Você sente que está sempre ocupado(a), mas nunca produtivo(a) de verdade? São mil abas abertas no computador, centenas de notificações apitando no celular, reuniões intermináveis, para no fim do dia perceber que não avançou no que realmente importa?
“No mundo hiperconectado em que vivemos, temos essa ilusão de que ser multitarefa nos torna mais produtivos. Mas o que a ciência mostra é o contrário disso, que quando executamos tarefas fragmentadas ao mesmo tempo, estamos, na verdade, demorando mais tempo para finalizar, reduzindo a qualidade da nossa entrega e aumentando a ansiedade e o estresse”
Quem diz isso é Thais Requito, especialista em Desenvolvimento Humano e Liderança, que aponta o Deep Work (ou “trabalho focado”) como um antídoto poderoso para esse modus operandi. O termo se refere à capacidade de focar profundamente em uma tarefa, sem interrupções, alcançando um nível de concentração que impulsiona a produtividade e a criatividade — não só na esfera profissional, mas pessoal também.
Diferente do “workaholismo” improdutivo, o Deep Work não é sobre trabalhar mais, e sim sobre trabalhar melhor, com menos esforço desperdiçado e mais impacto real. Uma forma não só de produzir melhor, mas de se destacar no mundo do trabalho, mantendo a saúde mental em dia.
“Precisamos desvincular estar ocupado à ideia de produtividade, porque estar ocupado respondendo várias mensagens e e-mails que chegam o tempo todo acaba transformando a gente mais num roteador humano, que recebe e dispara estímulos, e não numa pessoa que está, de fato, priorizando o que é importante”
E se você se interessou pelo tema e busca mais inspiração, confira o artigo que a especialista escreveu para o Draft sobre como um diagnóstico de burnout a levou a dar uma guinada na carreira (e na vida) e se tornar especialista em mindfulness e produtividade sustentável.
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