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Equinor abre inscrições para a 2ª onda do Bridge, seu programa de inovação aberta no Brasil

Bárbara Caldeira - 6 abr 2023
A chamada está aberta para startups, pequenas e médias empresas até 14 de abril. Primeira onda do programa registrou taxa de 71% de contratos fechados após realização dos pilotos
Bárbara Caldeira - 6 abr 2023
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Marcelo Amim, gerente de Operação e Manutenção da Equinor

Poucas coisas fazem os olhos de quem está à frente de uma startup brilharem mais do que um programa de inovação com alta taxa de rollout.

Saber que existe uma grande chance da sua solução se tornar essencial para a companhia e ser escalada após o piloto é um enorme fator na hora de decidir se vale a pena se inscrever em uma iniciativa de inovação aberta.

Se é este o seu caso, uma boa notícia: o Bridge, da Equinor, está com inscrições abertas para sua segunda onda até 14 de abril e registrou taxa de 71% de contratos fechados após realização dos pilotos da primeira onda.

O programa também se conecta com pequenas e médias empresas, além das startups.

Marcelo Amim, gerente de Operação e Manutenção da empresa global do ramo de energia de origem norueguesa presente em mais de 30 países, acredita que o resultado é reflexo do comprometimento da Equinor em abraçar, cada vez mais, uma cultura inovadora.

“Graças ao processo de inovação que estabelecemos para o programa, que é detalhista e criterioso desde a captura de desafios até uma possível contratação da empresa parceira para embarque da solução, conseguimos garantir o alinhamento entre todas as áreas de negócios, sem deixar a burocracia minar boas ideias”

Ele afirma que, além de contar com o apoio da alta gerência, um dos grandes diferenciais do Bridge é ter uma equipe dedicada ao programa acompanhando todas as etapas e suportando o time técnico e as empresas.

Rafael Tristão, gerente de Supply Chain da Equinor

Rafael Tristão, gerente de Supply Chain da companhia, ressalta que o Bridge tem como objetivo o desenvolvimento de soluções customizadas para atender desafios de negócio da Equinor, o que pode levar a uma parceria duradoura e a novas oportunidades de contratos.

“Essa característica também pode contribuir para a construção de uma base sólida para o crescimento futuro da startup, ajudando a estabelecer sua reputação no mercado”, emenda.

Que tal inscrever a sua startup na segunda onda do Bridge? Clique aqui!

“Always safe, low carbon, high value”

Para Viviane Krzonkalla, engenheira naval que foi líder de um desafio na primeira onda do Bridge e está presente na segunda, a Equinor cria um ambiente propício para a melhoria contínua e desenvolvimento de pessoas e processos, o que fica evidente no programa de inovação:

“O Bridge é uma estratégia da empresa em criar novas soluções inovadoras e disruptivas associadas ao desenvolvimento de novos parceiros que sustentem o nosso crescimento seguindo os pilares estratégicos: ‘always safe, low carbon, high value’. É um programa estruturado que nos permite experimentar e criar novas possibilidades de forma colaborativa com as startups”

Ela esteve à frente, na primeira onda, do desafio de “Inspeção com drones usando Inteligência Artificial e integração ao modelo 3D e SAP”.

Viviane Krzonkalla, engenheira naval e líder de desafio do Bridge

Com grandes expectativas para a segunda rodada, Viviane agora lidera o desafio “Gerenciamento de integridade estrutural”, que visa a construção de uma ferramenta para auxiliar a Equinor na gestão das atividades de inspeção e reparo com foco na integridade da estrutura do casco do navio.

Como aprendizado da edição passada, a engenheira destaca: “Tudo depende da dedicação e colaboração dos times, e a Equinor é uma empresa que trata todos com o maior respeito e imparcialidade”.

A colaboradora espera que as novas alianças, que serão formadas a partir de cada um dos novos desafios, sejam duradouras para ambas as empresas.

“A Equinor é bastante madura na adoção e execução real da inovação”

A Equinor é uma das maiores operadoras offshore do mundo, contando globalmente com cerca de 20 mil colaboradores desenvolvendo petróleo, gás, energia eólica e solar. No Brasil, a companhia atua desde 2001.

“Ter a Equinor como parceira nos dá uma grande vantagem estratégica no mercado” afirma Otávio Yamanaka, CEO da Confirm8, cujo produto é um software para gestão de manutenção e ativos alinhado à Indústria 4.0. A startup participou da primeira onda do Bridge.

Para ele, a Equinor e a Innoscience, consultoria em inovação corporativa envolvida no projeto, passaram muita segurança para as techs participantes desde o início do processo:

Otávio Yamanaka, CEO da Confirm8

“Todos os envolvidos da Equinor e da Innoscience ajudaram prontamente nas demandas ou dúvidas das startups de forma rápida e clara. A empatia também foi um fator decisivo para o sucesso dos pilotos, fomos muito bem recebidos. Sem dúvidas recomendo o programa para outras startups, é muito bem estruturado e representa uma grande chance de se destacar no mercado”

Otávio ressalta que o setor no qual a Equinor atua é conservador por exigir um cuidado maior nos aspectos legais, ambientais e de segurança e, neste sentido, a empresa é bastante madura na adoção e execução real da inovação, gerando o interesse e o desejo das startups.

“Ainda existe o paradigma da preferência pelas soluções já desenvolvidas pelas grandes empresas de tecnologia tradicionais. O Bridge rompe isso e abre a mente para um novo conceito de resolução de problemas.”

Conheça as oportunidades com inscrições abertas

A segunda onda do Bridge convoca as startups do ecossistema de inovação brasileiro a resolverem cinco desafios, todos estratégicos para o negócio. São eles:

1. Autorização digital para transferência de passageiros

Quando alguém da equipe Equinor voa de helicóptero para uma unidade em alto mar, precisa listar todos os seus dispositivos eletrônicos pessoais e medicamentos levados para a unidade.

Atualmente, o procedimento de listagem é realizado por meio de um formulário físico em papel e a Equinor conta com as startups para tornar este processo digital e mais automatizado.

2. Ferramenta de planejamento de campo

Ter visibilidade das operações de perfuração, modificação e manutenção realizadas em campo para gerenciar a demanda logística de materiais e navios não é simples.

O segundo desafio, assim, busca soluções que ajudem a planejar a rota dos materiais e das embarcações no campo de forma mais eficiente, incluindo uma visão geral sobre o consumo de combustível das embarcações.

3. Limpeza de tanques automatizada

Os tanques de carga das embarcações em alto mar precisam, periodicamente, de limpeza, hoje feita de forma manual por uma equipe especializada.

Devido à alta viscosidade do óleo produzido nos tanques e aos riscos de trabalhar em espaços confinados, a Equinor busca uma solução mecanizada para reduzir os riscos no processo de limpeza.

4. Manutenção preventiva

O quarto desafio envolve o uso de tecnologias, como Inteligência Artificial, para reconhecer padrões de notificações do SAP visando normalizar o MTBF (Tempo Entre as Falhas).

O objetivo é sugerir políticas de manutenção preventiva como frequência de chamadas, substituição e revisão geral, reduzindo as avarias no maquinário, gerando menos interrupções na operação e diminuindo os custos de manutenção.

5. Gerenciamento de integridade estrutural

O último desafio busca desenvolver uma ferramenta para auxiliar na gestão das atividades de inspeção e reparo com foco na integridade da estrutura do casco do navio FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) Peregrino.

A ferramenta deverá ser visual, com desenhos das estruturas e piping, acessórios (outfitting, serpentinas de aquecimento, tubos de sondagem, etc.) dos tanques de carga e de lastro, bem como espaços vazios e tanques de utilidades gerais, costado e convés externo.

A solução será utilizada para marcar anomalias, regiões críticas, reparos executados, reparos temporários e indicar monitoramento de proteção estrutural.

De olho nas datas

As inscrições para a segunda onda do Bridge terminam em 14 de abril e, na sequência, em 6 de junho, o programa inicia a fase de One on One.

No mesmo mês (27 a 29), a Equinor e a Innoscience fazem uma imersão com as selecionadas e afunilam o número de startups escolhidas para o piloto, que acontecerá de 24 de agosto a 24 de novembro. Em dezembro, os resultados serão apresentados.

E então, algum dos desafios é a cara da sua startup, pequena ou média empresa? Clique aqui e faça a sua inscrição!

 

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