Desde que engravidou do pequeno Vicente, há cerca de 3 anos, Thaiz Leão enfrentou sozinha o dia a dia de uma mãe. Essa rotina serviu de inspiração para criar a página Mãe Solo, onde fala com humor e ironia sobre as dores e as delícias da maternidade. “Quando engravidei entendi que minha vida tinha mudado, e essas transformações eram definitivas. Hoje minhas perspectivas, desejos e preocupações são outras: como será o mundo que deixarei para meu filho e tantas outras questões”, conta. O que nasceu apenas como um espaço de desabafo e reflexão cresceu, e hoje seu projeto já está se tornando rentável.
Como surgiu a ideia da Mãe Solo?
A mãe solo surgiu no meu pós-parto, eu ria e me desesperava no meu dia a dia, descobrindo que aquilo que a gente vive na maternidade ninguém conta. Assim, entre uma mamada e outra, me ocorreu: “E se eu desenhasse este momento como eu enxergo?”. A ideia não era de ser revolucionária, eu apenas queria abordar a realidade que eu vivia, fazendo questão de passar bem longe do romance. Aquela rotina perfeita do comercial de margarina não existe, e quando descobrimos isso, é um impacto doloroso. Eu desejava falar sobre a realidade “nua e crua” enfrentada diariamente pelas mães. Comecei a desenhar e publicar essas ilustrações na minha timeline, e o retorno foi surpreendente. Entendi que muitas mulheres se identificaram, pois estavam vivendo esta mesma situação. A Mãe Solo abriu as cortinas e expôs a maternidade como ela realmente é, em todas suas agruras.
O que você fazia antes? Qual sua formação?
Eu sou formada como designer e trabalho como designer de interação para meios digitais como freelancer. A Mãe Solo é 50% do mercado aqui em casa.
Como funciona a Mãe Solo?
A Mãe Solo, hoje, é como uma produtora de conteúdo independente (gráfico, ilustrado, audiovisual, escrito…) sobre maternidade real não romantizada e livre de estereótipos. É um espaço digital de identificação que busca apresentar e representar a mulher e a mãe real, em suas inquietações, alegrias e angústias. Quando crio as tirinhas e me represento nos desenhos, não sou um personagem performático, eu sou real. Me preocupo em retratar fielmente as minhas experiências, por isso eu não sinto que tenho um público, como uma mídia tradicional, mas sim uma rede, com a qual me conecto diariamente. Mesmo estando offline, aqui em casa com meu filho, eu me mantenho alerta para o que vivo ou escuto, pois esta é a matéria-prima do meu trabalho. É e a partir dessa vivência que eu desenho o conteúdo.
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