Com certeza você já ouviu falar sobre a Monsanto, através de diversas perspectivas. A multinacional americana da agricultura é uma das empresas mais inovadoras do setor: desenvolveu o herbicida mais usado no mundo e foi pioneira nas sementes transgênicas. Mas não dá para negar: existe também muita polêmica. Fundada em 1901, nasceu como uma empresa química, com foco na fabricação de sacarina. Em 1945 começou a produzir e comercializar agroquímicos. No fim dos anos 1990, passou por mais uma grande transformação e tornou-se 100% agrícola.
Pouca gente conhece a Monsanto de verdade. Na internet, é possível encontrar dezenas de histórias negativas e acusações, agora respondidas pela empresa. Ainda nesse canal, eles contam suas histórias, sem medo de polêmicas ou debates. Há um crescente interesse em torno dos alimentos e de onde eles vêm, e a empresa quer participar dessa conversa. Selecionamos algumas curiosidades para você ver que sim, a Monsanto tem muita coisa boa para contar.
1. Descobriu o glifosato, para uso como herbicida
Em 1970, o pesquisador John Franz, da Monsanto, sintetizou e testou o glifosato, para uso como herbicida. Mas só em 1974 o produto chegou ao mercado norte-americano, com a marca comercial Roundup®. Dez anos depois, o glifosato passou a ser fabricado no Brasil. Ao contrário de outros herbicidas, ele atua em vários tipos de plantas daninhas, inibindo a produção de uma enzima específica que o vegetal necessita para crescer. O fato de essa enzima não ser encontrada nem em humanos, nem nos animais, contribui para a segurança do produto para a saúde. A vantagem do uso do glifosato pode ser observada, entre outros fatores, no aumento significativo da produção agrícola, já que as plantas daninhas disputam água, nutrientes e luz com a lavoura e podem provocar grandes perdas na produção.
2. Produz sementes convencionais que são cultivadas, inclusive, na produção orgânica
A Monsanto possui uma divisão de sementes de hortaliças, chamada Seminis. Lá são produzidas sementes de variedades de alface, melão, tomate, cenoura, cebola, pimentão, melancia, brócolis, couve-flor, repolho, pepino e abobrinha, que são cultivadas no Brasil inteiro, inclusive por produtores orgânicos. E uma das cenouras mais consumidas no Brasil, a variedade Juliana – que é um híbrido de alta produtividade e ideal para cultivo de primavera e verão – é da Monsanto.
3. Foi reconhecida com o Prêmio Mundial da Alimentação, o Prêmio “Nobel da Agricultura”
Em 2013, o cientista-chefe da Monsanto, Robb Fraley, foi premiado por seu trabalho pioneiro na área de biotecnologia, recebendo o World Food Prize – o prêmio internacional mais importante da área de alimentação, concedido às pessoas que contribuíram para elevar a qualidade e aumentar a quantidade e disponibilidade de alimentos no mundo.
4. Desenvolveu e doou um milho tolerante à seca para agricultores da África
A África enfrenta desafios como o rápido crescimento populacional, as alterações climáticas e a seca. Por meio da parceria Water Efficient Maize for Africa, a Monsanto doou sementes de milho contendo genes tolerantes à seca e ofereceu treinamento aos agricultores africanos para colherem mais de seus campos. Assista: http://bcove.me/wu9fviyp
5. Faz parte da Moratória da Soja e da RTRS
Consciente da importância em preservar o meio ambiente e as nossas riquezas naturais, a Monsanto faz parte da Moratória da Soja, um acordo entre o governo, a indústria e a sociedade civil que se comprometeram a não comercializar nem financiar a soja produzida em áreas de novos desmatamentos a partir de 2008 no Bioma Amazônia. Além disso, a Monsanto é membro desde 2010 da RTRS, organização da sociedade civil que promove a produção, processamento e comercialização responsável de soja no mundo. A RTRS certifica produtores que tenham boas práticas empresariais, condições de trabalho e relações comunitárias responsáveis, práticas agrícolas adequadas e responsabilidade ambiental. Para estimular a adoção dessas boas práticas e da certificação, o produtor rural recebe um pagamento maior pela soja certificada.
6. As embalagens do herbicida da Monsanto utilizam 80% de resina reciclada
Em 2001, com a criação do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), foi desenvolvido um sistema de gestão que hoje recolhe e destina 94% das embalagens primárias (que entram em contato direto com o produto) de agroquímicos utilizadas no Brasil para reciclagem ou incineração. Para se ter uma ideia, esse percentual não passa de 70% em países como Alemanha e Canadá – nos EUA, fica em 30%.
Na Monsanto, por exemplo, as embalagens de 20 litros de sua linha de herbicidas levam 80% de resina reciclada na Campo Limpo, empresa criada pelo setor de defensivos. “Com isso fechamos o ciclo das embalagens dentro da própria indústria”, afirma Wagner Pereira, engenheiro de desenvolvimento de embalagens da Monsanto.
7. Desenvolve pesquisas sobre microorganismos vivos
Em parceria com a empresa dinamarquesa Novozymes, a Monsanto vem desenvolvendo soluções microbianas sustentáveis para produtores do mundo inteiro – decorrentes de microorganismos naturais, como bactérias e fungos, que poderão atuar na proteção da lavoura contra pragas e doenças e ajudar a aumentar a produtividade. A técnica tem várias vantagens: ciclos de desenvolvimento mais curtos do que outras inovações agrícolas, aplicação geográfica e agrícola mais extensa… E ainda representa uma alternativa rentável (e sustentável), já que proporciona um aumento da colheita em troca de um investimento menor.
8. É uma das melhores empresas para se trabalhar há 16 anos
No mundo todo, são mais de 20.000 profissionais altamente qualificados, que fazem a diferença no dia a dia da Monsanto. Graças a este time, a empresa recebe constantemente prêmios em reconhecimento às inovações de seus funcionários e ao grau de satisfação no ambiente de trabalho. Em 2015, pela décima sexta vez consecutiva, a Monsanto foi destaque entre as “100 Melhores Empresas para Trabalhar” no Brasil, segundo classificação do Instituto Great Place to Work e da revista Época. Também está entre as “150 Melhores Empresas para Você Trabalhar” do Guia Você S/A e Exame, com pesquisa da Fundação Instituto de Administração, da Universidade de São Paulo (FIA-USP). Estas premiações atestam a existência de um ambiente dinâmico e saudável, onde os profissionais encontram espaço para desenvolver suas habilidades e crescer na carreira.
9. Mantém um Centro de Aprendizagem do Uso da Água
Em operação desde 2009, o Water Utilization Learning Center fica em Gothenburg, no estado de Nebraska, no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Inaugurado ao custo de US$ 6 milhões, trata-se de um espaço pioneiro para a agricultura, compartilhando conhecimentos para uma utilização sustentável desse recurso tão vital. O objetivo é ajudar os agricultores a alcançar suas metas de produtividade com foco no manejo eficiente da água. Para isso, pesquisadores analisam os efeitos de práticas agronômicas, sistemas de plantio e biotecnologias de plantas mais resistentes à seca. O Centro de Aprendizagem do Uso da Água é aberto ao público (incluindo jornalistas e a comunidade acadêmica) e, ao todo, há mais de 80 demonstrações ligadas a plantio e irrigação. Entre as instalações de maior destaque, um galpão móvel corre sobre trilhos e simula condições de falta de chuva, permitindo um ambiente controlado para a pesquisa de campo sobre como diferentes lavouras reagem em variados períodos de estiagem.
10. Oferece bolsas de estudo para incentivar pesquisas para a produção de arroz e trigo
Mais de 3 bilhões de pessoas no mundo dependem do arroz e do trigo para a sua alimentação. O problema é que a produtividade desses dois grãos se mantém num patamar inferior à de outras culturas agrícolas, o que representa uma ameaça à segurança alimentar de mais da metade da população mundial. Para ajudar a reverter esse quadro alarmante, a Monsanto estabeleceu em 2009 o Programa Beachell-Borlaug International Scholars. O nome é uma homenagem a dois heróis da agricultura moderna, Henry Beachell (1906-2006) e Norman Borlaug (1914-2009), que deram enorme contribuição à humanidade com suas pesquisas sobre arroz e trigo, respectivamente. Por meio do programa, Monsanto destina atualmente US$ 13 milhões por ano para oferecer bolsas a estudantes interessados em buscar um Ph.D. em melhoramento genético de arroz ou de trigo. Assim, a empresa investe não só na formação desses indivíduos, mas também no futuro do planeta.