“Não coma nada que a sua avó não reconheceria como comida.” A frase do jornalista e pesquisador Michael Pollan resume como deve ser uma boa alimentação. A nutricionista Ana Paula Alves, do Albert Einstein, concorda e lembra que o caminho essencial para comer de forma mais saudável e, assim, garantir qualidade de vida é “aumentar o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, reduzir os alimentos processados e evitar os ultraprocessados.”
Segundo ela, este é o caminho para garantir longevidade e bem-estar, mantendo doenças crônicas como diabetes e problemas cardiovasculares distantes. Ana diz que a alimentação deve ainda mudar e se adaptar às diferentes necessidades ao longo da vida: há maior demanda por calorias e nutrientes na infância e adolescência, acomodação desta demanda na vida adulta e eventuais novas necessidades na terceira idade, principalmente se houver alguma doença, diz.
“O modo de comer, a forma de preparo dos alimentos, além dos fatores culturais e sociais influenciam diretamente na saúde e bem-estar das pessoas”
Para ajudar a fazer boas escolhas alimentares, a nutricionista deixa 5 dicas para quem quer comer melhor e, assim, garantir mais qualidade de vida:
1 – Aumente o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados
Segundo ela, os primeiros são alimentos obtidos diretamente de plantas ou animais, como ovos, folhas e frutas. Já os minimamente processados passaram por alterações sutis, como grãos, castanhas e carnes.
2 – Evite comidas processadas e reduza drasticamente o consumo de ultraprocessadas
Comidas processadas levam adição de açúcar, sal, óleo ou vinagre para durar mais, enquanto as ultraprocessadas sofrem com a adição de uma infinidade de ingredientes e passam por muitos processos, como biscoitos recheados, refrigerantes e sorvetes. “Há aumento do valor calórico e perda de nutrientes”, conta.
3 – Adapte a alimentação às diferentes fases da vida
A ingestão de nutrientes deve acompanhar as mudanças de contexto. Ana aponta que, na infância e juventude, o organismo está em fase de desenvolvimento e necessidade de mais calorias. A demanda nutricional diminui na vida adulta, assim como o nível de atividades. Na fase de envelhecimento, alterações fisiológicas e corporais interferem na aceitação alimentar e o consumo de líquidos e demanda por nutrientes poderá variar com a presença de alguma doença.
4 – Escolha bem o que colocar no prato
Ser criterioso com o que coloca no prato é essencial para garantir um bom aporte de nutrientes, diz a especialista. Ela recomenda o programa Meu Prato Saudável, que ajuda a montar refeições balanceadas. A recomendação é que metade do prato seja composta de verduras e o restante preenchido por uma porção de carboidrato, uma de grãos e, enfim, uma proteína magra.
5 – Coma devagar e com atenção
O Mindful Eating, ou atenção plena na hora das refeições, é um movimento que ganha força globalmente. Mais do que um modismo, Ana diz que se alimentar com calma e concentração traz uma série de benefícios. “Coma com atenção, devagar, para sentir o sabor dos alimentos que está ingerindo. Sempre que possível faça refeições na companhia de outras pessoas e deixe o garfo descansando por alguns instantes. “Isso fará com que seu cérebro receba com maior agilidade a sensação de saciedade, evitando que você consuma além do necessário.
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