De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), biomas podem ser definidos da seguinte maneira:
“Bioma é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação que são próximos e que podem ser identificados em nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente, sofreram os mesmos processos de formação da paisagem, resultando em uma diversidade de flora e fauna própria.”
Globalmente, de forma geral, os biomas podem ser categorizados assim: floresta tropical, campo (prado), savana, deserto, tundra, floresta temperada, floresta boreal e aquático. Cada um desses tipos de bioma é distinto e influenciado por fatores como a latitude, altitude, disponibilidade de água e temperatura.
A floresta tropical é rica em biodiversidade, com grande variedade de plantas e animais. As savanas apresentam árvores esparsas e profusão de gramíneas, enquanto os desertos apresentam pouca chuva e temperaturas extremas – sabia que a Antártida é um deserto? A tundra apresenta uma camada de vegetação rasteira e poucos arbustos, enquanto as florestas temperadas e boreais são dominadas por árvores que suportam rigorosos invernos, perdendo as folhas nos períodos mais frios e retomando seu vigor nas estações quentes.
Os campos – ou pradarias – são marcados pelo predomínio de vegetação rasteira enquanto o bioma aquático compreende rios e mares – que estão em constante interação com os biomas terrestres.
Os biomas são relevantes porque sustentam a vida no planeta, fornecendo recursos para as populações humanas, incluindo alimentos, medicamentos e matérias-primas. No entanto, há biomas em perigo devido a atividades humanas, sofrendo com a destruição de habitats, a exploração de recursos e as mudanças climáticas. Diante deste cenário, preservar e proteger os biomas é urgente para garantir a continuidade da vida na Terra.
O termo bioma (biome, em inglês) foi usado pela primeira vez em 1916 pelo ecologista americano Frederic E. Clements, a fim de descrever plantas e animais em um determinado habitat.
Com o tempo, os cientistas expandiram e refinaram a definição de bioma e dos conceitos relacionados a ele no campo da ecologia. Em 1963, Shelford caracterizou os seguintes biomas: tundra, floresta de coníferas, floresta decídua, pastagem e deserto.
O que une as definições de bioma é que eles podem ser diferenciados pelos organismos que ali residem e pelo clima, bem como pelo fato de que os organismos dentro de um bioma compartilham adaptações para aquele ambiente particular – sendo o clima um importante fator na determinação dos tipos de vida que residem em um determinado bioma.
É importante não confundir a definição de bioma com outros conceitos ecológicos, como “habitat” e “ecossistema”. Grosso modo, os biomas descrevem a vida em uma escala maior do que esses outros conceitos.
Ecossistemas, por exemplo, são as interações entre a biota, como plantas e animais, dentro de um ambiente, e muitos ecossistemas podem formar um único bioma.
Um habitat, por outro lado, se refere por uma área geográfica específica em que uma população ou espécie vivem.
As florestas tropicais têm sido destruídas em ritmo acelerado para dar lugar a agricultura, mineração e urbanização desordenada. As savanas, por sua vez, estão sendo transformadas em áreas agrícolas e urbanas, sofrendo, também, com a intensificação agrícola e da caça.
Além de serem drenados para fins agrícolas e urbanos, os pântanos também são afetados por mudanças climáticas e poluição. A tundra ártica vem sendo afetada pelo derretimento do gelo e pelo aumento da temperatura média global, o que afeta a fauna local e os ciclos de vida das plantas.
Os manguezais também têm sido vítimas de ocupação urbana e exploração turística desordenadas, sofrendo com poluição e sobrepesca.
O bioma amazônico ocupa quase metade do território nacional. A maior floresta tropical do mundo abriga mais de 1 milhão de espécies vegetais, 3 mil espécies de peixes, 950 de pássaros, além de insetos, répteis e mamíferos. Pela abundância de biodiversidade, reservas minerais e de água doce – seus rios contém aproximadamente 20% das reservas mundiais – este bioma é fundamental para o equilíbrio do planeta.
Bioma seco e árido que predomina no nordeste do Brasil. É conhecido pela vegetação rasteira, arbustiva e de baixo crescimento, adaptada à falta de água – porém frequentemente substituída por pastagens e plantações. Contém riqueza biológica única, com espécies exclusivas ao bioma (endêmicas). Sua vegetação típica, é Caatinga possui riqueza biológica e espécies que só existem nesse bioma.
Bioma localizado predominantemente no Planalto Central do Brasil e reconhecido como a savana mais rica em biodiversidade do mundo: são mais de 10.000 espécies de plantas, 837 espécies de aves, 67 espécies de mamíferos, 150 espécies de anfíbios e 120 de répteis.
A maior planície de inundação contínua do planeta se estende pelo centro-oeste do Brasil, com grande diversidade de plantas e animais aquáticos e terrestres. É o bioma mais preservado no país e importante berçário para espécies de peixes, aves e de outros animais.
Esta floresta tropical que cobre uma faixa estreita ao longo da costa leste do Brasil é considerada uma das áreas mais ricas em espécies de fauna e flora no mundo. Por se localizar no litoral, cruzando um território ocupado por mais de 50% da população nacional, é o bioma mais ameaçado no país: resta somente cerca de 27% da cobertura florestal original.
Vasta planície de gramíneas que cobre a parte sul do Estado do Rio Grande do Sul e faz parte dos Pampas Sul-Americanos, abrangendo parte da Argentina e do Uruguai. É conhecida pela paisagem aberta, com poucos arbustos e árvores, e pelo clima frio e chuvoso. Boa parte da cobertura vegetal é ocupada pela agricultura e serve também como pastagem natural.
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