Se a sua ansiedade fosse uma criatura que caminha ao seu lado e que você pudesse descrever, quais seriam as características dela? Altura, tamanho dos olhos, cor, voz? Para Feppa, artista e diretor de arte, sua ansiedade já foi um bicho roxo e peludo, gigante, de olhos amarelos e pequenos, que o acompanhava com pesar para onde ele fosse.
Essa percepção veio apenas aos 28 anos de idade, quando uma vida inteira de crueldade consigo e cobranças internas culminaram em um colapso físico e emocional: a gota d’água foi um e-mail simples de trabalho que apareceu em sua caixa de entrada. Da agência de publicidade onde trabalhava, ele seguiu direto para um hospital, achando que talvez não fosse sobreviver.
Em uma conversa livre de máscaras com Rafaela Carvalho, editora de conteúdo do Draft, o artista fala sobre o caminho para se encontrar pela primeira vez na vida, o que levou quase 30 anos após seu nascimento: o caminho foi aberto quando ele começou a prestar atenção em si e abrir mão da persona que havia criado parecer bem: terapia, medicação e busca por pertencimento em novos hábitos saudáveis. O aprendizado que ele compartilha hoje é simples: não existe regime imediatista no autocuidado. É preciso insistir em olhar para si, respeitar os próprios limites e se colocar como prioridade.
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Confira alguns dos desenhos feitos pelo Feppa durante seu tratamento aqui.
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