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Diana Assennato e sua missão: construir um tom de voz feminino para falar de tecnologia

Mirela Mazzola - 11 dez 2014 Diana Assennato, do Arco.vc e do Ada.vc: negócios a partir da visão de ver as mulheres melhor representadas no mundo da tecnologia
Diana Assennato, do Arco.vc e do Ada.vc: negócios a partir da visão de ver as mulheres melhor representadas no mundo da tecnologia
Mirela Mazzola - 11 dez 2014
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Eleita pela revista Proxxima a mais inovadora de 2014 entre 50 profissionais de Comunicação e Marketing do país, Diana Assennato assume sem constrangimento o papel de nerd. Ou, nos dias de hoje, “geek”, como são chamados os aficionados por novidades tecnológicas, jogos eletrônicos, filmes e séries de TV.

Apesar do interesse por tecnologia e da familiaridade com os termos que rondam o assunto, ela sempre se incomodou com o tom de voz sempre masculino presente em artigos e reportagens. “As mulheres têm tablets, smartphones e fazem uso intenso das redes sociais, mas mesmo assim não se sentem parte deste universo”, diz. Um dos motivos, segundo Diana, é não estarem devidamente representadas no ambiente digital.

Aos 31 anos, a jornalista paulistana já trabalhou em vários veículos de comunicação, mas sempre teve predileção pelas mídias digitais. O assunto, aliás, foi tema do seu mestrado, concluído em Londres. Ela defendeu uma abordagem humanizada da tecnologia, e mais voltada ao perfil feminino. Em 2010, Diana descobriu o Instagram e seu potencial como vitrine para lojas físicas ou virtuais.

“No Brasil percebi que as pessoas interagiam com as lojas pela rede social, mas não havia nenhuma ferramenta que fizesse com que a compra fosse concluída lá”, conta. Foi então que, três anos mais tarde, ela fundou o Arco, plataforma de e-commerce que, por meio do uso de hashtags e do PayPal (uma ferramenta de pagamento online), conecta lojas e consumidores – o prêmio concedido pela Proxxima, revista do conceituado portal Meio & Mensagem, foi um reconhecimento a este trabalho.

Seu segundo projeto, o site Ada, no ar desde março de 2014, é parte do sonho de ver as mulheres familiarizadas com o mundo tecnológico. O nome, aliás, é uma referência a Ada Lovelace, matemática e escritora inglesa considerada a primeira programadora da história. “A ideia é falar com a cientista da computação e com a avó dela, que está aprendendo a baixar uma foto”, diz. O site reúne artigos sobre lançamentos, aplicativos bacanas e privacidade na internet, por exemplo.

Para as mulheres que anseiam adentrar o mundo da inovação, ela avisa que o mercado é dominado por homens e que às vezes é preciso abrir mão do seu antigo padrão de vida. “Por outro lado, a recompensa de ver algo tomar forma a partir de uma ideia sua não se compra. Além do mais, o erro neste mercado é aceitável, e até importante”, diz.

 

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