Nome:
Olhi.
O que faz:
É uma plataforma focada na Economia do Cuidado que conecta quem quer aprender ou consertar a quem sabe ensinar.
Que problema resolve:
Para quem quer aprender ou consertar (desde fazer um prato típico ou até mesmo reparar roupas), a proposta supre a necessidade de atendimento personalizado, resolvendo problemas que conteúdos online não resolvem. Para quem quer ensinar, tornas possível divulgar habilidades e atender por videochamada, sem que seja necessário um investimento inicial.
O que a torna especial:
Segundo os sócios, o que torna a startup especial é produzir impacto social a partir de casa. “Enquanto atentamos para a sobrecarga enfrentada pelas mulheres, inovamos ao valorizar o conhecimento presente na Economia do Cuidado, transformando seu compartilhamento em oportunidade de trabalho. Em parceria com projetos sociais, ainda capacitamos para o atendimento por videochamada, promovendo a inclusão laboral e digital das pessoas”, contam.
Modelo de negócio:
A Olhi fatura pela intermediação das relações entre quem quer aprender ou consertar com quem sabe ensinar. Em seu marketplace, o pagamento ocorre por atendimento realizado.
Fundação:
Agosto de 2021.
Sócios:
Stefanie Schmitt — CEO
Julie Maciel — COO
Felipe Moreira — CPO
Gustavo Camilo — CCO
Fundadores:
Stefanie Schmitt — 38 anos, Caxias do Sul (RS) — é mestre e doutora em Ciência Política pela USP. Trabalhou com relações governamentais na FIESP e na CNI, e como consultora em comércio internacional.
Julie Maciel — 38 anos , Caxias do Sul (RS) — é formada em Design, com especialização em Gestão Estratégica de Design pela Universidade de Buenos Aires. Trabalhou em empresas como Centro Brasil Design e na Evolution Through Design.
Felipe Moreira — 23 anos, São Paulo (SP) — é estudante de gestão financeira na Saint Paul. Atua como consultor independente de startups. É gerente de customer journey na LinKapital.
Gustavo Camilo — 29 anos Sombrio (SC) — é formado em Administração pela Reformed University (EUA). É fundador da agência de publicidade Camilo Agency. Vive em Atlanta (EUA), onde trabalha com foco em startups e negócios de impacto, além de estudar na North Georgia University.
Como surgiu:
Enquanto terminava seu doutorado em Ciência Política durante a pandemia, Stefanie conta que passou por experiências que se somaram às preocupações com a pobreza e a desigualdade. Além de se sentir em dívida com a sociedade, ela afirma que estava consternada com a deterioração das condições de vida. Na esfera política, não vislumbrava uma solução de curto prazo, o que a levou a ideação de uma plataforma que colocasse a tecnologia a favor das pessoas. “Ao invés de impor barreiras de entrada, era preciso viabilizar portas de saída e considerar que as mulheres já respondiam pela renda de quase a metade dos lares brasileiros, enquanto também somavam duas jornadas e estavam entre os grupos mais afetados pela crise sanitária”, diz. Assim, ela decidiu criar a Olhi.
Estágio atual:
Com MVP já validado, a Olhi está no estágio de ida ao mercado, enquanto desenvolve uma versão mais completa de seu produto. Atualmente, são 25 instrutoras cadastradas para ensinar. A startup acaba de ser reconhecida pela edição 2021 do Selo iImpact, iniciativa da Innovation Latam e da Fundação Dom Cabral.
Aceleração:
A Olhi faz parte do Programa Future Females Business School.
Investimento recebido:
Os fundadores investiram 38 mil reais para iniciar o negócio.
Necessidade de investimento:
“Neste momento, buscamos ativamente por investimento-anjo ou Pré-Seed para financiar o estágio de ida ao mercado”, diz Stefanie.
Mercado e concorrentes:
“A Oxfam estima que anualmente a Economia do Cuidado agregue10,8 trilhões de dólares à economia global (2020). No Brasil, somente a execução de tarefas domésticas pode corresponder à 11,2% do PIB (2007). Soma-se a esses dados a transformação digital provocada pela pandemia, que simultaneamente aumentou o volume de pessoas que procuram informações sobre essas atividades, assim como a demanda por cuidados. Nesse contexto, há diferentes plataformas com propostas complementares a da Olhi, dentre elas Udemy e GetNinjas“, afirma a CEO.
Maiores desafios:
“O desconhecimento e invisibilidade da Economia do Cuidado são as maiores barreiras para a compreensão de nossa proposta de valor. Apesar de a pandemia ter trazido luz sobre o trabalho doméstico e reprodutivo, ainda há dificuldade na valorização e entendimento dessas atividades como serviços que demandam tempo e dedicação, além de conhecimentos especializados. Por isso, nossa atuação foca na democratização da plataforma por meio da experiência de usuário, o que nos permite conscientizar, promover o compartilhamento de saberes e cuidados, além formar comunidades e redes de apoio”, diz Stefanie.
Faturamento:
Ainda não fatura.
Previsão de break-even:
A definir.
Visão de futuro:
“Ao conferirmos visibilidade para atividades tradicionalmente invisíveis, visamos promover uma mudança estrutural que opera por meio do reconhecimento, redistribuição, reprodução e remuneração do conhecimento. Enxergamos o ecossistema da Olhi como parte da vida das pessoas, facilitando não somente o acesso à informação, mas também o suporte de quem sabe, o que humaniza a internet e permite novas escolhas.”
Você tem uma startup que já é mais do que um sonho, mas ainda não é uma empresa totalmente estabelecida? Escreva para a gente. Queremos conhecê-lo. E, quem sabe, publicar um perfil da sua iniciativa aqui na seção Acelerados. Esse espaço é feito para que empreendedores como você encontrem investidores. E para que gente disposta a investir em novos negócios encontrem grandes projetos como o seu.
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