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Pela preservação da água, Jeep vai além dos muros da fábrica

Isabela Alves - 5 maio 2020 Estação de Tratamento de Efluentes do Polo Automotivo Jeep
A Estação de Tratamento de Efluentes do Polo Automotivo Jeep é uma das mais eficientes do mundo.
Isabela Alves - 5 maio 2020
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Como uma marca que carrega a sustentabilidade em seu DNA, a Jeep se preocupa com a preservação da água para as futuras gerações e faz o dever de casa, ajudando a reduzir os impactos nas mudanças climáticas. O Polo Automotivo Jeep, instalado no estado brasileiro de Pernambuco, praticamente eliminou o uso de água potável para fabricar carros, atingindo o índice de 99,4% de recirculação de água na produção – um dos maiores do mundo.

O uso excessivo de águas superficiais como de lagos e rios – além de atividades humanas como processos industriais e o próprio consumo doméstico – pode causar danos duradouros ao meio ambiente. Por isso, este ano, a Organização das Nações Unidas estabeleceu o tema “Água e as Mudanças Climáticas” para o Dia da Água, comemorado no dia 22 de março.

Natália Andrade, analista da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) do Polo Automotivo JeepA analista da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) do Polo Automotivo Jeep, Natália Andrade (foto), explica que todo efluente da fábrica é tratado e volta para ser utilizado em diversas etapas de produção, como na prova hídrica (que testa o isolamento do carro) ou no setor de pintura (onde a água dos tanques é reaproveitada).

“Esse máximo reaproveitamento faz com que deixemos de captar a água de algum rio ou lençol freático. Isso é muito importante porque, ao utilizar menos recursos naturais, estamos preservando o meio ambiente”, explica.

Em um mês, cerca de 28 mil m³ de água deixam de ser captados da rede pública de abastecimento, o equivalente a oito piscinas olímpicas ou ao consumo médio de 8.484 pessoas.

Desde a inauguração da fábrica, há cinco anos, a planta conseguiu reduzir o indicador de água por veículo em 52%.

“Quando inauguramos a fábrica, eram necessários 2.980 litros de água para produzir um carro. Hoje, usamos 1.430 litros”, esclarece Natália.

Além disso, esse uso é totalmente renovado, pois a fábrica conta com uma ETE com capacidade de tratamento de 210 mil litros de água por hora e diferenciais como as tecnologias de Membrana – MBR (reator com membranas microporosas que realizam o processo de ultrafiltração, barrando sólidos e bactérias) e Osmose Reversa (membrana semipermeável que separa a água dos sais minerais). A única água que não é reutilizada na fábrica é aquela destinada ao consumo humano. Para irrigação do viveiro de mudas, é utilizada água de chuva.

 

Praia Limpa

Acontece que a preservação de água não se restringe à redução do consumo doméstico e de processos industriais. “Quando envolvemos a questão das mudanças climáticas, também estamos falando em descarte de resíduos e em poluição de oceanos, mangues e mananciais”, pontua o analista ambiental da planta, Diego Marques.

Por esse motivo, a Jeep vai além e extrapola os muros da fábrica, levando à população ações para a conservação da água. É o caso do projeto “Praia Limpa, Minha Praia”, que tem como principal objetivo conscientizar as pessoas sobre a separação correta de resíduos.

“Os colaboradores da planta se preparam para ir às praias, conversar com as pessoas, distribuir sacolas ecológicas e fazer coleta de resíduos para levar à Ilha Ecológica, de onde serão destinados de forma correta”, esclarece Marques.

Além dessa ação, outras também fazem parte parte do trabalho alinhado com o tema da ONU dentro da fábrica, como testes de perguntas e respostas sobre meio ambiente, informativos e um desafio de sustentabilidade. Para Diego, essas iniciativas realizadas dentro e fora do Polo acabam trazendo a população para perto da Jeep, que se envolve ainda mais na comunidade em que está inserida.

“Além disso, o colaborador da planta melhora seu conhecimento. Todo mundo sai ganhando e o meio ambiente agradece”, Marques comemora.

Que o diga Aurenilson Pardim, analista de compras no Polo Automotivo Jeep. Amante do mar, ele conta que sempre que vai à praia com a família, pode faltar tudo, menos a sacola ecológica para recolher o lixo pessoal. “Quando temos disponibilidade, ainda recolhemos os resíduos que aparecem no nosso caminho”, diz.

Aurenilson Pardim na praia com a família

Pardim em passeio consciente com a família na praia.

Entre canudos e garrafas pet – principais objetos encontrados por Pardim – ele conta que seus filhos vão crescendo conscientes da importância da preservação do meio ambiente.

“Uma vez, minha filha, de 4 anos, me surpreendeu. Minha esposa perguntou por que ela não podia jogar canudo no mar e ela prontamente disse que podia acabar matando uma tartaruga”, conta Pardim todo orgulhoso.

Apesar de a prática de coletar lixo na praia ser um hábito de alguns anos, Pardim conta que a Jeep passou a inspirar as boas práticas ambientais de uma outra maneira.

“Depois que vi o que a Jeep faz, passei a pensar duas vezes antes de, por exemplo, deixar um vazamento continuar. Acabamos reduzindo o tempo de banho e fechando a torneira também ao lavar a louça em casa. O que fiz foi apenas trazer as boas práticas da Jeep para dentro de casa”, conta.

 

Além de ajudar a preservar o meio ambiente, a FCA também apoia a cultura de Pernambuco.

 

Sustentabilidade

Além da fábrica da Jeep, o Polo Automotivo Fiat (Betim, MG, Brasil), também realiza diversas ações pela preservação da água. A planta, que detém o recorde de reúso de água no setor (99,7%) usa tecnologias como Realidade Virtual e Internet das Coisas para obter eficiência nos processos produtivos e, com isso, uma melhor gestão ambiental. Com ações como essas, em três anos a planta reduziu em 37% a quantidade de água utilizada para cada veículo produzido, além de diminuir a geração de resíduos em 12% e consumir 23% menos energia elétrica.

Já a Fábrica de Motores de Campo Largo, no Paraná (BR), conta com o Programa de Conservação da Área Natural e Educação Ambiental, que se dedica a proteger a área remanescente da Floresta com Araucárias, que contém cinco nascentes, além de mais de 50 espécies vegetais, 82 de aves e seis de mamíferos. Hoje, o Programa conta com 106 hectares de área natural preservada.

 

Esta matéria pode ser encontrada no FCA Latam Stories, um portal para quem se interessa por tecnologia, mobilidade, sustentabilidade, lifestyle e o universo da indústria automotiva.

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