Todos os anos, perdemos mais de 1.300.00 pessoas em acidentes de trânsito no mundo.
“É como se a cada ano a cidade de Campinas fosse pulverizada. E há ainda uma estimativa oficial de 50 milhões de feridos”, pontua Michel Miquilin, engenheiro de Aplicação e Desenvolvimento sênior da Divisão de Segurança de Tráfego da 3M.
As consequências dessa estatística catastrófica ainda respingam na economia: os acidentes viários custam aos países uma média de 3% de seus PIBs. Entram nessa conta os gastos com os prejuízos materiais das vias, custos de saúde, previdência, perda de produtividade e por aí vai. “Só no Brasil, na última década os prejuízos financeiros decorrentes dos acidentes somaram R$ 1 trilhão e 500 bilhões”, afirma Michel.
O problema é que um dos grandes promotores de acidentes – além do comportamento dos motoristas e das condições inseguras dos veículos – é a infraestrutura deficiente. E essa deveria de ser uma questão resolvida, pois há leis estabelecidas visando garantir condições seguras de tráfego.
Nesse cenário, um dos maiores vilões é a sinalização falha.
“A sinalização é a forma como a via se comunica com você e deveria haver uma fiscalização muito rígida para garantir a eficiência, a visibilidade tanto de dia quanto de noite, principalmente com uso de materiais retrorrefletivos, conforme aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran)”, defende Michel.
As estatísticas comprovam a maior letalidade dos acidentes durante a noite, por conta das baixas luminosidade e visibilidade. Por isso, a importância dos materiais desenvolvidos com tecnologia que garante legibilidade no escuro.
Estudos comprovam que quanto mais brilhante o material, seja da placa ou da pintura, mais rapidamente o condutor recebe e assimila aquela informação. E isso afeta diretamente a possibilidade de ação para evitar um acidente, principalmente durante a noite
Lembrando que o tempo de reação para a tomada de decisão quando se está em alta velocidade é muito curto. Por isso, quanto mais longe o condutor estiver e conseguir enxergar a sinalização, mais tempo hábil terá para tomar uma decisão.
Michel exemplifica: dirigindo 120 km por hora você está percorrendo aproximadamente 33 metros por segundo. Nesse ritmo, em dois segundos terá se deslocado longos 66 metros. Agora imagine se nesse meio-tempo precisar tomar uma decisão e executar uma manobra, como frear por conta de um obstáculo na pista cuja sinalização você não avistou antes. Poderá ser tarde demais.
Vale lembrar que o problema vai além da falta de sinalização confeccionada dentro das normas. É preciso ainda investir na manutenção e na conservação dos sinais de trânsito.
A discussão está na agenda global, tanto que a Organização Mundial da Saúde lançou no final do ano passado o Plano Década de Ação pela Segurança no Trânsito, visando reduzir em pelo menos 50% as mortes e lesões no tráfego mundial. Entre os cinco pilares do plano, que pontua os principais aspectos a serem atacados, está a infraestrutura viária segura.
Há uma série de normas da ABNT relacionadas às películas das placas, critérios técnicos a serem seguidos, tecnologias especiais, enfim requisitos normatizados que poderiam salvar muitas vidas.
“A 3M é pioneira no desenvolvimento e aplicação de materiais retrorrefletivos com alto padrão de qualidade, atendendo rigorosamente às normas. E nossos profissionais estão nos comitês brigando para que todos sigam os padrões técnicos que são tão importantes para preservar a vida”, diz Michel.
A marca ainda leva para as rodovias um trabalho de conscientização muito importante, o 3M Mobiliza. Rodando desde 2016, o programa foi criado para mobilizar os parceiros, entidades setoriais e órgãos públicos da gravidade do cenário e a capacidade de melhorar essas condições.
Os especialistas da 3M percorrem as estradas levando conhecimento técnico, provocando debates e oferecendo soluções para se chegar ao trânsito mais seguro.
“Já atingimos quase 5 mil pessoas com esse trabalho. O que buscamos é conscientizá-las de que a sinalização não é cosmético, não é ornamental. Ela salva vidas e, para isso, precisa obedecer a critérios técnicos e deve ser fiscalizada constantemente”, defende Michel.
Só com muita conscientização esse cenário poderá ser transformado.
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