Você já ouviu falar sobre o “rituximabe”? Embora possa parecer uma palavra esquisita para algumas pessoas, ela tem um grande significado para pacientes com doenças como leucemia ou linfoma. Representa um tratamento inovador e de precisão, com resultados promissores.
Em 2016, a Libbs, farmacêutica 100% brasileira, foi a primeira empresa a fabricar anticorpos monoclonais no país — produtos biológicos feitos em laboratório a partir da multiplicação de células vivas, como o rituximabe, que leva o nome comercial VIVAXXIA.
Para Anna Guembes, diretora de Inovação e Desenvolvimento do Negócio da Libbs, este é um exemplo significativo da relação da companhia com a inovação.
Em 65 anos de história, a empresa farmacêutica investiu em muitos projetos posicionados na vanguarda da disrupção e, em 2021, lançou seu programa de inovação aberta, o Linna, que acaba de abrir inscrições para sua terceira edição.
“O Linna ajuda a impulsionar o ecossistema de startups no Brasil por meio de parcerias. As startups crescem e se desenvolvem e a Libbs também. Juntos, nós conseguimos entregar soluções para os pacientes, o que é o objetivo final do programa”, explica a diretora.
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Anna conta que a Libbs criou o Linna para viabilizar, em conjunto com as startups, soluções para desafios do negócio. A companhia está apostando pesado em inovação e tem investido paralelamente em startups de hard tech — tecnologias baseadas em inovações científicas difíceis de reproduzir — e projetos disruptivos não somente no Brasil, mas também no exterior.
A empresa, até antes do programa, vinha se relacionando com startups de forma mais pontual, mas a iniciativa fez nascer uma frente estruturada de inovação aberta — o que rendeu à companhia uma posição no Ranking Top 10 Saúde e Bem-Estar 2022 da Top 100 Open Corps.
A área da saúde, com suas especificidades, traz questões tanto para as startups quanto para a própria indústria quando o assunto é inovar, como pondera Anna:
“Por ser um mercado muito regulado e em constante e rápida evolução, é muito importante estarmos próximos de universidades, centros de pesquisa e tecnologia e startups que estão na vanguarda do conhecimento”
Isabela Camargo, coordenadora de Inovação da Libbs, ressalta que as startups, scale-ups e pequenas empresas proporcionam para a companhia um formato de inovação com muita celeridade.
“Não dá para inovar com o olhar apenas de ‘dentro de casa’. Se uma empresa quer de fato abordagens novas, precisa ampliar a rede e trabalhar com parceiros externos”, pontua. Simultaneamente, as techs saem ganhando.
“A gente quer que as duas partes evoluam, então damos bons feedbacks, valorizamos as trocas no piloto, que é remunerado. Temos um portfólio muito consolidado de medicamentos e um nome forte no mercado, isso dá visibilidade e chancela as startups”, explica.
As duas primeiras edições do Linna lançaram 15 desafios para o ecossistema de inovação do Brasil e executaram onze pilotos. Mais de 366 startups estiveram no radar da Libbs, entre mapeadas e inscritas.
“No primeiro momento, focamos em soluções mais ‘plug and play’ já existentes no mercado. Agora, o nível de complexidade subiu”, conta Isabela. Ela afirma que este é um movimento natural diante da maturidade do programa.
“Hoje, o ecossistema de startups conhece melhor a Libbs e o que propomos como inovação, entende que trabalhamos para trazer benefícios não só para dentro, mas também para nossos parceiros. Neste terceiro ano, esperamos startups ainda mais aderentes”
Anna conta que a edição 2023 do Linna traz quatro desafios que trabalham explorando oportunidades de melhorias no core business da Libbs. “Os desafios vão desde inovações em formulações farmacêuticas a soluções tecnológicas e de negócios que possam integrar o ecossistema de distribuição de medicamentos”, explica.
Sendo assim, não apenas as healthtechs estão convidadas a se inscreverem no programa, mas startups de várias áreas.
“Nas edições anteriores, por exemplo, tivemos um desafio voltado para previsão de quebra de equipamentos. Está atrelado à saúde, porque estas são as máquinas que fazem os medicamentos, mas não é uma startup da saúde que vai conseguir resolver um desafio assim”, diz Isabela.
A exigência é que as techs não estejam em fase inicial e já tenham um MVP (produto mínimo viável) validado. A ideia é que Libbs e startup aprimorem, em conjunto, as soluções considerando as especificidades da área e da companhia.
Vale lembrar que as dores a serem respondidas são tanto de pacientes e outros atores importantes do ecossistema de saúde quanto dos times internos da empresa farmacêutica. “Nosso propósito é transformar conhecimento em saúde”, lembra Isabela.
Os desafios da terceira edição do Linna vão desde a concepção de produtos que sejam mais bem aceitos pelos pacientes, aumentando a aderência ao tratamento, a melhorias de toda a cadeia de distribuição para que esses medicamentos cheguem de maneira facilitada aos pacientes. São eles:
A terceira edição do Linna recebe inscrições de startups, scale-ups e pequenas empresas até 23 de junho.
De 24 de julho a 04 de agosto, acontece o Pitch Day remoto com as selecionadas. O piloto, com duração máxima de seis meses, terá início em 23 de outubro.
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Rodrigo Juliani, da Minerva Controls, e Victoria Barbosa, da netLex, falam sobre a experiência das techs em edições anteriores do programa de inovação, que está com inscrições para a 3ª rodada abertas até 23 de junho.