Você já ouviu falar de LC? É comum confundi-la com LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), mas, na sigla deste glossário, o “C” é de Câmbio. Vamos aproveitar para desfazer mais uma confusão preliminar: a Letra de Câmbio não tem nada a ver com moeda estrangeira. Ela tem este nome porque o sentido original da palavra câmbio é “troca”. Quando você adquire uma LC, você está temporariamente trocando seu dinheiro por aquela Letra, ou seja, aquele “papel” (hoje digital) que contém todos os detalhes necessários para você saber exatamente como seu dinheiro vai ser bem tratado antes de ser devolvido, bem mais fortalecido, para a sua conta. Como? Vamos ver.
Assim como LCI, LCA, CDB e RDB, a LC é um título de renda fixa. “A Letra de Câmbio é um título de crédito que o investidor recebe ao realizar uma aplicação em uma financeira”, define Sérgio Odilon dos Anjos, consultor de Regulação e Compliance da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (ACREFI) e ex-chefe do Departamento de Normas do Banco Central do Brasil. Ou seja, adquirir uma LC é o ato de emprestar o seu dinheiro para o emitente em troca da garantia de recebê-lo na data escolhida com o rendimento combinados. Simples, não é mesmo?
Falando em rendimento, quando pesquisar LCs para comprar, você logo vai notar que elas tendem a pagar mais do que os outros títulos de renda fixa. Isso porque, diferentemente dos outros, a LC não pode ser resgatada antecipadamente. Ela é uma opção interessante, portanto, para quem já sabe que só vai mesmo precisar daquele dinheiro a partir da data de resgate escolhida. Quem não tem tanta certeza assim deve considerar adquirir um título que permita resgate antecipado. Mas lembre-se: toda vez que você resgata dinheiro de investimento de renda fixa antes do prazo, há perda de rendimentos, especialmente se esse resgate for feito dentro do período de incidência das alíquotas maiores de Imposto de Renda.
O Imposto de Renda incide sobre os rendimentos com LC, exatamente da mesma forma como acontece com o CDB e o RDB. A tabela é a mesma, regressiva, que começa em 22,5% e vai até 15%, passando por outros dois patamares no meio do caminho. Tudo depende de quando você retira seu dinheiro. Quem deixa o dinheiro engordar bonitinho por dois anos ou mais, paga a alíquota menor.
Assim como o RDB, a LC pode ser emitida pelas Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento – mais conhecidas como financeiras. Mas tem aqui tem uma diferença importante: a LC é um produto exclusivo das financeiras. Como as financeiras não têm a mesma capilaridade dos grandes bancos, isso significa que a LC tende a pagar juros melhores que aqueles que você encontra em outros títulos de renda fixa.
No momento em que escrevo este texto, por exemplo, se você investir numa LC para retirar em 2 anos, esse dinheiro vai render 120% do CDI. Se puder esperar um pouco mais, pode obter um rendimento de até 125% do CDI (para retirar em 5 anos). Isso no caso da LC pós-fixada (atrelada ao CDI, como também ocorre com os RDBs oferecidos na plataforma). Quem acessar o portal vai notar que também é possível investir em LCs prefixadas, ou seja, que não dependem de indexador. Nesse caso, você já sabe, desde a contratação, o montante que terá na retirada.
Quem investiu R$ 10 mil hoje (data em que escrevo o texto) numa LC prefixada para retirar em 5 anos, vai receber na conta bancária R$ 15.070,77, já descontado o IR. São 10% a.a., que é mais que o dobro do rendimento da Poupança! Para quem preferir a LC pós-fixada, a projeção é de retirar mais de R$ 15.500 (também líquido do IR), no mesmo prazo. Mas, como o CDI pode variar (de acordo com a variação da Selic), esse rendimento pode ser maior ou menor.
Outra diferença para o RDB é que, embora também seja emitida por financeiras, a LC tem uma regra a mais: precisa ter lastro de ativos. Isso significa que cada LC emitida já precisa prever o destino daquela aplicação. Assim, a financeira que precisar financiar, digamos, um caminhão, emite uma LC para captar os recursos necessários e repassa àquele financiamento, cobrando, claro, juros maiores. Essa diferença, que gera o lucro da financeira, é conhecida como spread. Detalhe: o fato de a LC ser lastreada não significa que o investidor sai no prejuízo caso a financeira receba um calote do financiamento atrelado. Ao contrário, o lastro é uma garantia a mais e o investidor sempre vai receber o valor combinado.
Na verdade, isso acontece até mesmo se a financeira for à falência, como explica Sérgio:
“As LCs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o valor de R$ 250 mil por aplicador em uma determinada instituição financeira. Assim, o investidor pode evitar o risco de crédito do emissor até esse valor. As LCs também são registradas em centrais de registro autorizadas pelo Banco Central do Brasil, como a B3(ex-CETIP), o que aumenta a segurança e a transparência do papel.”
Normalmente, as LCs estão disponíveis para investidores que tenham mais de R$ 10 mil (ou até R$ 30 mil) para começar. No PoupaBrasil, entretanto, o investidor já pode investir a partir de R$ 1 mil. Outra vantagem da plataforma é que não há cobrança de nenhuma tarifa ou taxa de administração (até a TED feita na data do resgate é gratuita). Isso a torna atraente para mais investidores, um dos motivos de ter sido reconhecida em fevereiro como a melhor opção para investir, pela comunidade do Yubb, um dos buscadores de investimentos mais utilizados no Brasil.
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