Sejamos sinceros: os fãs sentirão falta da Fiat Weekend com o fim de sua produção no Brasil, dia 27 de janeiro. E não é por menos. Afinal, foram mais de duas décadas de vendas – a perua chegou às lojas em 1997 – e de muito sucesso no país, onde nasceu com o nome de Palio Weekend e logo dominou seu segmento. Foram mais de 530 mil unidades comercializadas desde a estreia.
“A Weekend teve um papel muito importante para a Fiat, liderando o segmento durante quase toda sua trajetória comercial”, destaca o Diretor do Brand Fiat e Operações Comerciais no Brasil, Herlander Zola.
Porém, mesmo fora de linha, a veterana promete continuar sendo um veículo de destaque no trânsito, e quem garante isso são os próprios admiradores da station wagon.
“Uma pena ela sair de linha, mas nada muda a minha história de amor por esse carro”, afirma Robson Marsola, dono de uma Palio Weekend Stile 1997 idêntica à que seu pai teve no ano de lançamento do modelo, há 23 anos.
“Ele tinha um Palio hatch e entrou na fila de espera para comprar a perua. Não sei dizer como nasceu essa paixão; só sei que era um carro de design fascinante, espaçoso e que meu pai também adorava, especialmente pelo excelente custo-benefício. Comprei uma igual, há um ano, por causa dessa admiração que surgiu na minha infância”, diz.
E não foram poucas Palio Weekend na vida do vendedor de 31 anos. “Depois da primeira, minha família teve uma Stile 1998, uma ELX 2005 e outra 2010 Adventure Locker. Atualmente, além da minha Stile, meu pai comprou há dois anos outra ELX 2005 que utiliza para trabalho e lazer”, conta Marsola, que desde criança fazia de tudo para andar na perua Fiat.
“Morávamos em Santos (SP) quando meu pai teve a primeira Palio Weekend e eu pedia para ele me buscar na escola e me levar para almoçar e trabalhar junto com ele… em São Paulo! Só pra ficar dentro do carro, apaixonado.”
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Mesmo com a descontinuação do modelo, o advogado Renato Domingues, de 40 anos, diz que seu carinho pela Weekend só vai aumentar.
“Eu e minha família adoramos esse carro. É nosso companheiro de viagens e meu veículo do dia a dia. Já temos inclusive uma longa aventura programada para junho deste ano, em que sairemos de São Paulo para uma jornada de mais de dois mil quilômetros até a Bahia”, revela o proprietário de um exemplar ELX 2002.
Outro fã que adora viajar com a Palio Weekend é o trader Eduardo Souza, dono de uma versão Adventure Locker 2010.
“Viajo bastante com minha namorada rumo às praias de Santa Catarina. Um dos melhores passeios foi para a Praia do Forte, num trajeto marcado por muitas subidas íngremes. Com a nossa Adventure Locker, subimos com facilidade e com direito a uma boa média de consumo de combustível. Vale dizer também que chegamos ao destino sem qualquer cansaço, pois o carro é muito confortável.”
Souza nasceu em 1997, mesmo ano do início de produção da Palio Weekend no Polo Automotivo Fiat (Betim, MG). Segundo ele, a ligação com o modelo surgiu por causa de uma boa oferta.
“Minha namorada e eu decidimos comprar um carro usado e encontramos a Weekend com um preço muito atrativo e em ótimo estado de conservação. Para mim foi uma grata surpresa, pois sempre fui fã de sedãs e me encantei pela perua. O que mais me agrada nela é o espaço interno e a versatilidade. Você consegue transportar desde uma geladeira até a família para um fim de semana regado a pescaria e cerveja gelada.”
Além do apreço pelo carro, os três admiradores da Palio Weekend têm em comum o desejo de não se separarem de suas peruas.
“Sou o terceiro e último dono da minha Weekend. Não vendo por dinheiro algum e planejo, nos próximos anos, torná-la um modelo de coleção, com direito a placa preta. É minha paixão, minha terapia, pois sempre que a dirijo parece que todos os meus problemas somem. Ela estará comigo até meu último dia de vida”, ressalta Robson Marsola.
“Eu talvez a trocaria por outra Weekend, pois só assim meus três filhos, outros fissurados pela station wagon, iriam me autorizar a vendê-la”, reitera Renato Domingues. Já Eduardo Souza aceitaria vendê-la em um cenário, digamos, muito criativo:
“eu venderia a minha para trocar por uma Weekend de nova geração, caso seja lançada algum dia. Já até imagino a situação: Salão do Automóvel de Genebra de 2030 e todos sendo surpreendidos com a revelação da perua Fiat com um estilo bem futurista e impactante. Não custa sonhar, né?”, brinca.
A aposentadoria da Weekend, de acordo com Zola, será lembrada também por abrir espaço para uma nova fase de lançamentos da montadora no país. “Nos mantivemos sempre atentos ao que o consumidor procura, por isso entramos em uma fase acelerada de mudança na Fiat. Para atender ao desejo do cliente brasileiro, está previsto o início da produção de três novos modelos a partir de 2020. Dois deles vão colocar a nossa marca no segmento de SUVs”, revela o executivo.
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