Além disso, o tratores são silenciosos e não emitem fumaça nem líquidos contaminados.
Modelo de negócio:
Atualmente o modelo de negócios permeia venda e assinatura. Contudo, a médio prazo a empresa pretende oferecer somente o serviço de assinatura. Hoje, são três modelos disponíveis: o trator 548, o 872 e o 1272, direcionados para o segmento de transporte de cargas pesadas. Para o próximo ano a empresa planeja lançar o 80E , modelo agrícola 100% elétrico que terá um módulo de operação autônomo.
Fundação:
Outubro de 2018.
Sócios:
João André Ozório — Fundador e CEO
Adriano Schalinski — Cofundador e Engenheiro Mecânico
Fundadores:
João André Ozório — 29 anos, Joinville (SC) — é formado em Design Industrial pela Universidade da Região de Joinville. Iniciou sua jornada empreendedora em 2011 na agência de design e comunicação EstúdioCriação, onde atuou como líder de design por quatro anos. Depois investiu na carreira solo como designer autoral durante os dois anos que antecederam a fundação da startup atual. Em 2020, já como empreendedor à frente da YAK, ficou entre os finalista nacionais da Copa do Mundo de Empreendedorismo.
Adriano Schalinski — 28 anos, Joinville (SC) — é formado em Engenharia Mecânica pela Univille e faz mestrado acadêmico em Engenharia Mecânica pela Udesc. É técnico em Mecânica Geral pelo IFSC. Foi projetista mecânico na Draft Ind. e Comércio de Equipamentos Industriais e projetista de produto na LS Mtron Tratores.
Como surgiu:
O gatilho inicial para o nascimento da YAK, segundo os sócios, foi uma pesquisa que realizaram sobre o mercado de tratores. Eles enxergaram grande potencial neste nicho, visto que até o momento só existiam grandes esforços em pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos de uso convencional, como carros e motos. Os empreendedores contam que o resultado desta pesquisa atraiu muitos interessados, desde investidores a instituições governamentais que também acreditavam no potencial do negócio. Neste ponto, identificaram que seria o momento de investir mais em suas pesquisas e começaram a transformar os dados levantados em uma startup.
Estágio atual:
Atualmente a empresa está finalizando a fase de lote piloto, com os primeiros produtos entregues, testados e validados. No primeiro semestre de 2021, a YA vai entrar na fase de pré-série, levando ao mercado o produto final, já com todas as melhorias identificadas durante o ano de testes em campo do lote piloto. O escritório da empresa fica no Perini Bussines Park, em Joinville (SC), espaço onde é feita toda a gestão do projeto e montagem final. A fabricação, por sua vez, é feita com parceiros da empresa espalhados pelo Brasil.
Aceleração:
A YAK participou do Startup SC e do Leaders in Innovation Fellowships, programa de capacitação de negócios realizado no Reino Unido.
Investimento recebido:
No final de 2020, a YAK recebeu um investimento seed de 1,2 milhão de reais do programa Finep Startup, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTIC). Antes disso, teve outros dois investimentos: de 60 mil reais, oriundos de um prêmio de inovação e captação junto a investidores, e um aporte de um investidor-anjo no valor de 150 mil reais, recebido no final de 2018.
Necessidade de investimento:
A empresa pretende abrir uma nova rodada de investimentos no final de 2021, momento em que estará pronta para escalar a linha de produtos atuais. O valor necessário para o investimento ainda não foi divulgado.
Mercado e concorrentes:
“O mercado global de tratores é muito expressivo, movimentando mais de 350 bilhões de reais por ano, e tem diversas janelas de oportunidade, sendo a eletrificação uma delas. Analisando o cenário global de máquinas pesadas, o universo dos tratores está entre os mais atrasados neste tipo de tecnologia”, afirma João. Ele cita como principais concorrentes a TLD, a Agrale, a Valtra e a John Deere.
Maiores desafios:
“Uma das grandes dificuldades da empresa é equilibrar o fluxo de caixa inicial para os altos investimentos necessários. Além disso, a bateria, que é o principal componente para o sucesso do projeto, é importada e quando soma-se à alta desvalorização da nossa moeda perante ao dólar, com um processo de importação complexo e muito custoso, isso impacta fortemente no custo final do produto. Outro grande obstáculo a ser superado é a redução do custo de fabricação. Atualmente os tratores são produzimos sob demanda, processo que também prejudica o custo final”, diz o CEO.
Faturamento:
O último faturamento da empresa foi de 210 mil reais (dezembro de 2020).
Previsão de break-even:
“Como a startup está em uma fase early stage e prevê novas fases de investimento, estima-se que o break-even não deve chegar antes de cinco anos.”
Visão de futuro:
“Queremos ter no mercado dez tratores a curto prazo, 50 a médio prazo; e 1 000 a longo prazo. Também pretendemos lançar o plano de assinaturas para o mercado agrícola e outros modelos de tratores”, conta João.
A startup ajuda empresas a reduzirem suas emissões de CO2 ao oferecer incentivos para os colaboradores se locomoverem de forma menos poluente, seja fazendo uma caminhada, usando bikes, veículos elétricos ou transporte público.
Com uma metodologia própria, a startup capacita catadores de materiais recicláveis, pescadores artesanais e agricultores familiares para encontrarem oportunidades na economia circular e auxilia empresas a se tornarem mais sustentáveis.