De uma hora para outra, a pandemia nos impediu de ir ao escritório. Com os times em casa, fomos entendendo e testando as melhores formas de trabalhar, imaginando que seria por pouco tempo. Até que percebemos que seria preciso incorporar o formato virtual e pensar em médio e longo prazo, fazendo-o funcionar. E funcionou. Na Sodexo, não tivemos nenhum abalo nos resultados. Pelo contrário, entregamos tudo e mais um pouco.
Então, chegou o segundo momento: com sinais de que seria possível voltar ao presencial, perguntamos para os colaboradores se isso realmente faria sentido. A resposta veio da escuta dos nossos times, que afirmaram estar adaptados e felizes, mas gostariam sim de ter momentos em formato presencial. Então, vimos ali uma oportunidade de mudança e migramos para o trabalho híbrido.
Entretanto, a jornada até aqui foi intensa e de muito aprendizado. Encontramos o caminho quando adotamos os 3 “C”s: confiança, colaboração e comunicação.
A confiança é a base de tudo e acreditamos em nossas pessoas. Até porque, quem não tinha comprometimento poderia estar no escritório fazendo outras coisas em seus computadores ou sem se envolver nas reuniões mesmo no presencial. A responsabilidade de cada um independe do modelo e as entregas precisam ser feitas, porque os resultados aparecem.
No sentido da colaboração, percebemos que, mesmo distantes fisicamente, as equipes se uniram, passaram a se encontrar mais pelas telas, sentiram necessidade de trocar. E agora, no modelo híbrido, incentivamos que elas estejam duas vezes por semana na estação de trabalho com propósito. O ambiente será totalmente integrado, sem mesas demarcadas, estimulando a mentalidade colaborativa.
Por fim, a comunicação é a chave em todas as relações. Ouvir, expor ideias e sentimentos fez e faz toda a diferença para manter os times unidos e seguindo na mesma direção. Humanizamos ainda mais as relações e todos saíram ganhando.
Eis o grande desafio! Nesse sentido, entram os combinados e os rituais. A experiência precisa ser igual para todos, tanto para quem está presente quanto para quem está longe. E os líderes devem ser protagonistas. Somente com gestores bem treinados e munidos de ferramentas adequadas é possível que todos estejam conectados de verdade e engajados, produzindo mais e melhor.
Vale aqui o lembrete: o funcionário precisa se sentir parte dos processos e das decisões. Ele não pode achar que, por estar em casa, esteja perdendo alguma coisa tratada no escritório. Por isso, é fundamental que tudo seja compartilhado, comunicado, inclusive algo relevante levantado durante aquele cafezinho.
E outro ponto fundamental: o híbrido é para todos. De nada adianta colocar as equipes nesse modelo e ter gestores e diretores no escritório full time. Caso contrário, a leitura dos colaboradores será a de que o modelo não funciona.
As empresas que investem nisso colhem bons resultados. Segundo a pesquisa “O Futuro da Vida no Trabalho”, da Sodexo Insights, 52% dos entrevistados acreditam que tiveram melhora na produtividade. Além disso, em relação aos impactos do home office, 53% citam o trabalho mais bem-feito e 83% o sentimento de maior engajamento. Ou seja, estamos acertando!
Por fim, outra grande preocupação que vem atrelada ao trabalho remoto: é possível desenvolver talentos a distância? A resposta é sim! Conhecendo as pessoas dá para traçar oportunidades individuais que mantenham os talentos engajados e produtivos. Vale usar treinamentos remotos, plataformas de capacitação, trilhas de conhecimento, oferecer benefícios de aprimoramento, dar feedbacks regulares, pensar com eles em planejamento de carreira e desenvolvimento de competências etc. Aqui, novamente, entram como protagonistas a confiança, a colaboração e a comunicação.
Na Sodexo temos uma gestão estruturada de talentos em que avaliamos competência, prontidão, potencial e risco de perda. Cada gestor faz a avaliação de seu time, calibramos nas gerências acima até que tenhamos o nosso pool de talentos identificado e com ações de desenvolvimento traçadas, inclusive para os passos sucessórios.
Todo profissional faz seu PDI (programa de desenvolvimento individual) e discute com o gerente imediato. Temos diversos treinamentos e programas de desenvolvimento subsidiados ou não pela empresa. Nosso conceito preserva o modelo de aprendizagem 70:20:10 (70% do aprendizado do colaborador é proveniente de sua vivência como profissional, seus desafios, sua experiência, sua rotina e suas responsabilidades; 20% do aprendizado deve ser resultado das interações com os outros colaboradores e dos feedbacks que surgirem, além de ser fundamental a identificação e observação de profissionais, que possam servir como modelos e inspiração; e os 10% restantes correspondem ao aprendizado adquirido por meio de treinamentos, participação em congressos, seminários, workshops e cursos, leituras e certificações).
E nada disso mudou no modelo remoto ou mudará no híbrido. Nos adaptamos e realizamos tudo de forma virtual.
Aproveitamos novas oportunidades de aprendizado em plataformas virtuais (Linkedin learning, por exemplo) e vamos seguir atentos a tudo o que o mercado oferece de forma presencial, virtual ou híbrida.
E o reconhecimento coroa tudo isso. Sabemos que um profissional valorizado produz melhor e se engaja mais. E ele deve ser sempre celebrado, seja no presencial, virtual ou híbrido.
Uma de nossas iniciativas nesse sentido é o Reconhecendo, que surgiu a partir de feedbacks da nossa pesquisa de clima. Durante a pandemia, mantivemos a celebração por meio de canais de comunicação interna e do Conectados, uma reunião com toda a empresa na qual os três finalistas reconhecidos – após apuração de critérios de todos os indicados por qualquer colaborador feita pelo RH e escolha às cegas pela diretoria e Comitê Executivo – apresentam seus cases. Estimulamos também a celebração nas diretorias executivas, que mantiveram seus programas com entrega de troféus de reconhecimento em domicílio, por exemplo.
A proposta é manter essas práticas e, sempre que possível, trazê-las também para o presencial para que as pessoas possam dar aquele abraço e demonstrar todo carinho que, sim, faz diferença quando temos a possibilidade de contato.
Estamos seguros de que estamos no caminho certo. Com o trabalho híbrido, conseguiremos produzir mais, com os melhores times.
Muito além de política pública, passou do tempo de equidade racial estar apenas na agenda de responsabilidade social de empresas no Brasil. Saiba o que grandes organizações, como a Sodexo, estão fazendo em prol dessa causa.
Programas e ações voltados à saúde mental são indispensáveis no cenário atual. Cuidar da qualidade de vida dos colaboradores, olhar para pessoas além do crachá está no DNA da Sodexo. Fabiana Galetol, Diretora de Pessoas da Sodexo Benefícios e Incentivos, conta como a empresa tem feito isso.