Poucas coisas fazem os olhos de quem está à frente de uma startup brilharem mais do que um programa de inovação com alta taxa de rollout.
Saber que existe uma grande chance da sua solução se tornar essencial para a companhia e ser escalada após o piloto é um enorme fator na hora de decidir se vale a pena se inscrever em uma iniciativa de inovação aberta.
Se é este o seu caso, uma boa notícia: o Bridge, da Equinor, está com inscrições abertas para sua segunda onda até 14 de abril e registrou taxa de 71% de contratos fechados após realização dos pilotos da primeira onda.
O programa também se conecta com pequenas e médias empresas, além das startups.
Marcelo Amim, gerente de Operação e Manutenção da empresa global do ramo de energia de origem norueguesa presente em mais de 30 países, acredita que o resultado é reflexo do comprometimento da Equinor em abraçar, cada vez mais, uma cultura inovadora.
“Graças ao processo de inovação que estabelecemos para o programa, que é detalhista e criterioso desde a captura de desafios até uma possível contratação da empresa parceira para embarque da solução, conseguimos garantir o alinhamento entre todas as áreas de negócios, sem deixar a burocracia minar boas ideias”
Ele afirma que, além de contar com o apoio da alta gerência, um dos grandes diferenciais do Bridge é ter uma equipe dedicada ao programa acompanhando todas as etapas e suportando o time técnico e as empresas.
Rafael Tristão, gerente de Supply Chain da companhia, ressalta que o Bridge tem como objetivo o desenvolvimento de soluções customizadas para atender desafios de negócio da Equinor, o que pode levar a uma parceria duradoura e a novas oportunidades de contratos.
“Essa característica também pode contribuir para a construção de uma base sólida para o crescimento futuro da startup, ajudando a estabelecer sua reputação no mercado”, emenda.
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Para Viviane Krzonkalla, engenheira naval que foi líder de um desafio na primeira onda do Bridge e está presente na segunda, a Equinor cria um ambiente propício para a melhoria contínua e desenvolvimento de pessoas e processos, o que fica evidente no programa de inovação:
“O Bridge é uma estratégia da empresa em criar novas soluções inovadoras e disruptivas associadas ao desenvolvimento de novos parceiros que sustentem o nosso crescimento seguindo os pilares estratégicos: ‘always safe, low carbon, high value’. É um programa estruturado que nos permite experimentar e criar novas possibilidades de forma colaborativa com as startups”
Ela esteve à frente, na primeira onda, do desafio de “Inspeção com drones usando Inteligência Artificial e integração ao modelo 3D e SAP”.
Com grandes expectativas para a segunda rodada, Viviane agora lidera o desafio “Gerenciamento de integridade estrutural”, que visa a construção de uma ferramenta para auxiliar a Equinor na gestão das atividades de inspeção e reparo com foco na integridade da estrutura do casco do navio.
Como aprendizado da edição passada, a engenheira destaca: “Tudo depende da dedicação e colaboração dos times, e a Equinor é uma empresa que trata todos com o maior respeito e imparcialidade”.
A colaboradora espera que as novas alianças, que serão formadas a partir de cada um dos novos desafios, sejam duradouras para ambas as empresas.
A Equinor é uma das maiores operadoras offshore do mundo, contando globalmente com cerca de 20 mil colaboradores desenvolvendo petróleo, gás, energia eólica e solar. No Brasil, a companhia atua desde 2001.
“Ter a Equinor como parceira nos dá uma grande vantagem estratégica no mercado” afirma Otávio Yamanaka, CEO da Confirm8, cujo produto é um software para gestão de manutenção e ativos alinhado à Indústria 4.0. A startup participou da primeira onda do Bridge.
Para ele, a Equinor e a Innoscience, consultoria em inovação corporativa envolvida no projeto, passaram muita segurança para as techs participantes desde o início do processo:
“Todos os envolvidos da Equinor e da Innoscience ajudaram prontamente nas demandas ou dúvidas das startups de forma rápida e clara. A empatia também foi um fator decisivo para o sucesso dos pilotos, fomos muito bem recebidos. Sem dúvidas recomendo o programa para outras startups, é muito bem estruturado e representa uma grande chance de se destacar no mercado”
Otávio ressalta que o setor no qual a Equinor atua é conservador por exigir um cuidado maior nos aspectos legais, ambientais e de segurança e, neste sentido, a empresa é bastante madura na adoção e execução real da inovação, gerando o interesse e o desejo das startups.
“Ainda existe o paradigma da preferência pelas soluções já desenvolvidas pelas grandes empresas de tecnologia tradicionais. O Bridge rompe isso e abre a mente para um novo conceito de resolução de problemas.”
A segunda onda do Bridge convoca as startups do ecossistema de inovação brasileiro a resolverem cinco desafios, todos estratégicos para o negócio. São eles:
Quando alguém da equipe Equinor voa de helicóptero para uma unidade em alto mar, precisa listar todos os seus dispositivos eletrônicos pessoais e medicamentos levados para a unidade.
Atualmente, o procedimento de listagem é realizado por meio de um formulário físico em papel e a Equinor conta com as startups para tornar este processo digital e mais automatizado.
Ter visibilidade das operações de perfuração, modificação e manutenção realizadas em campo para gerenciar a demanda logística de materiais e navios não é simples.
O segundo desafio, assim, busca soluções que ajudem a planejar a rota dos materiais e das embarcações no campo de forma mais eficiente, incluindo uma visão geral sobre o consumo de combustível das embarcações.
Os tanques de carga das embarcações em alto mar precisam, periodicamente, de limpeza, hoje feita de forma manual por uma equipe especializada.
Devido à alta viscosidade do óleo produzido nos tanques e aos riscos de trabalhar em espaços confinados, a Equinor busca uma solução mecanizada para reduzir os riscos no processo de limpeza.
O quarto desafio envolve o uso de tecnologias, como Inteligência Artificial, para reconhecer padrões de notificações do SAP visando normalizar o MTBF (Tempo Entre as Falhas).
O objetivo é sugerir políticas de manutenção preventiva como frequência de chamadas, substituição e revisão geral, reduzindo as avarias no maquinário, gerando menos interrupções na operação e diminuindo os custos de manutenção.
O último desafio busca desenvolver uma ferramenta para auxiliar na gestão das atividades de inspeção e reparo com foco na integridade da estrutura do casco do navio FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) Peregrino.
A ferramenta deverá ser visual, com desenhos das estruturas e piping, acessórios (outfitting, serpentinas de aquecimento, tubos de sondagem, etc.) dos tanques de carga e de lastro, bem como espaços vazios e tanques de utilidades gerais, costado e convés externo.
A solução será utilizada para marcar anomalias, regiões críticas, reparos executados, reparos temporários e indicar monitoramento de proteção estrutural.
As inscrições para a segunda onda do Bridge terminam em 14 de abril e, na sequência, em 6 de junho, o programa inicia a fase de One on One.
No mesmo mês (27 a 29), a Equinor e a Innoscience fazem uma imersão com as selecionadas e afunilam o número de startups escolhidas para o piloto, que acontecerá de 24 de agosto a 24 de novembro. Em dezembro, os resultados serão apresentados.
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Com alta taxa de sucesso dos pilotos e de contratação, o ciclo de estreia do programa de open innovation do Grupo Águas do Brasil mostra que os desafios do setor são grandes oportunidades para o ecossistema de inovação brasileiro