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Como a PepsiCo Brasil usa tecnologia e parcerias com agricultores para duplicar a produtividade no campo

Marcos Nogueira - 8 out 2018
Felipe Carvalho, gerente agrícola da PepsiCo: a engenhosidade de um de seus parceiros fez dobrar a eficiência na coleta do coco verde.
Marcos Nogueira - 8 out 2018
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Agricultores no semiárido pernambucano, Antônio Pereira de Carvalho e seu cunhado, José Apolônio, desenvolveram um sistema peculiar para a colheita do coco verde. Enquanto um funcionário desprende o cacho com uma haste longa, outro lança ao solo um colchão de solteiro dobrado ao meio. A espuma de densidade 33 absorve o impacto da queda. Nenhum coco se quebra.

Nas fábricas de salgadinhos da Elma Chips, um corpo estranho se infiltra na multidão de batatas. A coisa até que tenta se disfarçar de batata – o tamanho, o peso e o formato são os mesmos. É impossível, porém, não perceber o objeto azul e vermelho entre as batatas que circulam pelas esteiras mecanizadas. Ele é a batata eletrônica e está a trabalho. Sua função é medir as forças que atuam sobre as batatas durante a colheita, transporte e beneficiamento. O equipamento mede o impacto que as batatas sofrem durante todo esse percurso e serve para melhorar a colheita e transporte, evitando que a batata sofra danos mecânicos, melhorando assim qualidade final do produto. Dados coletados e analisados, regula-se o maquinário para que o processo se desenrole da forma mais suave possível. Menos perda, mais eficiência, mais produtividade.

Em comum, as duas histórias têm a engenhosidade humana a serviço da melhoria de processos.

O investimento em alta tecnologia e o apoio ao homem do campo têm igual importância no Programa Agro, da PepsiCo Brasil. A companhia –detentora de marcas como Lay’s, Doritos, Kero Coco, Quaker e Elma Chips, entre tantas outras que estão diariamente nas mesas dos brasileiros – trabalha sistematicamente desde 1997 em ações para otimizar a produção de seus agricultores parceiros. O Programa Agro desenvolve, com sucesso, soluções em que todos saem ganhando. Em pouco mais de 20 anos de parcerias, a produtividade dobrou nas culturas de batata e de coco.

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Todos sabemos que, sem a agricultura, não existiriam a água de coco, a batata chips, o salgadinho de milho e a aveia em flocos. Mas nossa percepção se altera quando estamos diante de uma gôndola de supermercado cheia de produtos embalados. Não devemos deixar a impressão nos enganar: todo alimento nasce no campo.

Uma simples batatinha não é tão simples assim.

Em tese, poucas coisas podem ser tão simples quanto um produto que leva somente batata, óleo vegetal e sal os três ingredientes da Lay’s. No entanto, fazer a melhor batata chips do mundo com três elementos exige muito trabalho e pesquisa.

Exige, antes de tudo, a melhor batata.

A PepsiCo desenvolve variedades exclusivas em suas fazendas e centros de pesquisa no Peru e nos Estados Unidos: a Frito-Lay. Essas variedades produzem tubérculos com aproximadamente 140 gramas de peso e 7 centímetros de diâmetro, em média (para cada batatinha).

A palavra “batatinha” define bem a Frito-Lay. Ela é menor do que uma batata-inglesa de uso culinário, e isso tem razão de ser. As fatias de Lay’s devem ser uniformes e pequenas, para caberem na embalagem.

Todo o processo de preparação da Lay’s para envio às fábricas, da colheita à embalagem, demora 15 horas. A batata deixa a fazenda lavada, e é descascada, cortada e frita em uma linha totalmente automatizada – e calibrada com a ajuda da batata eletrônica. Aquela que falamos lá no começo dessa história.

“A Frito-Lay possui um teor elevado de ‘sólidos’, que é o teor de matéria seca da batata in natura que vai virar ‘chips’ no final do processo, no pacotinho”.  Porque a batata é uma reserva vegetal de feita de água e energia estocada na forma de amido. A diferença na batata Fritolay versus as batatas que compramos no supermercado, é que a nossa tem bem menos água. Por isso que  quando levamos para casa uma batata de supermercado, ela não vai chegar a ter a crocância e nem ficar tão sequinha e tão clarinha como  encontramos nos produtos PepsiCo. diz a engenheira agrônoma Cristina Veiga, gerente de Agronegócio da PepsiCo. “Assim, ela não dobra ao ser embalada. O índice de batatas quebradas dentro do pacote também é menor.”

Cristina Veiga, gerente de Agronegócio da PepsiCo: acompanhamento da entrega das sementes até a colheita.

Uma demanda dessa dimensão requer uma rede sólida e confiável de fornecedores. A PepsiCo é parceira de 36 bataticultores nos Estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás. Fazendas que geram trabalho para 8,7 mil pessoas, entre empregos diretos e indiretos.

Uma atividade que sustenta tantas famílias precisa de atenção especial. Ciente de sua responsabilidade, a PepsiCo fornece suporte e acompanhamento às lavouras de seus parceiros.

“As sementes da batata são mini tubérculos, batatinhas minúsculas”, conta a gerente Cristina. Essas sementes são entregues ao produtor pela PepsiCo, que se compromete a comprar sua colheita três anos mais tarde por um preço pré-estipulado – isento das flutuações do mercado.

Por ser muito suscetível às oscilações climáticas, a batata apresenta risco e investimento elevados em relação a outros cultivos. Essa peculiaridade acaba por estreitar a parceria entre o agricultor e a PepsiCo.

“O acompanhamento começa na entrega das sementes e se estende até a colheita”, afirma Cristina. Ao longo de todas as etapas da produção, equipes da PepsiCo realizam visitas técnicas periódicas. O produtor também recebe suporte para mecanizar parte de seu processo nas lavouras, com workshop e dias de campos, compartilha melhores práticas agrícolas com toda América Latina e recebe incentivos para a implantação de práticas ambientalmente sustentáveis.

Como resultado, os agricultores parceiros dobraram a produtividade em 20 anos de Programa Agro: colhem mais e melhores batatas, com área de plantio e uso de água, terra e insumos agrícolas reduzidos.

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O cultivo de coco apresenta desafios completamente diferentes.

Enquanto a batata ocupa fazendas de grandes produtores, o fornecimento de coco depende da agricultura familiar. São mais de 100 parceiros da Kero Coco na Bahia, em Pernambuco e no Ceará – com destaque para a região frutícola do Vale do São Francisco, no semiárido nordestino. A PepsiCo compra o equivalente a 13 mil caminhões de coco por ano.

“É um cultivo totalmente dependente do rio São Francisco, em uma área onde quase não chove”, comenta Felipe Carvalho, engenheiro agrônomo e gerente agrícola para água de coco da PepsiCo.

Em condições assim, o uso racional da água é fundamental. Em conjunto com o SEBRAE Pernambuco, a companhia vem desenvolvendo um projeto de conscientização do agricultor para a irrigação sem desperdício. O trabalho voltado para manejo de irrigação está sendo desenvolvido através do SEBRAETEC.

Uma ferramenta hi-tech do Programa Agro é a estação meteorológica instalada na fazenda-modelo da PepsiCo em Petrolina, Pernambuco. Ela colhe, processa e analisa dados sobre o clima; os dados alimentam um software de manejo de irrigação (Irriger), que indica a quantia exata de água que deve ser aplicada para irrigar os coqueiros.

A alta tecnologia coexiste, no sertão do Nordeste, com pequenos agricultores. “O desafio do Programa Agro – um desafio muito grande – é fazer com que essa tecnologia chegue às pequenas propriedades. Eventos como ‘Dias de Campo’, para troca de experiência e transferência de tecnologia, e a parceria com o SEBRAE (Pernambuco e Bahia), são fundamentais para alcançar esse objetivo”, completou.

Para se obter melhores resultados, nem sempre é preciso procurar muito longe. Felipe conta que a engenhosidade de um de seus parceiros fez dobrar a eficiência na coleta do coco verde.

“Nós fizemos um dia de campo com os produtores”, relembra o gerente. Esse tipo de evento reúne agricultores e representantes da companhia para o intercâmbio de experiência e conhecimento. “Um deles demonstrou um método de colheita muito melhor que todos os demais.”

O agricultor em questão era Antônio Pereira de Carvalho, de Petrolândia (também em Pernambuco), que intuitivamente criou o sistema de colher coco usando um colchão.

Felipe diz que o método de seu Antônio foi adotado por vários produtores de coco parceiros. A medida beneficiou até mesmo uma fábrica de colchões da região, que precisou atender à demanda crescente.

“O método anterior ocupava três pessoas, que colhiam de 350 a 400 coqueiros ao dia”, conta. “Com esse sistema, um dia de trabalho rende de 800 a 900 árvores colhidas. E apenas duas pessoas fazem a tarefa.”

É a sabedoria do pequeno lavrador gerando produtividade para ele mesmo, para seus conterrâneos e para uma empresa do porte da PepsiCo. As parcerias verdadeiras funcionam assim: troca de conhecimento é a chave do sucesso.

Dessa forma, favorecendo ideias engenhosas e aplicando tecnologias inovadoras, a PepsiCo agiliza processos, estimula os agricultores que fornecem seus insumos e reduz a distância entre as duas pontas da cadeia, levando seus produtos com mais rapidez e qualidade às mãos do consumidor.

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