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Mulheres que realizam: Carolina Herszenhut, com O Cluster, promove negócios criativos por meio da colaboração

Fernanda Cury - 23 nov 2017
"Sonhe grande, trabalhe muito, confie nas pessoas certas e mantenha-se cercada de gente que sonha junto com você", aconselha Carolina.
Fernanda Cury - 23 nov 2017
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Carolina Herszenhut trabalhou como estilista para grandes marcas como Patachou, Andréa Saletto e Leeloo. Decidida a aprofundar seus conhecimentos na área, embarcou para uma pós-graduação em Paris, onde ampliou sua bagagem profissional trabalhando na Printemps e nas Galerias Lafayette. Morou, ainda, em Nova York e em Londres e, com essa vasta experiência retornou ao Brasil e abriu sua própria marca. O negócio acabou não dando certo, mas ela não desistiu. Muito pelo contrário, serviu de aprendizado para que ela identificasse as carências e necessidades do setor no país. A partir daí, com este novo olhar, ela lançou O Cluster.

Como surgiu a ideia de empreender?

Aos 28 anos de idade eu trabalhava como estilista de uma marca no Rio de Janeiro, e percebi que acima de mim só havia a dona da empresa. Entendi que para crescer na minha carreira, conseguir ganhar mais e fazer as coisas como eu gostaria precisaria ter a minha marca. Abri minha empresa, tive minha própria marca durante 4 anos, mas infelizmente não deu certo, só perdi dinheiro. Em 2012, endividada, percebi que o problema atingia não só a minha empresa, como muitas outras do setor da moda: os custos fixos, como os aluguéis, eram impraticáveis para as pequenas marcas como a minha. Fechei e comecei a pensar em outro projeto, que pudesse driblar essas e outras dificuldades enfrentadas pelos pequenos ateliês, que logo se tornaria O Cluster.

O que é sua empresa? Como funciona?

O Cluster é uma plataforma de economia criativa, trabalhamos para reduzir a distância entre quem cria e quem consome na economia criativa. De que forma? Preenchendo todos os espaços para tornar isso possível, seja na comunicação, na divulgação, etc. Os nossos produtos são eventos, uma revista digital, um guia que apresenta “cem criativos cariocas”, além de workshops, palestras, curadorias e exposições. E trabalhamos, também, com grandes empresas que querem se aproximar desse público e se reposicionar através de um discurso criativo.

O que te levou a empreender?

A vontade de ter controle sobre o meu trabalho e crescer até onde fosse possível, pois dentro das empresas sentia que isso era limitado. E mais do que isso, começar O Cluster foi perceber que existia um espaço enorme no mercado para ser ocupado.

O que o empreendedorismo feminino tem de diferente?

A capacidade que temos de nos reinventar a cada dia. As mulheres não ficam paradas esperando soluções, elas fazem mais de uma coisa ao mesmo tempo. A minha empresa é feita por mulheres em sua maioria, e isso tem um papel vital no resultado, pois percebemos que cada uma de nós tem uma qualidade e tiramos o melhor disso.

O que te motiva?

Saber que todos os dias são diferentes e cada dia posso fazer mais e mais para alcançar os meus ideais. Quero aumentar a minha atuação no Brasil e no mundo. Hoje já atuamos em 3 cidades e queremos crescer sempre. E mais do que isso, o que me motiva é que tem muitas pessoas envolvidas em O Cluster, e o meu negócio é delas, também.

Qual foi o maior desafio que você enfrentou na vida empreendedora?

Descobrir que minha marca de roupa não iria funcionar e que eu precisava repensar meu negócio. Porém, quando percebi, eu já tinha falido e precisava repensar a minha vida.

“Nesse dia me dei conta que o que eu fazia bem era conectar pessoas e comecei a pensar em como rentabilizar isso”

Como você o superou?

Inventei O Cluster, pois comecei a perceber que o problema que eu tinha (que uma empresa da economia criativa tinha) era igual ao de um monte de gente, e o que o mercado precisava era de uma empresa para conectar quem estava criando, entender seus problemas e pensar as soluções.

Qual foi a sua maior conquista até aqui?

Cada cidade nova que atuamos ou cada novo funcionário representa uma conquista, pois esse é o real crescimento. Acredito no que chamo de micro revoluções, que representam o dever e capacidade de mudar o nosso micro universo e com isso, colaborar com a transformação do macro universo.

Qual é o seu sonho? O que ainda falta realizar?

O meu sonho é uma holding e a minha participação na aceleração do Itaú Mulher Empreendedora está me ajudando nessa construção, pois percebi que criei algo incrível, mas que tinha um crescimento limitado. Hoje estamos desenvolvendo uma nova marca que vai atuar como um “guarda chuva” para ter outras marcas e produtos para continuar crescendo. E quero ver meu trabalho em outros países.

Se pudesse voltar no tempo e refazer uma decisão, corrigir algum momento de sua trajetória, o que seria?

Não mudaria em nada. Acho que tudo que passei e fiz foram etapas na construção e na conquista do que tenho hoje.

Qual sua dica para quem está querendo empreender?

Sonhe muito grande, trabalhe muito, confie nas pessoas certas e mantenha-se cercada de gente que sonha junto com você.

Esta matéria pode ser encontrada no Itaú Mulher Empreendedora, uma plataforma feita para mulheres que acreditam nos seus sonhos. Não deixe de conferir (e se inspirar)!

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