Levar uma garrafinha de água a tiracolo em vez de comprar uma de plástico toda vez que sair, deixar de usar canundinho, reduzir o consumo de carne, usar sacola retornável no supermercado… Para algumas pessoas, essas atitudes podem parecer pequenas para ajudar a salvar o planeta.
As irmãs Mariana, 38, Maria Carolina, 37, e Maria Clara Moraes, 35, ao contrário, enxergam aí microrrevoluções. De acordo com a primogênita:
“Por trás das grandes mudanças que aconteceram na humanidade, existiam pessoas — e, às vezes, só uma pessoa. A ação do indivíduo faz diferença. Se você acha que é algo pequeno, então faça, porque é melhor ser parte da solução do que do problema”
O trio está por trás do projeto Verdes Marias, que desde 2018 estimula a busca por uma vida mais sustentável a partir de pequenas ações e mudanças de hábitos no dia a dia.
Com a produção de conteúdo descolado e informativo nas redes sociais (sim, elas são influencers da sustentabilidade), as irmãs testam e compartilham suas descobertas com projetos, produtos, alimentos e experiências mais sustentáveis. Elas também têm dois podcasts (um para adultos e outro para crianças), fazem palestras em escolas e empresas e promovem vivências sustentáveis.
As próprias irmãs são um exemplo de como um movimento individual pode reverberar e causar um impacto maior. Quem cutucou esse movimento na família foi Mariana, que “desde sempre” trabalha com sustentabilidade e atualmente é project manager da CAUSE Brasil. Depois, Carol, que atua como arquiteta e fotógrafa, entrou na onda eco; e, em seguida, a jornalista Clara.
Hoje, elas já contagiaram milhares de fãs (e também empresas). Só no TikTok, são quase 380 mil seguidores. Elas também estão no Instagram, onde têm 52 mil seguidores, e no YouTube.
Todo esse movimento e o impacto que trouxeram com ele fez com que, no fim de 2022, as irmãs fossem contempladas com o Prêmio Lixo Zero Brasil, do Instituto Lixo Zero, na categoria “influenciadores”, concedida a quem se sobressaiu na promoção do conceito lixo zero no país por meio do exemplo, trabalho e dedicação.
A seguir, Mariana conta como tudo começou, fala sobre os modos que ela e as irmãs acharam para tornar o tema da sustentabilidade “sexy”, e os cuidados para evitar o risco de greenwashing na hora da produção de conteúdo e publis, entre outros temas:
Quando você começou a se preocupar com causas ambientais e percebeu que pequenas ações no seu dia a dia poderiam fazer a diferença para a saúde do planeta?
Sempre trabalhei com o terceiro setor e com responsabilidade social, então não sei dizer quando isso começou comigo. A Clara faz uma gracinha de que nasci querendo compensar o carbono do parto.
Quando minha primeira filha, Manuela, nasceu, em 2017, fiquei muito angustiada com a quantidade de lixo descartada — 8 toneladas por dia. Isso começou a me incomodar demais
Então, para mim, a provocação para criar o Verdes Marias foi muito o nascimento da minha filha. Queria não só reduzir o impacto no meio ambiente, mas buscar soluções mais saudáveis para ela.
Mas só para ver como sempre tive muito isso, quando me casei, em 2015, fiz uma cerimônia super sustentável, bem mais do que os eventos que existem hoje em dia, mas a gente não chamava assim, não tinha esse nome.
Compensei o carbono do casamento, plantando 87 mudas de árvores, demos chinelo de pneu reciclado, todo mundo levou os doces, todas as plantas eram de vaso. Isso dois anos antes de a gente começar a montar o projeto. Então, isso de reduzir o impacto no planeta era uma coisa minha mesmo.
E como era o envolvimento da suas irmãs com o tema?
Elas eram zero ligadas nisso, morriam de tédio, inclusive…
Mas aí a Carol passou por uma crise de trabalho, existencial como um todo, e me procurou perguntando o que fazia, como mudava de trabalho para ter mais propósito. E eu falei, não muda! Muda as atitudes da sua vida para ver como se sente em relação a isso. Aí, a gente pode divulgar, afinal, ela é fotógrafa. A gente podia ir sentindo essa transformação.
E convidamos a Clara também, que na época era o auge do consumismo, tinha um armário abarrotado, sempre gastando muito dinheiro com viagens, roupas, farmácia.
Ela não estava disposta a ter um estilo de vida mais sustentável, mas como não queria ficar de fora, porque as três irmãs sempre fomos muito amigas, foi escrevendo os textos do site, pesquisando e acabou se sensibilizando. Cada uma das irmãs teve seus momentos.
Percebemos que as microrrevoluções faziam a diferença porque as três começaram a mudar muito. Quando vimos que a Clara foi mudando os hábitos dela e impactando o marido e o lugar onde ela trabalha, percebemos que é do pequenininho que as coisas começam
A gente fala muito das microrrevoluções, porque elas são uma porta para as macro. Se a gente conseguir entrar dentro de uma empresa e sensibilizar alguém lá dentro, essa pessoa pode sensibilizar as outras e fazer uma transformação. Essa possibilidade de ir reverberando pode causar impacto.
Como vocês fazem para falar de sustentabilidade sem cair num discurso “ecochato” ou até num ativismo radical, que geralmente afasta quem está dando os primeiros passos?
Usamos pouco no nosso conteúdo o termo “sustentabilidade” e qualquer outro conceito, porque as pessoas não estão nem aí para isso. A gente gosta até de falar que sustentabilidade é: cuidar do hoje para existir o amanhã. Esse não é o conceito, mas é fácil de compreender.
O que começamos a fazer é dar dicas, e minhas irmãs sempre falavam: “sem chatice, Mari”. Aí, a gente passou a incorporar essa ideia em tudo. Isso é o legal de serem três, porque às vezes a gente começa a falar “não compre nessa loja”, e vem outra e aponta “não é bem assim, em vez de falar não compre aqui, foca na solução”.
A gente realmente é “ecochata”, mas estamos tentando mostrar que, na verdade, é “ecosexy” ou qualquer outro termo, pois esse é o nosso tema, na mesa de bar, em qualquer lugar. A gente quer transformar o eco numa coisa que seja saudável
Por exemplo, eu ia para a praia com minhas amigas e no começo reclamava que ninguém tinha levado o canudo. Aí, comecei a levar o que tinha em casa para elas, que passaram a se sentir mal quando não levavam. Eu não cobrei nada, é uma forma de mudar como você traz o tema — sem cobrar.
No fundo, o que a gente sentiu é que as pessoas já têm cobranças demais, então gostamos de mostrar pelo exemplo. Olha, tem isso aqui, traz um dado, outro dado. Percebemos que temos um comportamento de “ecochata”, mas queremos ressignificar o “ecochato”.
E assim, claramente, a gente está querendo focar no começo. Tem muitos perfis de sustentabilidade fundamentais que focam em ser mais radicais e cobrar, podia até ter mais. Mas a gente não se posiciona nesse lugar. Somos boas em trazer quem está chegando e aí não podemos cobrar nem ser chatas.
Quais são os principais desafios de manter escolhas sustentáveis numa rotina caótica como a de quem vive em uma grande cidade?
Em uma grande cidade, na verdade, é mais fácil, numa grande capital temos muitas opções. O desafio é manter uma vida sustentável em lugares onde a coleta seletiva não é tão clara. Mas é desafiador ser sustentável em qualquer lugar.
Sempre há a questão do excesso de embalagens, pois as empresas não estão preparadas para olhar para o plástico como é necessário. Um terço do lixo do planeta é embalagem e as pessoas não estão preocupadas com isso.
Também é desafiador compostar dentro de uma cidade, dentro de qualquer apartamento. É um fato que 50% do nosso lixo é orgânico. Quando se vive em um sítio é mais fácil, porque se enterra, dá para as galinhas, mas em apartamento é muito novo [recente] pensar em ter minhocas. Mas quanto mais as pessoas se interessarem por esse tema, mais comum isso vai ficar e mais empresas vão surgir interessadas em solucionar esse problema.
Aqui em São Paulo, existe agora uma empresa chamada Realixo. Ela vem e deixa o baldinho na sua casa, você coloca o lixo orgânico por uma semana e eles vêm buscar. Isso talvez não existisse há cinco anos, mas as pessoas estão se interessado por compostagem e nem todas querem compostar
E a terceira dificuldade é educação ambiental, porque na cidade, as pessoas acabam ficando muito desconectadas da natureza, seus tempos e estações. Aí se esquecem da importância de comprar fruta da estação, comer comida orgânica, prestar atenção nos produtos que não tenham causado desmatamento… Quando a gente está mais perto da natureza, isso fica mais claro, a gente sente que a árvore ajuda na diminuição de temperatura, é mais perceptível a causa e efeito das coisas.
E as pessoas estão sempre correndo, então não priorizam. Vivendo em uma cidade grande ou em 2023, em qualquer lugar do mundo, tudo é “mais importante” do que o cuidado com o planeta. Então, as pessoas acabam pensando: “Ah, quero fazer mais, mas daqui a pouco porque agora estou atrasada”.
Isso é um super problema, porque estamos falando de sobrevivência, de aumento de temperatura, de questões muito mais sérias do que as nossas cotidianas, mas está todo mundo lutando no almoço para ter o jantar.
Hoje, discutir sustentabilidade virou quase obrigatório e as empresas querem fazer parte desse debate. Como vocês fazem para diferenciar o que é genuíno do que é greenwashing na hora de promover marcas, seja de forma orgânica ou em publis?
Isso é super desafiador, não é uma coisa simples. Já negamos muitas publis, negamos muito mais do que aceitamos, exatamente porque se a gente não consegue investigar, encontrar transparência no que as pessoas estão fazendo, é porque elas não estão fazendo tanto assim.
Por exemplo, outro dia a gente recebeu a proposta de uma marca que queria que o Verdes Marias divulgasse seus cosméticos e fomos pesquisar se ela tinha produtos com petrolato, parabenos e sulfatos. E estava escrito que não tinham. Fomos olhar os ingredientes no site, mas estava escrito assim: “Sempre que possível, não usamos”. Sempre que possível não existe. Ou você usa ou não usa.
Existe uma diferença entre a propaganda que a marca faz e o que ela realmente tem por trás e a gente só descobre isso perguntando. Tem vezes que a gente recebe a proposta, questiona a marca, aí mandam para outra pessoa responder, que devolve para outra… Isso já fica esquisito.
Outro dia também ficamos meio inseguras com uma marca de roupa e mandamos uma mensagem. Aí entrou a dona e deu uma resposta brilhante, contou todos os processos, mostrou como olha toda a cadeia. Então, é isso: quando você faz, você sabe. Não tem que buscar informações tão distantes
Perdemos muito tempo investigando e buscando informações. Hoje temos vários especialistas que nos ajudam.
E já aconteceu de postarmos algo e vermos que não era tão legal e pararmos de falar daquilo, porque a gente também erra. Mas normalmente, a gente perde bastante tempo fazendo aquela investigação.
Em relação a publis, já chegaram a se questionar ou ser questionadas sobre essa prática por trabalhar com sustentabilidade e, consequentemente, combate ao consumo?
A gente tem uma posição muito forte em relação a isso: se as marcas são bacanas, vamos divulgar. Que bom quando elas podem nos pagar; quando não podem, vamos divulgar do mesmo jeito. Se as pessoas vão consumir, que elas consumam de quem está olhando para o futuro e tem mais propostas.
Quando fazemos nosso guia de marcas (baixe aqui), publicamos todas as marcas que a gente usou ao longo do ano e uma das coisas que falamos no post é que o legal é não comprar, mas se for comprar, compre das marcas que estão neste guia.
Acho que não temos nenhuma crise em sermos remuneradas por falar dessas marcas, porque o nosso projeto já prevê como princípio que vamos divulgar coisas legais. Antes de começarmos a fazer publis, a gente já divulgava e não ganhava nada por isso. Nem fazemos tanto publi, mas agora que temos marcas legais querendo financiar nosso trabalho, tudo bem
Mas o publi para as influenciadoras de sustentabilidade é sempre uma questão, não é fácil. Se eu tivesse outro modelo de negócio, talvez fosse preferir…
Agora talvez esse seja o modo, mas se você me perguntar o que mais sustenta o Verdes Marias, com certeza são as palestras. Damos palestras em escolas, empresas, ficamos uma hora conversando, as pessoas escrevem para a gente, ficam motivadas. O dia em que a gente viver só de palestras e talks, aí paramos com publis, mas isso ainda não é uma realidade.
Pode contar um pouco mais sobre essa vertente do Verdes Marias, com palestras e atividades para empresas?
Temos várias pequenas frentes, a maioria é sob demanda. Oferecemos palestras em escolas. Na pandemia, falamos em quatro públicas e, recentemente, falamos em particulares, como Escola Primeira e Albert Sabin.
Falar em escola é uma das coisas que mais gostamos, porque a conexão da criança com a natureza ainda é muito fresca. A gente ama esse espaço de dialogar com quem está chegando no mundo.
Também damos palestras em empresas. Quando o Verdes Marias tinha apenas um mês, um escritório de advocacia já escreveu para a gente pedindo uma conversa. Nesses encontros, batemos muito na questão do plástico, porque as pessoas não sabem que isso está sendo um grande problema, está afundando a gente, destruindo os oceanos.
Já falamos na Aluf, marca de moda, fizemos com eles um workshop sobre microrrevoluções e no final ensinamos como fazer um desodorante caseiro. Já fizemos palestra para os funcionários da L’Oréal, para o hospital Notre Dame…
E aí começamos a ver que nas empresas tinha pessoas que queriam temas específicos. Então, começamos a montar cursos e workshops de visitação, de vivências para pessoas físicas. Fomos num aterro mostrar como é todo o processo, levamos grupos a um sítio agroecológico para plantar
Outra frente nossa são os podcasts. Temos o “Microrrevoluções”, que traz entrevistas com especialistas, abordando todos os temas que se relacionam com o impacto que o indivíduo pode ter na sociedade. Já são 50 episódios no ar, com mais ou menos uma hora de duração cada. Já falamos de consumo consciente, cosméticos, como explicar mudanças climáticas de forma mais simples etc.
Ele teve periodicidade mais ou menos quinzenal. Mas aí, em abril de 2022, lançamos outro podcast, o “Contos da Capivara”, com foco no público infantil, e demos uma parada no Microrrevoluções, mas ele deve voltar agora em 2023.
Sobre o “Contos da Capivara”, por que vocês decidiram ir além e não limitar os projetos do Verdes Marias aos adultos?
O “Contos da Capivara” surgiu no meio da pandemia, porque eu não queria deixar meus filhos plantados na frente da TV, mas precisava trabalhar. Aí descobri que muita gente tem podcast de histórias. Mas vi que não tinha nenhum com histórias mais sustentáveis, ambientais, que conectassem a criança com a natureza. Às vezes, tinha uma história ou outra, mas não um pacote.
Achei que era uma mega oportunidade. E a Clara tem muita experiência com criança, embora não tenha filhos, ela deu aula de inglês para crianças por muitos anos e quando adolescente trabalhava em buffet infantil, então tem esse universo muito aguçado dentro dela.
Aí, a gente decidiu lançar esse podcast com histórias sustentáveis infantis, tendo a certeza de que era uma necessidade para a minha família, mas que iria se replicar em muitos lugares. Nos inscrevemos na Benfeitoria, que fazia um matchfunding com a Drogasil, e conseguimos captar o valor que precisávamos e lançamos essa primeira temporada com oito histórias — e vamos começar a captar com empresas para a segunda temporada.
Nesta primeira temporada, chamamos oito autores nacionais, gente que nem tinha escrito sobre sustentabilidade na vida, demos alguns temas, mas deixamos solto. Conseguimos chamar autoras como a Kiusam de Oliveira e a Julia Medeiros, as pessoas toparam muito pelo tema
Mas quando a histórias chegaram, percebemos que não tínhamos o know how científico para dizer se tinha algum erro. Precisávamos de uma série de ONGs especialistas para chancelar o conteúdo.
Então, fomos atrás do Greenpeace, da Sea Shepherd, Famílias pelo Clima, Menos 1 Lixo, Instituto Lixo Zero, para lerem essas histórias, darem sugestões de microrrevoluções e também corrigirem, se aproximarem dos autores. E super deu certo, eles amaram as histórias, compraram a ideia e percebemos que, sem querer, tínhamos entrado dentro das famílias e não só das crianças.
Porque, querendo ou não, os pais põem o podcast para a criança, mas eles que ligam, desligam, estão ali no ambiente, escutam de orelhada. E no final, a gente dá as microrrevoluções e pede para a criança chamar mais gente. Então, entrar pelas crianças dentro das famílias é uma super sacada e um caminho que funciona, porque os filhos cobram os pais.
Como mãe, como você sente o envolvimento dos seus filhos com o assunto? E qual retorno tem recebido dos ouvintes mirins e de seus responsáveis?
Nosso seguidores mirins falam que são apaixonados, pedem mais histórias, contam que fizeram brinquedos com sucata, os pais marcam a gente quando saem de casa com garrafinha, são muito engajadinhos. E na minha casa, meus filhos são muito engajados também, mas acho que porque nasceram com isso.
Aprendi de tanto ler e acompanhar que foi importante ter colocado o tema para eles na brincadeira. É escova de bambu, mas a gente escreve o nome deles nelas, tem a história da escova. Na hora da compostagem, eles vêm comigo, se sujam todos, colocam a mão na minhoca. Aí querem ver quando o caminhão de reciclagem passa, param o motorista…
Meu filho, Lucas, já sabe que o motorista que passa aqui é o Josimar, e agora dá o nome dele para todos os bonecos. É um herói para ele, porque a mamãe recicla e o caminhão da reciclagem está ali e o Josimar dirige o caminhão. Tem toda uma historinha que você vai criando no imaginário da criança. Essa coisa de trazer para o dia a dia pelo exemplo, brincando, ajuda a criança a entender.
Como vocês se dividem no trabalho da Verdes Marias, já que as três também têm outros empregos? Quem faz o quê?
A gente é meio freestyle, para ser sincera, não é algo super linear. E tem um fator a mais, a gente é irmã. Então, já convivemos muito de ser amiga desde que nascemos, temos um fluxo de pensar que é assim, uma fala e a outra completa.
Temos a Carol como diretora de arte, já que ela é fotógrafa, sempre quer dizer se a coisa está bonita ou feia. Eu sou a pessoa que trabalha com sustentabilidade a vida inteira, então fico responsável por dar a sustância do conteúdo. Elas até brincam que eu sou a CEO, tudo passa por mim para ver o tom. E a Clara é o humor ambulante, ela é assim na vida e consegue trazer isso para o Verdes Maria. Ela quem faz os roteiros dos vídeos, que edita, que fala quem vamos entrevistar.
A gente tem um dia para se encontrar, mas é sempre no horário do almoço, pós-trabalho, naquela correria. Hoje em dia, é a Clara quem está full time no Verdes Marias.
Por fim, quais dicas você daria para quem está partindo do zero e deseja começar hoje uma microrrevolução?
Sempre digo, escolha qual tema você gosta. Sinto que às vezes as pessoas escolhem um tema que não tem conexão com elas. Se você curte consumo, vai olhar como está comprando. Se curte cabelo, escolha um cabeleireiro mais sustentável, produtos mais sustentáveis.
E sempre que possível, evite plástico descartável, de uso único, o copinho, o canudinho. Precisamos começar a olhar para o nosso lixo. A gente precisa mudar a forma como consome.
Precisamos deixar de ser consumidores e voltarmos a ser indivíduos.
Irmãs gêmeas, Cláudia e Kátia Alencar fizeram história como atletas de remo e polo aquático. Hoje elas estão à frente do Instituto Esporte pelo Planeta, que apoia a comunidade esportiva e populações vulneráveis contra as mudanças climáticas.
Grávida no começo da pandemia, Thais Lopes resolveu ajudar a construir um país melhor para a sua filha. Deixou a carreira corporativa e fundou a Mães Negras do Brasil, negócio de impacto com foco no desenvolvimento desse grupo de mulheres.
Nos anos 1990, Medellín chegou a ser considerada a cidade mais violenta do mundo. A colombiana Ana Correa conta como reinventou sua vida no Brasil e cofundou a Taqe, plataforma que conecta candidatos, empresas e instituições de ensino.