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Dois anos após o início da pandemia, a quantas anda a nossa alimentação?

Daniella Grinbergas - 25 maio 2022
Crédito: Freepick
Daniella Grinbergas - 25 maio 2022
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Não é de hoje que o brasileiro está se mostrando mais interessado em melhorar seus hábitos alimentares. A pandemia só reafirmou essa mudança de rota, seja pela possibilidade de passar a cozinhar em casa, seja pela preocupação em manter a imunidade – afinal, boa alimentação, todos aprendemos, está diretamente ligada à saúde.

O IPC Maps, índice de potencial de consumo brasileiro, vem acompanhando essa trilha e comprova que a ingestão de verduras, legumes e frutas aumentou nos últimos anos: de R$ 16,9 bilhões em 2017 para R$ 17,7 bilhões em 2021. O consumo isolado de frutas subiu de R$ 22,3 bilhões para R$ 25,4 bilhões no mesmo período.

Outra pesquisa, realizada pela Sodexo em parceria com a Wake Insights, apontou que cozinhar em casa virou um hábito que deve permanecer com a volta ao trabalho presencial ou remoto.

O estudo, feito no final do ano passado, buscou entender os efeitos da pandemia na nossa alimentação. Os resultados dão conta de que a maioria das pessoas começou a cozinhar em casa para manter o distanciamento social e para economizar, mas que a prática virou costume.

Tanto que muitos dos entrevistados que já voltaram ao trabalho presencial ou mesmo híbrido afirmaram cozinhar aos finais de semana para congelar os pratos para as refeições da semana.

“Manter um planejamento alimentar semanal garante que você compre exatamente o que vai cozinhar, evitando desperdícios e gastos desnecessários”, afirma a nutricionista da Sodexo, Soraia Batista.

“Separar um dia da semana para fazer as refeições, porcionar em potinhos e congelar os alimentos é uma excelente alternativa.”

VIDA SAUDÁVEL PASSA PELA ALIMENTAÇÃO BALANCEADA

Para Soraia, voltar à cozinha está sendo uma oportunidade de nos reconectarmos com a comida. “Vivemos em um mundo corrido e não damos a devida atenção e importância que o alimento merece”, diz.

“Quem nunca comeu trabalhando, no celular ou na frente da televisão? Ou pediu um delivery, que é muito mais fácil do que colocar a mão na massa? Porém, essas atitudes afetam nossa relação com a comida”, continua a nutricionista.

“Com a pandemia, muitas pessoas ficaram mais caseiras e voltaram a ter o hábito de fazer a própria comida, com alimentos mais frescos. Isso é muito positivo, porque trouxe essa conexão de volta.”

De fato, nunca houve uma preocupação tão abrangente com a saúde como nos últimos anos. Por causa da pandemia, a necessidade de sustentar a imunidade impactou profundamente nosso jeito de consumo e afetou nossa dieta.

“Manter uma alimentação saudável é oferecer nutrientes que o nosso corpo precisa para se manter bem e preparado para defender o organismo de doenças, o que foi e é primordial em tempos de pandemia”, explica Soraia.

Para ela, mesmo com a volta ao trabalho presencial ou híbrido, uma grande parte dos bons hábitos alimentares adotados na pandemia vai permanecer.

MAS NEM TODOS ESCOLHERAM A SAUDABILIDADE

O problema é que o isolamento social também trouxe muitas angústias, aumentou as taxas de ansiedade e depressão, o que refletiu nas fugas e descontos em doces, ultraprocessados e outros alimentos sem valor nutritivo.

Isso sem contar que boa parte das pessoas não se dispôs a incorporar o papel de chef de cozinha e muitas preferiram a praticidade do delivery, dos alimentos prontos congelados e por aí vai.

Segundo uma pesquisa da NutriNet Brasil, da Universidade de São Paulo (USP), além do aumento de frutas, hortaliças e feijão durante a pandemia, houve também uma disparada no consumo dos alimentos ultraprocessados.

Estes são aqueles industrializados que geralmente contêm muito mais açúcares, corantes, aromatizantes e conservantes, principalmente nas regiões mais pobres do país. Isso não significa que não se possa consumi-los – mas é fundamental fazê-lo com moderação.

O ponto é que, ao mesmo tempo em que houve aumento na busca pela alimentação mais natural, a balança pesou também para a praticidade e piora dos hábitos em alguns lares brasileiros.

O melhor caminho, defende Soraia, seria encontrar o equilíbrio. “Não é preciso excluir nada da rotina, porém é necessário ficar atento à quantidade consumida e à qualidade dos demais itens”, orienta a nutricionista.

“A ideia é ter como base da alimentação os in natura e os minimamente processados.”

A expectativa é que o brasileiro aproveite este momento de preocupação com a qualidade de vida e continue olhando para a alimentação com o entendimento de que ela está intimamente ligada à saúde, mudando para melhor o jeito de consumir.

Para obter mais dicas de alimentação saudável, confira os ebooks do Programa Viver Bem, além de receitas para o dia a dia.

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