Como a govtech Gerencit busca melhorar o relacionamento entre cidadãos e prefeituras

Nome:
Gerencit.

O que faz:
É uma plataforma de gestão de relacionamento entre prefeituras e cidadãos. 

Que problema resolve:
Busca resolver a descentralização de demandas e o impacto negativo disso no trabalho de gestores municipais, na forma como esse trabalho é percebido e na perda de informações de inteligência.

O que a torna especial:
Segundo os sócios, a ferramenta é capaz de fazer o escoamento automático das demandas da população por setor, entregando esse material no momento da notificação a quem pode resolver o problema, sem ruídos ou interlocutores desnecessários. “Nossa proposta de valor é voltada a promover um relacionamento bilateral entre cidadãos e prefeituras. Não é necessário que uma demanda seja insuflada para ser relevante. Toda demanda tem relevância a partir do momento que o cidadão se sente ouvido sem fazer barulho. Compilamos e transformamos esses problemas da população em dados de inteligência através de ferramentas e outros recursos que permitem à gestão municipal a promoção de planos de ação visando melhor a utilização de recurso público”, diz Aryana Valcanaia, CEO da Gerencit.

Modelo de negócio:
A Gerencit opera no modelo SaaS B2G, vendemos uma assinatura anual abaixo do valor de dispensa de licitação.

Fundação:
Abril de 2022.

Sócios:
Aryana Valcanaia — CEO
Kleverton Antunes — COO
Raphael Sousa — CMO
Rodrigo Lorenzetti — CTO

Fundadores:

Aryana Valcanaia — 30 anos, Lages (SC) — tem formação técnica em Informática para Internet e Automação Industrial, bacharelado em Publicidade e é pós-graduanda em Gestão de Projeto e Negócios. Com mais de 13 anos de experiência nas áreas de tecnologia e design, já atuou como professora e atualmente é mentora em eventos e programas de inovação, além de ser sócia-fundadora da UEEK Soluções Digitais e sócia-investidora da turistech Koala Jack.

Kleverton Antunes — 31 anos, São Joaquim (SC) — é formado em Sistemas da Informação e pós-graduado em Gestão de Projetos. Com mais de 13 anos de experiência como desenvolvedor de software, já atuou como professor e mentor em eventos e programas de inovação. Atualmente, é sócio e CEO da UEEK Soluções Digitais.

Raphael Sousa — 33 anos, Lages (SC) — é formado em Publicidade e Jornalismo e mestre em Design Digital pelo IPCA de Braga, em Portugal. Designer há 10 anos e especialista em design de interface e experiência do usuário, atuou em empresas de Portugal, Nova York e Croácia. Atualmente, é sócio e diretor criativo da UEEK Soluções Digitais.

Rodrigo Lorenzetti — 21 anos, Lages (SC) — tem formação técnico em Informática para Internet e graduação em Sistemas da Informação. Desenvolvedor web full-stack, atualmente dirige o time de desenvolvimento da UEEK Soluções Digitais, onde também tornou-se recentemente sócio.

Como surgiu:
Em 2013, Kleverton desenvolveu um aplicativo para uso da Secretaria de Agricultura da cidade de Lages, pelo qual a população poderia reportar problemas em vias rurais. O app operou por três anos e, segundo o empreendedor, muitas pessoas reclamaram quando, na troca de gestão, a licença do serviço não foi renovada. Em 2018, quando o Kleverton passou a integrar o time da UEEK, onde todos os sócios se conheceram, ele levantou essa ideia. “Comentamos sobre aproveitar esse projeto já validado para melhorá-lo e oferecer um novo produto de govtech ao mercado. Entretanto isso só aconteceu em 2022, quando a cidade lançou um edital buscando apoiar o desenvolvimento e contratação de uma ferramenta de gestão de relacionamento com o cidadão”, lembra. A proposta deles venceu esse edital e o time de cofundadores deu início a Gerencit, que hoje é uma empresa independente juridicamente da UEEK.

Estágio atual:
A govtech tem escritório físico no Orion Parque Tecnológico, polo ACATE, onde está incubados pela Miditec. Atualmente, a Gerencit tem um cliente (a cidade de Lages), com uma média de 650 demandas reportadas através da plataforma mensalmente.

Aceleração:
A startup foi incubados pela Miditec e participou do programa Galápagos, da Darwin Aceleradora, em 2022. Além disso, venceu o programa de pré-incubação NaSCer, da FAPESC com o Sebrae, em março desse ano. A Gerencit também foi acelerada pela InovAtiva Brasil no ciclo 2023.1, concluiu o Jornada Startups, promovida pela ACATE com a 49Educação em junho, e foi aprovada no Mulheres +Tec, com subvenção pela FAPESC. 

Investimento recebido:
O negócio foi investidos pela Leonora Ventures. Além disso, desde a fundação, os cofundadores levantaram um total de 125.500 reais de subvenção decorrente de premiação de programas de incentivo e juntos também investiram outros 13.520 reais.

Necessidade de investimento:
“Estudamos buscar investimento para tração e field sales, visto que o ciclo de venda de govtech é longo e precisamos sustentar a operação nesses intervalos. Ainda não definimos um montante e o momento”, afirma Aryana.

Mercado e concorrentes:
“O mercado é promissor. Faz parte da Estratégia Nacional de Governo Digital a digitalização dos serviços públicos e do governo para aumentar não apenas o nível de eficiência da atividade governamental em termos de custos ou de maior racionalização, como também a efetividade em relação ao aumento da participação social ou da satisfação do cidadão”, diz Aryana. “A mesma estratégia e legislação também delineiam que o governo do futuro será centrado no cidadão, integrado, inteligente, confiável, transparente e aberto, além de claro, eficiente. Além disso, há um crescente interesse pelo tema cidades inteligentes. O Gerencit enquanto produto vem de encontro com tudo isso.” Ela cita como concorrentes indiretos as empresas Colab, Atende.net e1Doc.

Maiores desafios:
“Os entraves burocráticos junto ao ciclo de fechamento longo, dificuldade na ampliação de canais de aquisição e composição de um time comercial especializado em vendas para governos são os principias desafios.”

Faturamento:
“Até o momento, tivemos uma única venda concluída no valor de 25 mil reais.”

Previsão de break-even:
Em até dois anos.

Visão de futuro:
“Em relação ao produto, queremos nos tornar uma ferramenta de sinalização de tendências e predição de incidentes, aliando o que temos hoje com técnicas de IA. Já em relação ao mercado, pretendemos alcançar um número relevantes de cidades no Brasil e estudar possibilidades de internacionalização. Sobre o negócio, queremos alcançar o exit.”

Onde encontrar:
Site
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