Nome:
Compre de Uma Mãe Preta.
O que faz:
É uma plataforma que ajuda a dar visibilidade e a fomentar as vendas de mães pretas, pardas, afro-indígenas, indígenas, refugiadas e imigrantes negras que empreendem nos mais diversos segmentos.
Que problema resolve:
Resolve a questão da visibilidade para essas empreendedoras, que “são sucumbidas em vários espaços majoritariamente brancos, com poucas oportunidades e lugar de fala e de presença”. Também dá suporte para que seus negócios se atualizem por meio da apresentação de ferramentas que as ajudem na autonomia e gestão desses negócios.
O que a torna especial:
Segundo as fundadoras, o diferencial do negócio é ser uma ponte para transformações, fortalecendo essas mulheres que muitas vezes estão sozinhas na maternidade e no empreendedorismo. Além de apoiar esses negócios, a Compre de uma Mãe Preta foca em atividades e conteúdos voltados para o cuidados com a saúde e o bem-estar.
Modelo de negócio:
Há dois modelos de negócio. O primeiro é venda de Kits de produtos feitos em colab com as empreendedoras para empresas que têm em seu DNA a diversidade, a sustentabilidade e políticas para práticas antirracistas. Os kits são personalizados e podem ser pedidos em qualquer época. O segundo modelo de negócio é a Vitrine (Kitanda), uma plataforma digital que divulga as empreendedoras, com um espaço para cada mulher contar sua história e mostrar seu diferencial em cada produto. Para mantê-la, a Compre de uma Mãe Preta cobra uma assinatura mensal das empreendedora e taxas para manter banners em destaque no site.
Fundação:
Junho de 2020.
Sócias:
Rosyane Silwa — CEO e cofundador
Tuanny Miller — CMO
Fundadoras:
Rosyane Silwa — 36 anos, Franca (SP) — é mestra em História pela PUC-SP e formada em Jornalismo pela UNIFRAN, com especialização em Gestão de Projetos Culturais pela USP. É facilitadora do Afrolab, produtora e curadora da Feira Preta.
Tuanny Miller — 33 anos, Franca (SP) — é formada em Pedagogia. Arte- educadora, mobilizadora social e facilitadora do Cósmicas.
Como surgiu:
Rosyane conta que a maior inspiração das sócias são suas crianças. “Nossas crias, nossas erês, elas nos motivam a levantar e sermos melhores”, afirma a empreendedora. A Compre de Uma Mãe Preta nasceu motivadas também pelos movimentos e lutas do movimento “Vidas Negras Importam” (#blacklivesmatter). No começo da pandemia, as sócias estavam participando de grupos de maternidades majoritariamente brancos, mas não se viam representadas nas pautas, vivências e experiências. Decidiram, então, criar grupos de mães pretas. E a partir dessa rede, decidiram fundar a Compre de Uma Mãe Preta com o objetivo de fortalecer os negócios dessas mulheres. “Fizemos a primeira validação através de um formulário, mapeando essas mulheres. Em uma semana, foram mais de 250 demonstrações de interesse”, diz Rosyane.
Estágio atual:
O negócio opera no modelo remoto, com uma equipe formada por 90% de mulheres negras. A vitrine, lançada em dezembro de 2021, conta com 20 mulheres pagantes, mas a Compre de Uma Mãe Preta tem um banco de dados com mais de 400 cadastros e uma comunidade no Facebook com mais de 1.900 mães empreendedoras. Em 2021, o negócio vendeu mais de 3 mil produtos para empresas parceiras
Aceleração:
As sócias já passaram pelos programas B2Mamy- Pulse 8 e Líderes de Impacto Instituto ekloos, mas querem participar de mais acelerações com foco em escalar os modelos de negócio e a gestão. A Compre de Uma Mãe Preta busca também empresas para fornecer os kits e para subsidiar a permanência e assistência às empreendedoras da vitrine/kitanda.
Investimento recebido:
Entre investimento das sócias e de amigas, foram 6 mil reais para criar o negócio.
Necessidade de investimento:
O negócio tem planos de buscar investimentos para estruturação de equipe e gestão, para aprimorar a divulgação e o site, evoluir para um modelo de marketplace e criar um aplicativo que funcione como um hub de conhecimento, capacitação e vendas para uso das empreendedoras.
Mercado e concorrentes:
“Segundo o Sebrae, as mulheres negras são 52% no MEI e foram as mais afetadas pela pandemia. Além disso, 53% das mulheres que empreendem são mães. Mulheres negras ganham 59 % menos que mulheres brancas e 159 vezes menos que homens brancos. Nós não temos espaços destinados e focados no afroempreendedorismo de mães, então vemos um amplo mercado para o nosso negócio”, afirma Rosyane. Ela cita como concorrentes indiretos projetos e plataformas com foco em maternidade, como a Maternativa, Materna Shop, Compre das Mães e Mamãe achei.
Maiores desafios:
“Nosso principal desafio é o racismos estrutural, que dificulta o acesso à informação e a ferramentas de trabalho para várias mulheres. Mulheres negras não têm disponibilidade para se dedicar a seu negócio, pois a maioria não tem rede de apoio nem dinheiro para pagar alguém que cuide de seus filhos enquanto trabalha. Entre outros desafios: fazer com que a mulher se sinta capaz, engajar a comunidade, fomentar o blackmomys e a confiança entre nós”, diz a CEO.
Faturamento:
60 mil reais, em 2021, por meio de vendas de kits e assinaturas.
Previsão de break-even:
Em seis meses.
Visão de futuro:
“Queremos aumentar o nosso engajamento nas redes sociais e bater um faturamento mensal de 100 mil reais. Nós visamos que a Compre de Uma Mãe Preta seja uma das maiores referências em afroempreendedorismo de mães, que possamos mapear e ser a maior vitrine do Brasil e que seja uma ponte para geração de renda, impactando famílias tanto no financeiro quanto no emocional e físico”, conta Rosyane.
Você tem uma startup que já é mais do que um sonho, mas ainda não é uma empresa totalmente estabelecida? Escreva para a gente. Queremos conhecê-lo. E, quem sabe, publicar um perfil da sua iniciativa aqui na seção Acelerados. Esse espaço é feito para que empreendedores como você encontrem investidores. E para que gente disposta a investir em novos negócios encontrem grandes projetos como o seu.
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