Nome:
Kanna Coin.
O que faz:
É uma DAO de impacto social e ambiental que une a tecnologia blockchain ao mercado do cânhamo, por meio da venda do criptoativo KNN, que carrega um lastro em solo revitalizado e CO2 compensado nestas plantações.
Que problema resolve:
São três questão na mira da Kanna. Primeiro, o impacto ambiental, pois o cânhamo possuiria propriedades que ajudam a revitalizar solos improdutivos e recuperar solos contaminados ou degradados. Segundo os fundadores, o cânhamo é uma das plantas mais eficazes do planeta na retirada de CO2 da atmosfera. A segunda proposta é melhorar a economia local, com o uso medicinal do CBD e do cânhamo na indústria têxtil, de energia, construção etc. A terceira proposta, de acordo com os sócios, é o “cannabis awareness”. “Países como EUA já possuem mais de 500 mil empregos diretos gerados pela cannabis legalizada. E onde ela é regulamentada, o tráfico e consumo por menores de 18 anos diminuiu após a medida. Precisamos comunicar isso para acelerar o debate sobre o assunto”, diz o CEO Luís Quintanilla.
O que a torna especial:
O que torna a Kanna especial é a compensação ambiental possibilitada pelo token KNN. Com ele, as pessoas podem reduzir sua pegada de carbono no planeta, além de gerar impacto social agregado ao cultivo do cânhamo. Outro fator que torna a Kanna especial é a governança do token, que permitirá aos seus detentores participar em decisões do projeto, com alta transparência e segurança.
Modelo de negócio:
O ativo digital está atrelado a uma fração de solo revitalizado pelo cânhamo. Ou seja, o lastro do KNN baseia-se em uma porção de solo revitalizado, CO2 neutralizado, impacto social e econômico nas regiões de cultivo, seja pela geração de emprego e renda, recolhimento de impostos e movimentação das economias locais, seja via doações para a comunidade. Com o diferencial de que, por não distribuir os lucros como uma empresa tradicional, 15% dos resultados são reinvestidos para a comunidade local, através da realização de benfeitorias na região. O restante é investido na expansão das áreas de cultivo, gerando aumento gradativo do impacto total. Aos detentores do token também é concedido poder para votar em decisões de governança referentes à DAO, não somente em decisões operacionais quanto em questões estratégicas do futuro da empresa, incluindo a possibilidade de participar dos projetos em andamento ou ainda propor novas ações. Durante esta etapa, a monetização acontece via venda de tokens KNN, a ser liberado em duas fases: na pré-venda (em quantidade limitada) e posteriormente listado em corretoras, o que está previsto para acontecer no segundo trimestre de 2023.
Fundação:
Janeiro de 2022 (em São Paulo).
Sócios:
Luis Quintanilha — CEO e fundador
Mario Lenhart — CFO e fundador
Natália Garcia — COO e cofundadora
Fundadores:
Luís Quintanilha — 36 anos, Cruzeiro (SP) — é formado em Design Gráfico pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Foi CMO e sócio da Gama Academy.
Mario Lenhart — 43 anos, Curitiba (PR) — é formado em Administração de Empresas pela FAE Business School e Contabilidade pela Universidade Tuiuti do Paraná, pós-graduado em Controladoria e Finanças pela PUC-PR, com MBA em Gestão Comercial pela FGV-MG. Trabalhou como executivo no setor financeiro de empresas como PWC, Fiat e Grupo Votorantim.
Natália Garcia — 33 anos, Paraguaçu Paulista (SP) — é formada em Direito pela Unesp. Atuou como diretora jurídica da Foxbit e como CRO da Gama Academy.
Como surgiu:
Luís conta que era CMO da Gama Academy quando o negócio passou por uma rodada de aquisição. Ele vivia um momento de reflexão sobre a carreira e precisou tomar uma decisão: acompanhar essa transição da empresa ou encerrar o ciclo. Ele escolheu a segunda opção e decidiu empreender em outro mercado, começando a estudar as principais tecnologias do momento. Se aprofundou na blockchain e percebeu que havia um bom espaço nesse mercado. Também acompanhou alguns estudos sobre a cannabis e a partir daí, teve o insight de criar “o primeiro token ESG brasileiro”, unindo-se aos sócios e outros parceiros para viabilizar a ideia.
Estágio atual:
O Token KNN, com a pré-venda em andamento, contou com cerca de 10 mil tokens comercializados e 83 holders na comunidade da Kanna Coin. Já em 2023, de acordo com Luis, a Kanna iniciará o cultivo da cannabis com expectativa das primeiras vendas da commodity para o início de 2024, sendo que esta passará a ser a principal fonte de receita da companhia no futuro, juntamente com cobrança de taxa de transação pela utilização do token em parceiros e comunidade Kanna, para obtenção de benefícios.
Aceleração:
Não teve.
Investimento recebido:
A captação da rodada Family Friends and Fools foi de 165 mil reais.
Necessidade de investimento:
A Kanna está com uma rodada private aberta para captar 1,2 milhão de dólares até o segundo trimestre de 2023.
Mercado e concorrentes:
Segundo estudos do centro de pesquisa Hudson Carbon (EUA), mencionado pelo CEO, “um hectare de cânhamo pode produzir até 2 toneladas de cânhamo/cannabis a cada ciclo de cultivo de até 100 dias, sendo uma das plantas com maior crescimento no mundo e capacidade de absorver até 16 toneladas de CO2”. Luís ainda cita uma reportagem do Globo Rural que diz que a cannabis para uso medicinal possui um potencial de chegar a 4,7 bilhões de reais em receita nos primeiros três anos de venda legal no Brasil. “Hoje há mais de 30 países que permitem o cultivo de cânhamo e mais de 20 estados norte-americanos. O mercado global da cannabis foi de 13,4 bilhões de dólares em 2020 e pode chegar a 33,6 bilhões em 2025. Além disso, nosso grupo de advisors inclui C-Levels e empreendedores de destaque em seus mercados, todos com expertises complementares às nossas necessidades e estratégias, entre eles Robson Harada e Gaston Lepera”, diz. “Não temos um concorrente direto, pois somos os primeiros a criar um token de impacto através da cannabis. Dentro dos critérios que definimos para os concorrentes indiretos, destacamos a Flow Carbon, uma empresa que tokeniza ativos de carbono e desenvolve tecnologias de sustentabilidade.”
Maiores desafios:
“Hoje, nosso principal desafio está na regulação de ambos os mercados em que estamos atuando. Tanto o cripto quanto o da cannabis são mercados novos, com poucas normas e leis para ajudar a regular o negócio, trazendo dificuldades para avançarmos em alguns aspectos.”
Faturamento:
Nos dois primeiros meses de 2023, o faturamento foi de 44.500 reais.
Previsão de break-even:
Segundo semestre de 2024.
Visão de futuro:
” Queremos alcançar uma receita de 40 milhões de dólares e remover até 15 mil toneladas de gás carbônico da atmosfera até 2026, com pelo menos 174 hectares de cannabis plantada.”
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