Nos últimos dez anos, Maria Eugenia Riscala, 31, vem estudando e se embrenhando no mercado da cannabis, mesmo sabendo que o estigma sobre a planta e suas variedades é enorme e dificulta sua vida de empreendedora.
Em 2020, junto com o sócio Thiago Dessena Cardoso, Maria fundou a Kaya Mind, empresa de inteligência de mercado que atua em três frentes. A primeira é a educação para quem quer trabalhar no mercado como consultor canábico ou representante comercial.
A segunda frente é o Business Intelligence por meio de uma plataforma SaaS para os stakeholders monitorarem dados das aplicações medicinais (venda dos óleos de CBD, composto não-psicoativo, e THC, composto psicoativo que em baixa concentração tem uso terapêutico), de beleza (maquiagens e cremes) e industriais com o cânhamo (base de tecidos e fibras).
E a terceira será lançada em breve – uma plataforma específica para médicos consultarem dados técnicos de cada produto, avaliarem qual é indicado por conta da dosagem e acharem substitutos.
Ela fala sobre os desafios do mercado que escolheu:
“Estar nesse mercado é quase um relacionamento aberto, sem apego, porque amanhã tudo pode mudar [em termos de regulação]. Nunca fui tão resiliente e rápida na adaptação. Mas para quem gosta, você tem a chance de mudar… eu não vou falar o mundo, mas pequenos mundos”
Maria diz que cursou Relações Internacionais (na Faap) porque sonhava ser correspondente internacional como Guga Chacra e gostava de contar histórias; a necessidade do diploma de jornalista para trabalhar no meio havia caído recentemente.
A vida a levou por outros caminhos. Uma vez formada (ela também tem mestrado em Pesquisa de Mercado e Consumer Insights pela ESPM), passou pela Câmara de Comércio Brasil-Alemanha. Depois, foi selecionada para um programa da P&G, onde ficou cinco anos na área comercial, com um hiato em 2015: um ano sabático na Espanha.
Foi lá que a futura empreendedora descobriu o óleo de CBD que ajudou sua irmã, portadora de uma deficiência intelectual com várias características do autismo, e de sua avó, que tinha Parkinson.
Daí em diante, ela mergulhou fundo e descobriu facetas da planta que não conhecia. Lançou com uma amiga um blog para trazer informação sobre cannabis medicinal — até que, em 2019, conheceu seu atual sócio, num happy hour da “firma”. E, após um burnout, decidiu sair do mercado corporativo.
Pouco depois, Maria e Thiago fizeram o primeiro projeto, que à época chamaram de consultoria, mas seria melhor definido como pesquisa de mercado e estratégia go-to-market. Ao verem a possibilidade de aquilo se tornar uma empresa – oferecer serviço de inteligência com base em tecnologia para prover pontos de diferenciação entre os players –, foram atrás de investimento. E logo conseguiram.
Hoje, a parte de conteúdo da Kaya Mind atrai uma base de médicos, legisladores e jornalistas carentes de informações (anuários e e-books são disponibilizados gratuitamente no site). “Aqui não tem ativismo: vou te falar a verdade”, afirma.
Leia a seguir os principais trechos da conversa de Maria Eugenia Riscala com o Draft:
A introdução do Anuário da Cannabis Medicinal no Brasil 2023, da Kaya Mind, começa assim: “No Brasil, a cannabis ainda enfrenta um forte estigma que tem raízes históricas pautadas em questões culturais, sociais e raciais”. Quais são esses estigmas?
Infelizmente, a maior resistência que a gente vê de médicos e pacientes ao tratamento é achar que vai fumar maconha. Quando a gente fala de estigma, é uma pessoa que está doente, ou um médico que poderia agregar uma terapia no seu rol de substâncias e não conseguem nem passar a primeira barreira do preconceito. A mensagem não flui, tem um muro entre a gente.
A Kaya surgiu durante a pandemia, então vivemos essa questão das fake news. Eu me coloco no lugar de uma pessoa do interior do país: como ela vai saber o que é verdade?
Houve pessoas do governo Bolsonaro, como o Ministro da Cidadania Osmar Terra, que falavam que era droga, que não existia nenhuma literatura científica comprovando o uso medicinal do CBD. E veja, existe muita literatura científica extremamente reconhecida no mundo inteiro
Para quem acompanhou os argumentos dos ministros do STF a respeito da descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal, viu que a questão racial é a mais forte [a cannabis foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses, no início de 1800, com a intenção de cultivar a fibra do cânhamo, mas os escravizados da África estavam familiarizados com o consumo e uso psicoativo da planta]. É o motivo da proibição e pelo qual ela ainda existe, mas também a falta de ciência.
A lei de drogas de 2006 diz que a pesquisa está liberada, mas a Unicamp não consegue liberação com a Anvisa. Até agora, depois de anos de mercado regulado, você tem uma dificuldade gigante de pôr produto in natura na mão de pesquisador.
É por isso que a gente acha que temos de bater [nessa tecla] por muito tempo ainda. Por que o pesquisador está tendo dificuldade para conseguir 10, 15, 20 gramas de uma substância para pesquisa? Nenhum traficante ganha dinheiro com essa quantidade
Por aí se entende que ainda tem um estigma e ele é, sim, pautado não em ciência, mas em crenças. Ainda tem muito a ideia de que se você tem cannabis, você não é de Deus. Se você gosta de cannabis, é de esquerda.
A pessoa que é religiosa, eventualmente tem um pensamento mais conservador, está alinhada uma política de direita, [acha que] não pode tomar óleo de CBD, mesmo que precise.
Sob o ponto de vista de negócio, mercado e legislação, faz sentido diferenciar maconha (flores secas da planta feminina da Cannabis), haxixe (resina da planta feminina da cannabis com efeitos mais intensos, potentes e rápidos devido à maior concentração de THC), maconha sintética (como K2 e K9, que contêm misturas de outras substâncias ilícitas e consideradas mais danosas à saúde) – que têm uso adulto recreativo –, aplicações industriais do cânhamo (variedade da planta Cannabis sativa, que possui baixos níveis de THC, cultivada para a obtenção de fibras para tecidos, cordas, papel, materiais de construção, sementes) dos canabinoides CBD e THC, que têm uso medicinal? Ou essa seria uma classificação apenas moralista?
Vou te falar por três vias. Sob a ótica de negócio faz sentido dividir tudo. Eu venho do mercado do varejo, onde dividia leite em pó em 40 subcategorias, classes do leite. Cannabis tem um grande mercado, então quanto mais subdivisão, melhor.
Haxixe não é equiparável a uma flor de maconha – o peso por grama, a forma de armazenamento, o tempo de validade são diferentes. Quem trabalha com um, não necessariamente trabalha com outro.
Pelo contrário: o cara do cânhamo, por exemplo, nunca vai ver um THC, porque a planta que produz a fibra não contém THC. Você pode colocar fogo nessa espécie de planta e aspirar a fumaça que não vai ficar chapado. É moralista não plantar cânhamo pensando nisso
Em termos de comunicação, sempre pergunto: qual é o público? Onde eu estou? Se quero fazer minha mensagem chegar do outro lado e estou em um ambiente um pouco mais conservador, se eu disser “maconha”, acabou.
Já falar em “CBD” ou “cannabis medicinal” nesse contexto permite que a sua mensagem passe aquela primeira barreira e siga em frente. Pode ser que você não convença, mas pelo menos a pessoa te escuta.
A terceira via é a da educação, na qual é necessário separar. Porque cannabis é igual a maconha, mas maconha não é igual a cânhamo, que não é igual a CBD, que não é igual THC. Nem são classificações iguais!
O Ubiracir Lima, um dos membros do Conselho Nacional de Química, gravou um podcast com a gente no qual explica a subclassificação química da planta. Até eu me surpreendi: para um agrônomo ou biólogo, são quase espécies diferentes.
Faz sentido dizer que não é a mesma coisa quando você quer combater o preconceito de “eu só estou falando daquela maconha que é boa pra saúde, a fumada não”.
Você já viu o vídeo que viralizou daquele senhor com Parkinson, que para de tremer em segundos? Gente, óleo de CBD não faz aquilo. Aquilo é flor de maconha, com alto teor de THC, vaporizada. O único jeito de se parar um tremor é com THC
(A nota técnica número 35/2023 da Anvisa diz que “a combustão e inalação de uma planta não são formas farmacêuticas/vias de administração de produto destinado ao tratamento de saúde”.)
Para quem está pleno, sereno, o uso deixa chapado, porque ele tem uma alteração de consciência. É a mesma coisa que a ketamina no ambiente cirúrgico e no da depressão: é a mesma substância, só que numa situação ela é usada quase como um fentanil [como analgésico durante a anestesia], na outra é usada num ambiente do psicólogo.
No aspecto de comunicação é quando eu acho que mais se tem de tomar cuidado.
Em termos de legislação, faz sentido separar o uso recreativo, do uso medicinal, do uso industrial? Ou na sua visão seria mais fácil se fosse dentro de uma legislação só? Pergunto apenas porque a legalidade dos canabinoides e do cânhamo são facilmente justificáveis, enquanto a da maconha recreativa é mais difícil…
Eu acho que tem de separar sim. O que não pode é separar a ponto do legislador não saber o que são as outras vias e quais são os critérios de diferenciação, senão fica papo de maluco!
Não dá pra juntar tudo num bolo só, é impossível. Não conheço nenhum país que fez.
O que eu conheço – e é uma boa prática recomendada por Steve Rolles, da Transform Drug Policy Foundation, a ONG inglesa que foi contratada pelos governos uruguaio e canadense pra fazer a regulamentação de cannabis – é ter um órgão especializado. Dentro da Anvisa, do Mapa [Ministério da Agricultura] e da Embrapa tem de haver especialistas.
Ou cria-se, como em muitos países aconteceu, uma agência independente, que estará com o Ministério da Agricultura quando for auditar uma fazenda e impedirá de colocarem fogo achando que estão plantando a coisa errada, porque não sabem diferenciar as plantas… É o caso do IRCCA no Uruguai, o Instituto de Regulação e Controle da Cannabis
Tem uma entrevista com o Steve maravilhosa, em que ele fala: “Precisamos aprender com os erros que cometemos com o álcool e o tabaco. Não queremos que a cannabis seja comercializada agressivamente para os jovens como uma espécie de produto de estilo de vida legal, assim como o álcool e o tabaco foram no passado”. Se cannabis for entendida como medicação, tem de seguir a lei da medicação.
Quando a gente olha pro cânhamo, ele está muito mais perto de uma cerveja [tem entre 4% e 6% de teor alcoólico, algumas chegam a 15%] do que de um absinto [destilado à base de anis e outras ervas, com teor alcoólico entre 45% e 74%].
Não dá pra controlar o absinto e a cerveja de maneira igual, então a barra do cânhamo tem de ser mais baixa. Ele não é psicoativo, no máximo é usado para extrair CBD e fazer produtos de maquiagem. Tem muito mais de apelo de marketing do que benefício terapêutico. Será que precisa da barra da medicação pra isso?
Nos EUA, se deixa uma parte para suplementos e setor de beleza e bem-estar, já que não é psicoativo. A pessoa ou criança pode beber ou comer a maquiagem que não vai dar nada. Acho que quando baixa muito o risco, a gente tem que tratar diferente.
E para falar de maconha fumada, uso recreativo, a gente tem de ter uma conversa séria e de adulto. Ela está proibida há anos e o consumo não parou.
Tem uma frase que eu gosto muito: “Qual foi a última vez que alguém te falou que não fuma porque a lei não permite?” Eu não fumo por mil motivos que não têm nada a ver com a lei
O consumo parece que não vai parar. Significa que tem que incentivar? Não. A gente não deve dizer que é bonito fumar maconha, porque sempre tem o caso do jovem de 14 anos que para de ir ao colégio porque está fumando maconha.
Você cita o Mapa pela possibilidade de legalizar a plantação de determinadas espécies da planta aqui, correto?
Sim. Hoje, a Embrapa e o Mapa estão muito envolvidos com a questão do cânhamo, porque na entressafra há muitas terras produtivas paradas.
Em uma fazenda de cana-de-açúcar, metade da terra fica parada, metade do ano. Mas ali nasce cânhamo, que também diminui[ria] o tempo que o solo fica parado!
Tem um interesse agrícola enorme no cânhamo, o cultivo dele por si só poderia ser super benéfico para o solo. E mesmo que não se fizesse nada com a planta depois, o cânhamo é a melhor planta para geração de crédito de carbono do mundo, mais do que o eucalipto
Ela puxa, inclusive, as toxinas do solo, tanto que é perigosíssima para fabricação de medicamento… Se você plantar cannabis num solo contaminado, o seu remedinho é contaminado. Por isso, suspeito da produção artesanal. Acho que é maravilhoso, mas eu não daria pra minha irmã tomar um óleo artesanal, mas até o passaria no meu rosto.
É por isso que eu falo: o que e para quem você está vendendo? De onde isso está vindo?
As agências e os analistas querem ajudar! Estudam e tentam entender, o problema é que as barreiras estão lá em cima. Mas é um debate que ainda está no nível do estigma. Por isso, a gente começa nossos anuários com isso.
Como ficam os produtos para pets e os dermatológicos, que não são medicamentos? Existe nestas categorias alguma matéria-prima que pudesse ser tomada de exemplo para a regulação da cannabis?
A melatonina é um exemplo legal. Não queriam melatonina no Brasil e as pessoas traziam de Miami. Ao invés da Anvisa regulamentar a melatonina, colocou-a para ser vendida como whey protein.
O que aconteceu? Não tem nenhuma de um laboratório farmacêutico e não se acha uma marca boa, com rastreabilidade! É preciso confiar que aquilo que você está tomando é aquilo que está escrito na bula, porque ninguém foi vistoriar nada! Pode estar sendo feito na casa do influenciador.
Essa parte do dermatológico e do pet não tem substância de risco. O cachorro não pode comer maconha, mas pode tomar óleo de CBD, sem THC
Existem CBD Shops na Europa e NY que vendem água com CBD. Pode tomar de garrafa – você vai dormir ou vai vomitar, porque não existe sobrecarga de canabinoide no corpo, não existe overdose. Você simplesmente vomita, como forma de reação do seu corpo.
Isso significa que a dosagem ingerida não está adequada, certo? O que é diferente de você fumar a maconha sem ter a noção de qual é a dosagem de THC e de CBD ingerida…
Exatamente. Para essas águas e chás com CBD te deixarem chapado, a pessoa teria de tomar uns 10 ou 15 litros, porque ela não é feita pra ter um efeito terapêutico como o do óleo. É feita pra ter um efeito de bem-estar.
O animal precisa de muito pouco. O humano poderia pegar a tal da cápsula do cachorro e teria que comer muito pra sentir o que se sente com um óleo medicinal.
É por isso que muita gente reclama da proibição de uso de cannabis em maquiagem, por exemplo. A minha mãe sempre fala: “E os meus cílios? Eu só queria meu rímel. Não dá pra comer rímel!”
Nesse ponto da dermatologia, tem um pouco esse debate porque muita gente que viaja percebe que o assunto do CBD aqui está sendo tratado como a jararaca! Até entendo esse olhar para o THC, mas para o CBD não faz sentido!
Entre as 20 principais condições e doenças que podem ser tratadas com canabinoides, a maioria é tratada com CBD ou com THC? Tem como mensurar isso?
Não, porque depende muito do seu grau. Hoje, uma das condições médicas com maior quantidade de prescrição é a ansiedade.
Vou me usar de exemplo. Eu não tenho crise de pânico, aquela que acelera coração etc., mas fico tão ansiosa que perco o foco, não consigo fazer determinada coisa, eu travo. O THC em baixas doses é ótimo pro foco. Já pra quem tem pânico, ele é terrível
E veja que ambas as condições estão sob o mesmo CID [Classificação Internacional de Doenças] de ansiedade.
No caso de depressão, tem gente que não consegue sair da cama, perde a vontade de viver. Nesse caso, THC é indicado. Já o CBD não faz nada, talvez até piore.
Tem gente que tem aquela depressão mais ligada ao choro, que continua produtiva e funcional, só que está sempre pra baixo. Pra ela, talvez o THC atrapalhe, porque ela já é funcional, não precisa de ajuda pra levantar de manhã. Ela precisa de ajuda pra se sentir bem.
Ou seja, depende muito da condição. Em geral, o THC é muito necessário para tudo que é neurodegenerativo e miopatias [desordens degenerativas da musculatura esquelética] – Alzheimer, Parkinson, demência, esclerose múltipla
Para quem faz tratamento quimioterápico, só THC. A questão é que ele pode ser usado para outra finalidade, o CBD não pode. Pelo THC poder ser usado para outra finalidade, a gente toma mais cuidado com a regulamentação dele.
Mesmo sabendo que as regulações podem mudar a qualquer momento, hoje, em qual setor do mercado você aposta mais em termos de crescimento: formação de consultores canábicos para ajudar importação, produção nos laboratórios farmacêuticos, eventos, turismo canábico, uso dermatológico, uso medicinal dos canabinoides, saúde animal? E por quê?
Eu acho que é a saúde mental, que é um problema mundial. A minha geração, os millenials – e a seguinte, a Gen Z, é pior ainda – sofre bastante.
A gente é bem ansioso, mas ainda tem um pezinho ali no trabalho, não nascemos com o celular na mão, ainda brincamos, pulamos amarelinha, fizemos meia dúzia de coisas. Tenho um irmão de 19 anos e uma irmã de 23 e convivo com a geração Z. Eu sou a mais velha da minha família, todos os meus primos são mais novos…
Hoje, além da gente ver muita ansiedade, tem o TEA [Transtorno do Espectro Autista]; apesar de não ser uma questão de saúde mental, eu brinco que a mãe da criança autista precisa de cannabis, por conta do estresse.
E isso sem falar do sono, que pra mim, seria o segundo mercado com mais potencial. As pessoas não estão dormindo. Quem mora em São Paulo e vive com esse barulho não dorme
Para esse tipo de indicação não é, necessariamente, o psiquiatra ou neurologista. Hoje, a especialidade médica que mais prescreve no Brasil é a clínica médica, porque os especialistas só querem pegar a pessoa com Parkinson, com Alzheimer. E psicólogos não podem prescrever.
Tem muita gente que eu conheço que pega a prescrição com o acupunturista, porque dizem que os outros médicos não entendem: “Se eu for num psiquiatra, ele vai me passar um alopático e eu não quero tomar, eu já tomei rivotril e prefiro tomar CBD ou melaleuca [planta nativa da Austrália]”.
A gente precisa pensar o que fazer com essa classe de fitoterápicos, porque ela não pode estar junto com os alopáticos e ela não pode virar bagunça de artesanal, sem nenhum controle.
Principalmente porque, nesse caso, não se sabe exatamente qual é a espécie que está sendo plantada.
Sim, é preciso ter controle, mas não pode ser o mesmo controle do alopático. É por isso que precisa ter estudo clínico. O que a gente mais escuta de médicos é: como se faz se há cinco tipos de planta?
E mais, se o ciclo de chuva alterar, a composição da planta muda e o óleo não dura. Como se faz um estudo clínico de cinco anos, com o mesmo óleo, sendo que eu não consigo ter essa estabilidade da planta?
É um fitoterápico, por isso que no Brasil existe a lei e o regimento dentro da Anvisa sobre fitoterápico é diferente do fitofármaco.
Acho que a gente precisa melhorar isso até mesmo no caso da melatonina. Pelo amor de Deus, outro dia vi um caso de ômega 3 sendo vendido que não tinha ômega 3…
Essas vitaminas entram nesse baile, na minha opinião. Esses pré-treinos, pré-não-sei-o-quê são seguros, mas tem de ter padronização para serem mais seguros ainda.
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